Capítulo 7 (Último capítulo)

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ATENÇÃO!

Esse capítulo contém gatilho.

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Carlos caminha lentamente pela terra batida do cemitério, juntamente com Soraya e Eduardo. Eles acompanham o caixão, onde está o corpo de Simone. Amigos da empresa onde Simone trabalhava também estão presentes. A morte da mesma provocou um impacto muito grande na vida de todos, principalmente na vida de Carlos. Soraya ficou muito sentida, pois Simone era sua melhor amiga, e entre as duas, havia um laço muito forte de amizade. Nada poderia desfazer esse laço, mas infelizmente, a morte desfez o laço de amor, carinho e afeto. Eduardo não conseguia derramar sequer uma lágrima, pois ficara chocado com o acidente repentino de sua ex-namorada. Mesmo Simone traindo Eduardo, o mesmo mostrou-se arrependido por não perdoar a morena.

— Por que foi acontecer isso? Nem perdoei a Simone. Deveria ter liberado o perdão! — disse Eduardo, olhando fixamente para o caixão.

— Por isso que é importante sempre perdoar alguém. Mas sei que você ficou muito chateado, assim como eu fiquei, quando ela e eu brigamos. — falou Soraya. — Também estou me perguntando o porquê que isso foi acontecer. — a loira estava com voz trêmula e fraca.

— Não queria perder minha irmã... Por que, justo ela? — disse Carlos cabisbaixo, enxugando as lágrimas que caíam.

— Ai Sisa... Você vai fazer tanta falta... — Soraya voltou a chorar novamente.

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Dois meses depois...

Soraya não sentia mais vontade de viver. Após a morte repentina e fatal de Simone, a loira não queria mais saber de absolutamente nada. Não conversava mais com ninguém, só ficava trancada em seu quarto, sem vontade de sair. A loira não aceitava a ajuda de seu namorado, e de mais ninguém. Carlos tentou de todas as formas ajudá-la, mas, não conseguiu tirar Soraya do fundo do poço. Eduardo tentou ajudá-la também, mas ela ficava a cada dia mais agressiva. Aquela Soraya, linda, super competente, e feliz, desapareceu do mundo. Seus olhos castanhos não tinham mais o maravilhoso brilho. Seus cabelos estavam opacos e sem vida alguma. Seu corpo mudou, e muito. A mesma perdera quilos a cada dia. Olhando-se em seu espelho, Soraya via a triste realidade tomar conta de si. Seu rosto estava, a cada dia, mais sem expressão. Lágrimas rolavam em seu rosto, e a vontade de acabar com todo aquele sofrimento vinha a cada segundo. A loira tentava esquecer de tudo, mas não adiantava. Aquela cena horrível de Simone continuava a pairar sobre sua mente. Soraya sofria, assim como seu coração. A pequena loira sentia como se um trator passasse em seu corpo, de tão ferida e destruída que estava. Seu coração estava triturado, mas, o amor e o carinho por sua amiga, não findou.

O coração de Soraya estava despedaçado, com feridas completamente abertas, com dificuldades de cicatrizar. Ela estava aprisionada, com mágoas, tristezas, angústias, sem saída alguma. Ela não era mais aquela mulher contente. Sua vida estava desmoronando, e suas forças acabaram de uma vez.

Soraya decide pegar uma folha de papel de carta que ela guardara com tanto carinho em sua coleção, e uma caneta. A garota começa a escrever, com sua mão totalmente trêmula. Suas lágrimas molham o papel. A cada palavra escrita, uma lágrima aumentava. Soraya não conseguia mais entender como era viver alegremente. Infelizmente, a loira não conseguiu vencer a depressão, pois sua forte amizade com Simone, acabou por causa de um acidente fatal.

Após Soraya escrever a carta, ela dobra o papel e coloca dentro de um envelope lilás. A mesma pega o envelope, desce as escadas, e o deixa em cima da mesinha de centro. Soraya volta para o quarto. Ela pega o celular, e pensa em mandar uma mensagem para Eduardo ou para o Carlos, mas, ela tem uma ideia melhor. Soraya volta para a sala, e pega o envelope. Nisso, ela coloca o endereço do remetente e destinatário, e coloca na caixa do correio.

Amor Proibido - Shotfic (Adaptação Simoraya)Onde histórias criam vida. Descubra agora