acontecimentos

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Volteiiii

Seus lábios se encontraram, seus corpos se juntaram, as mãos de Engfa passeavam pelas costas de Charlotte, enquanto o beijo se estendia. As bocas unidas em sincronia, as línguas travavam um pequeno duelo dentro de suas bocas, suas mãos traziam o corpo da outra para mais perto.

- Agora sim isso é um beijo de verdade.- Isis sorriu sapeca para as mães - A avó mandou chamar vocês para jantar. - A menina mantinha o sorriso de vitória que Charlotte exibira momentos antes, e mantinha as mãos atrás do corpo olhando para as duas.

As duas pararam o beijo e olharam para a filha. Engfa estendeu uma mão, e a menina correu até as duas. Engfa se abaixou e pegou Isis no colo, a menina passou seus braços em volta do pescoço de Engfa e Charlotte, e as três ficaram abraçadas sorrindo uma para a outra. Não precisavam expressar com palavras seus sentimentos. Era assim com Engfa e Charlotte, apenas um olhar, um gesto,uma coisa simples que deixava explícito seus sentimentos. E Isis, mesmo tão pequena, conseguia expressar da mesma maneira. Não precisa dizer que amava as mães, elas sabiam, elas sentiam, apenas pelo olhar da menina.

- Você vai comer, mocinha? - Engfa perguntou depois de um tempo para a filha.

- Você vai voltar para casa?

- Eu nunca deveria ter saído, não é mesmo? - Engfa sorriu. Isis sorriu de volta e deu um abraço apertado só nela. - Vamos comer? Quero fiscalizar a senhorita comendo.

Charlotte saiu segurando a mão de Engfa, as três chegaram juntas até a mesa de jantar.

- Olha Engfa, sua mãe me ofereceu comida, eu já fui logo sentando e me sentindo em casa, porque comida a gente não nega não. - Chompu foi a primeira a ver as três, e começou a sorrir e falar.- Credo, mãe, não sabia que  não podia oferecer comida para aquela ali não? - Chompu falou em tom de brincadeira. Sentou ao lado de Charlotte, e Isis ficou à sua direita.- Comida da dona Rosa, é a melhor, quero ver prato limpo mocinha. - Engfa e servia Isis. - que é aquilo? - Isis apontou para um prato.

- Brócolis com molho branco. - Maria respondeu, pois estava mais perto do prato que chamava a atenção da menina.

- Eu quero.- Isis disse. Engfa olhou para a menina, e depois para a tia. As duas mulheres, junto com Bo e Plaifa olharam para Charlotte.

- Ela come, pode colocar no prato. - Charlotte   afirmou sorrindo.E realmente Isis comeu. Foi a primeira vez que Engfa parou para notar a filha comendo, e não foi surpresa ao ver que até nisso ela lembrava Charlotte. Mesma sutileza com os talheres, comia devagar, nem de longe parecia uma criança. Após o jantar, Rosa serviu a sobremesa. Engfa foi a única que não comeu. Mas acabou dividindo umas colheres com Isis, de tanto que a menina insistiu.

Engfa pegou Isis e foi com ela até seu apartamento, pegar suas roupas e objetos pessoais para levar para a casa de Charlotte. A fotógrafa e Chamou ficaram no apartamento de Bo.

- Charlotte, você pode explicar que história é essa com os medicamentos da Engfa? - Plaifa perguntou. - Eu andei lendo, fazendo umas pesquisas sobre a doença da Engfa, e sobre o tratamento também. Eu olhei os remédios dela e fiquei curiosa por ela tomar um antipsicótico. Nessa curiosidade eu pedi para a Engfa para ir conversar com a psiquiatra dela. - Charlotte falava séria, olhando para a sogra, Plaifa e Maria. - E com o que ela me disse do quadro clínico da Engfa, eu passei para a médica da Isis, que entrou em contato com um psiquiatra amigo dela, e pelo que foi exposto a ele, ele não concorda com essa medicação. A Engfa deveria tentar um tratamento com um estabilizador de humor, e um antidepressivo. Na verdade, o antidepressivo é quem pode estar deixando a Engfa assim, com esses rompantes de humor.

- E eu achava que isso era uma coisa da doença, algo com o que se acostumar. - Bo disse. As três estavam atônitas.

- Até pode ser, mas para alguém com tantos anos de tratamento,e tomando a medicação corretamente, a Engfa oscila muito.

BORN TO DIE . Englot Onde histórias criam vida. Descubra agora