Um Amiguinho Inesperado

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Cally Callista (POV)

Eu estava dirigindo a uns bons minutos em direção ao Hospital para buscar Antônio, a chuva havia diminuído o que me deixava mais tranquila em relação a minha gatinha que estava em casa com Íris, mas o frio ainda se fazia bem presente, os arrepios da minha cauda são uma prova disso.

"Será que ela está bem, com medo ou sono? Ela está com Íris então deve estar tudo bem... será que eu ligo para elas?..." penso olhando de relance para meu celular, um toque alto de buzina de um carro atrás do meu me faz dar um pulinho no banco me fazendo despertar, e percebo que estava divagando em pensamentos com o carro parado no meio da rua movimentada, já que o sinal antes vermelho agora estava verde.

Decido não me preocupar muito por agora, se algo acontecer nesse meio tempo que estou fora Íris com certeza me ligaria, não sei porque mas me sinto meia estranha de ficar longe mesmo que por pouco tempo de Meenah, aquela bolinha peluda com certeza já ganhou um lugarzinho especial no meu coração.

Balanço minha cabeça e coloco minha playlist de músicas, tentando afastar um pouco minhas preocupações.

(QDT)

Chegando no Hospital estaciono o carro e saio do mesmo, entro no Hospital e decido esperar pelo meu irmão na recepção, estava meio parado hoje, não havia tantas pessoas, o que era ótimo para mim, apenas alguns velinhos, gestantes e acompanhantes, me sento o máximo afastada de todos em um banco de canto.

Bom, todos sabem que o dono desse Hospital é um Híbrido, e se essas pessoas estão aqui é porque não tem problema com a nossa espécie... assim eu espero.

Mas é sempre bom estar preparada para qualquer tipo de situação que possa ocorrer, quando a questão é Humanos as coisas ficam um pouco delicadas.

Mando mensagem para o Antônio avisando que já havia chegado e estava o esperando na recepção, ele me responde dizendo que já, já ia descer, só estava terminando de organizar o escritório dele, então o respondo com um "Ok".

Enquanto estava resolvendo alguns assuntos no celular, percebo uma aproximação inesperada, um garotinho humano havia se sentado ao meu lado, olhando de relance para a criança humana não me parecia ter mais do que uns 6 ou 7 anos, quando chega uma notificação resolvo voltar minha atenção ao celular.

"Hmm... oi." - Depois de uns minutos o garotinho resolve por fim se pronunciar, tendo agora minha atenção.

"Oi." - Respondo o olhando com uma sobrancelha arqueada e um sorriso de canto.

"Como é seu nome moça?" - O garotinho me pergunta de repente inclinando um pouco a cabeça para o lado.

"Meu nome é Cally, Cally Callista." - Respondo o encarando.

"Cally?" - Ele pergunta e assinto.

"Seu nome é muitão bonito moça... ah! O meu é Luca... só Luca." - Ele diz e sorrio, provavelmente ainda não sabe dizer qual é o próprio sobrenome.

"Muito prazer Só Luca." - Digo de maneira divertida tentando o provocar, e ele franze o cenho.

"Não, não tia é só Luca, sem o só." - Ele tenta me explicar meio sério negando com a cabeça e levantando a mão fazendo não com o dedinho.

"Ok, essa criança é fofa tenho que admitir" penso o encarando, ele estava bem empenhado ainda tentando me explicar que seu nome não levava o "Só".

"Eu sei, eu sei carinha, estava apenas brincando, ok." - Digo rindo de canto.

"Você é uma Híblida moça?" - Ele me pergunta com um pouco de dificuldade na fala e assinto.

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