Rosé não havia dormido direito.
Havia passado boa parte da noite bolando de um lado para o outro na cama, pensando em tudo que havia acabado de descobrir. Saber que Somi estava, de fato, morrendo quando decidiu fazer aquele maldito testamento entregando-a a outra mulher não melhorava as coisas. E, se havia mesmo uma carta explicando porque ela se achava no direito de virar sua vida de cabeça para baixo - provavelmente para satisfazer algum capricho egoísta e ridículo - que só poderia ser aberta se houvesse um relacionamento real com a irmã gêmea dela, tinha que haver algum jeito de acelerar isso. Rosé chegara a se perguntar se Somi a amou algum dia. Afinal, não se manipula dessa maneira a pessoa que ama.
Se não soubesse que Kathryn Nolan era uma profissional excelente e muito experiente, teria proposto que Regina a ajudasse a fingir que estavam realmente juntas para terem acesso à maldita carta o quanto antes.
Lisa. A imagem da sua cunhada/esposa insistia em estar presente nos seus pensamentos com mais frequência do que gostaria de admitir. Havia percebido que propor mais proximidade publicamente tinha sido uma má ideia no exato momento em que ela a beijou para mandar um recado a Eunji, mas não podia mais voltar atrás. Teria que dar continuidade ao seu plano.
No entanto, ficara realmente preocupada com a saúde de Lisa. Mais até do que deveria se pretendia mesmo fazer de tudo para não se apegar a ela ou a qualquer coisa que a prendesse em Storybrooke - ou àquele casamento - por mais tempo que o planejado. Sem contar que mal podia acreditar que havia prometido levá-la para Nova York e cuidar dela, o que significaria levá-la para sua casa. A casa de Somi.
Sem conseguir lidar com os próprios pensamentos, Rosé pulou da cama, decidida a passar o resto da madrugada fazendo algo de útil no hospital. Tinha certeza de que Mina iria adorar ter algumas horas de sono durante o plantão. Então, trocou de roupa e saiu.
Algumas horas depois, assim como havia feito no sábado anterior, Rosé estava tomando café da manhã no apartamento da sua mãe.
- Então... devo me acostumar com você batendo na minha porta todas as manhãs de sábado? - Lee perguntou, olhando-a por cima da sua caneca fumegante de café.
Segurando-se para não dizer que ela não deveria contar com a sua presença na cidade por muito tempo, Rosé apenas sorriu e continuou a saborear as panquecas que ela havia feito.
Então lembrou-se:
- Oh, quase esqueci. Mãe, há quanto tempo conhece o Dr. Whale?
Sua mãe deu de ombros.
- Desde sempre, eu acho. Quando chegamos à cidade ele tinha acabado de assumir o hospital substituindo o médico anterior.
- Você lembra quem era o prefeito na época?
Ela assente.
- O Sr. Jeon, o dono da loja de penhores. Porquê? - Rosé fica em dúvida se deve ou não compartilhar as suas suspeitas, mas sua mãe lança-lhe um olhar exigindo respostas. - Rosé, o que está acontecendo?
Suspirando, decide confiar nela.
- Tenho observado o trabalho que ele vem fazendo no hospital.
- E...?
- Bom... Não tenho provas, mas... acho que ele é alcoólatra e isso está começando a interferir no cuidado aos pacientes.
Lee leva alguns segundos para processar o que acabou de ouvir.
- Oh, meu Deus, Rosé! Essa é uma acusação muito séria!
- Eu sei. Ele é cirurgião e, se não tiver cuidado, pode acabar matando alguém. Por isso perguntei se você conhece há muito tempo.
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"The Sister" ⒸⓗⓐⓔⓁⓘⓢⓐ
Fanfiction•ADAPTAÇÃO AUTORIZADA!• Roseanne Park estava ansiosa para contar à sua esposa que elas finalmente teriam seu primeiro filho juntas. No entanto, sua vida mudou completamente no instante em que recebeu a devastadora notícia de que Somi havia falecido...