Capítulo - 2 - A tempestade - 19 de Abril de 1996

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     O professor André sabia que precisava se abrigar o mais rápido possível. A tempestade não só trazia raios e trovões, mas também poderia causar algum acidente.
     E por precaução procurou alguma placa de algum posto de combustível ou lanchonete a beira da estrada para estacionar.

- Com essa chuva tá difícil enxergar alguma coisa.

     Minutos depois finalmente Andre  conseguiu  a indicação que precisava.
- Restaurante a 5 KM, vire a esquerda,  bom é o que resta, espero chegar logo, a tempestade está aumentando.
Após percorrer um trecho percebeu que o asfalto havia acabado e uma estrada de cascalho se apresentava.
- Agora isso! Que lugar é esse, espero que esse restaurante esteja aberto pelo menos.
     Com a força do vento após o jipe de André passar, uma grande árvore caiu no meio da estrada, tornando impossível a volta naquela momento.
- Nossa essa foi por pouco! Acho que já estou perto!

     A Tempestade se tornava cada vez mais intensa, com trovões, raios e a chuva que caia, fazendo os parabrisas do velho jipe se movimentarem intensamente.
     Os trovões rugiam no céu, ecoando pela estrada de chão , o ar parecia pesado, carregado de eletricidade estática. O professor sentiu uma tensão no ar, como se a tempestade estivesse prestes a romper a barreira entre o mundo natural e o mundo científico. Ele tinha uma mistura de empolgação e medo ao mesmo tempo.
     O relógio marcava exatamente meio-dia quando a tempestade chegou em seu ápice, quando de repente em uma curva da estrada de chão um clarão intenso apareceu iluminando tudo ao redor , seguido por um estrondo ensurdecedor que atingiu o jipe, fazendo André perder o controle.
     Quando conseguiu se levantar o jipe havia sido desligado,e  seus olhos se fixaram em algo inacreditável.
     No centro da estrada em meio a chuva intensa diante dele, havia uma esfera de energia pulsante. Era como se a própria tempestade tivesse sido encapsulada dentro daquela esfera, brilhando de maneira radiante.
     André sabia que estava diante de algo grandioso.
- O que está acontecendo, que energia e essa?
     Enquanto observava a estranha luz que começava a mudar de cor, de verde, azul e prateada iluminando tudo ao seu redor, e aumentando com tamanha intensidade.
     André tentou ligar o Jipe e se afastar daquela estranha energia que se aproximava, mas era tarde demais.
     O jipe foi puxado e lançado em um turbilhão  que se materializou à sua frente. A sensação foi de um pressão de energia ao seu redor, como se o espaço-tempo estivesse se distorcendo.
     Em meio ao caos, o veículo foi lançado para cima e, em seguida, veio uma sensação de queda livre.
     O impacto da aterrissagem foi extremamente violento, fazendo com que o jipe capotasse diversas vezes antes de finalmente parar. Atordoado e machucado, o professor André lutou para recuperar sua consciência.
     Ao abrir os olhos, ele percebeu que estava em uma paisagem totalmente diferente. As árvores eram diferentes,
E a chuva havia parado.

- O que aconteceu? Onde estou!

     O ar parecia carregado de uma energia estranha. O professor não estava mais na estrada de antes, mas em um mundo desconhecido, resultado da travessia pelo misterioso portal do tempo, produzido pelo forte temporal.

Continua...

No próximo capítulo... André se deu conta de que algo extremamente estranho tinha ocorrido: o jipe estava capotado, uma floresta desconhecida surgia adiante, inúmeras interrogações pairavam no ar, e um imenso enigma desafiador se apresentava...



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⏰ Última atualização: Nov 30, 2023 ⏰

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