No Complexo do Alemão

Capítulo 65

Isis

-Cheguei em casa depois da briga com LN e minha casa estava uma bagunça, tudo quebrado e revirado, menor me deixou aqui e foi buscar a Marina que hoje tinha consulta para saber como estava o bebê, hoje eles vão descobrir o sexo.-

-Fiquei arrumando aquela bagunça toda e repensando minhas decisões, será que fiz o certo em voltar pra cá?-

-Estava varrendo a casa e repensando minhas atitudes, acho que briguei com o LN precipitadamente, eu sei que ele não é de ficar se agarrando com ninguém aqui pelo morro, acho que fiquei neurótica com essa história toda, é muita confusão na minha cabeça.-

-Fui limpar a geladeira que estava uma nojeira de suja quando ouvi um barulho do portão abrindo, olhei pra trás e logo vi LN entrando pela sala.-

LN: Ísis, vem cá, vamos conversa cara. -Falou vindo até mim.-

Ísis: Eu te perdoo, e seja lá o que aconteceu com você é aquela mulher a gente não estava junto, a gente não era um casal como somos agora, o que der a gente vai resolver juntos. -Falei indo até ele é o abraçando, ele logo já colocou a mão na minha cintura e beijou meu pescoço.-

LN: Amo você loira, tenho nada com aquela mandada não, a única que eu meti um filho foi em você pra tu não me esquecer. -Falou segurando meu rosto.-

LN: Me desculpa pelo o que eu falei sobre nosso filho naquela hora, eu tô tentando melhorar, juro pra você. E que tem horas que eu surto cara, minha cara fica quente e não consigo me controlar. -Passou a mão no meu cabelo e encarou meus olhos.-

Ísis: Eu prometi que íamos tentar, e nós vamos. Me desculpe também por ter chamado o menor, eu fiquei nervosa, fiquei com medo de você me machucar ou machucar o bebê. -Falei saindo dos seus braços e indo para a cozinha.-

LN: Não vou nunca mais te machucar, papo de visão.
-Ele veio atrás de mim na cozinha, peguei a esponja de limpar a geladeira e ia me abaixar pra limpar a gaveta.-

LN: Ísis, vamos embora, tu não mora mais aqui não. Essa geladeira aí já deu o que tinha que dar já, capaz de pegar tétano tentando limpar essa porra. -Falou rindo da minha cara.-

Ísis: Lorenzo aqui é minha casa, sua casa também é um barraco, tá rindo da minha porque? Tu nem parece um dono de morro, tua casa parece até o lixão da mãe Lucinda.

LN: Eu já estou preparando uma goma legal pra você e pra nossa cria, quero te levar lá.

Ísis: E eu faço o que com a minha casa?

LN: Deixa essa porra aí, depois você vê o que você quer fazer. Vamos embora, quero passar o dia com você.

Ísis: Você não trabalha mais não?

LN: Home office, já ouviu falar? -Falou me prendendo contra o balcão da cozinha.-

Ísis: Claro que já ouvi né, mais você vivia enfornado lá naquela boca dia e noite.

LN: Antes eu não tinha uma mandada na minha cola igual eu tenho agora. - Falou no meu ouvido mordendo minha orelha já me atiçando.-

Ísis: Para de ficar me atiçando Lorenzo, não sou sua boneca inflável não. -Sai dos seus braços, eu já estava toda arrepiada.-

Ísis: Eu estou com fome. -Falei fazendo bico.-

LN: Vamos almoçar lá na pensão da praça, depois quero te levar lá no bagulho.

Ísis: Que bagulho Lorenzo? Fala minha língua.

LN: Te levar lá na casa Ísis, pra tu ver a casa. Entendeu agora? Porra,mandada pra caralho. Tá me tirando? -Falou saindo pra fora e acendendo um cigarro.-

-Fui saindo da casa e parei na porta olhando pra dentro dela, espero que tudo dê certo em minha vida, porque voltar pra cá significaria que tudo deu errado, e eu não quero que isso aconteça.-

-Tranquei a porta e fui indo para o carro, Lorenzo estava fumando e quando sentei no banco do carona veio aquele cheiro forte de cigarro, coloquei o rosto pra fora e comecei a vomitar, Lorenzo saiu do carro e deu a volta vindo até mim.-

LN: Tá tudo bem? -Falou segurando meu cabelo.-

Ísis: Sim. -Falei passando as costas da mão na boca.-

Ísis: Podemos ver a casa e comer depois? -Falei manhosa e ele sorriu, que sorriso lindo.-

LN: Você que manda. -Deu a volta novamente e entrou no carro, fechei a porta e logo ele arrancou com o carro.-

-Ele dirigia e passava a mão na minha coxa, eu observava cada movimento seu é só conseguia pensar que ou esse homem vai ser a luz da minha vida ou sem dúvidas ele vai ser o meu fundo do poço.-

-Depois de alguns minutos chegamos no alto do morro, tinha uma casa enorme, a casa parecia casa de boneca de tão bonita, sem dúvidas a casa dos meus sonhos.-

LN: Ísis? Tá me ouvindo não? -Falou já abrindo a porta do carona pra mim.-

LN: Tá pensando o que?

Ísis: Essa casa e nossa?

LN: Essa casa e sua, eu moro nela se você permitir.

Ísis: Então quando você me fizer raiva posso te mandar embora?

LN: Ísis deixa de ser malucona, tô andando na linha com você. -Falou e te olhei desconfiada saindo do carro, ele abriu o portão e meus olhos brilharam olhando cada detalhe.-

-Tinha um jardim lindo com a grama verdinha, uma área de lazer com uma enorme piscina, e a parte da frente era tão aconchegante de linda, meus olhos lacrimejaram e senti uma lágrima solitária.-

Isis: Não acredito que a gente vai morar aqui, com o nosso bebê.

LN: Essa é a ideia. Eu errei muito Ísis, sou péssimo pra demonstrar carinho, mais eu amo você e amo a minha cria, não vai faltar nada pra essa criança, pode ter certeza disso.

-Ele pegou uma chave e abriu a porta da casa, a casa estava impecável, as paredes eram todas brancas, a casa tinha dois andares e todos os móveis eram lindos.-

LN: Ainda falta algumas coisas, mais você pode trocar o que você quiser. - Falou me abraçando por trás.-

Isis: Não consigo me acostumar com você tão atencioso e carinhoso.

LN: Eu posso te dar umas porradas as vezes de você quiser, só pra não perder o costume.

Ísis: E se eu cismar que você vai levantar a mão pra mim Lorenzo eu te dou um tiro. -Falei saindo dos seus braços e subindo as escadas, estava subindo as escadas quando escuto barulho de fogos sendo lançados e o rádio do Lorenzo apitando.-

-Rádio On-

Xxx: Os bota tão invadindo caralho.