Cally Callista (POV)
"Mas nada Cally Callista! Estou falando sério, venha de carro é mais seguro, e só é uns 15 minutos a mais." - Ela diz me ralhando.
"Ugh... ok amor, tô indo lá, besos tchau." - Eu falo derrotada.
"Beijos, tchau e cuidado cariño." - Ela diz e logo desliga.
Ligação Off:
°°°°°
"Pra que ela precisa disso tudo?" - Falo para mim mesma encarando a lista onde anotei tudo o que ela pediu.
"Falando sozinha agora gatah?" - Antônio diz do nada e dou um pulo me assustando, ele tá com um sorrisinho debochado no rosto, deitado de lado na cama apoiando a cabeça pelo cotovelo me encarando.
Quando éramos crianças Antônio sempre vivia me atazanando, me chamando de "Gatah" só para me irritar, e eu ficava muito puta, já que sou uma loba, sabe como é criança né? Sempre acabava irritadinha por coisas bobas, na época achava que ser comparada a um felino era a maior ofensa possível.
Mas agora isso meio que virou uma coisa só nossa, uma forma carinhosa que usamos para chamar um ao outro.
Ele ri do meu pequeno susto.
"E tu não tinha voltado a dormir perra?" - Digo com as mãos na cintura o olhando com uma sobrancelha arqueada.
"Com alguém berrando no meu ouvido fica um pouco difícil."- Ele diz com o cenho arqueado.
"Mas precisava ter me tacado um livro?! Carajo, tu fez meu celular cair bem bonito no chão, bastava ter feito sinal de silêncio ou um shhh." - Digo indignada, porque agora tenho um belo de um galo na cabeça e um celular com a tela trincada.
"O que Íris queria?" - Ele diz curioso já com a expressão normal.
Cerro os olhos com a mudança de assunto muito conveniente.
"Ela disse que precisava de ajuda com umas coisas..." - Digo o olhando.
Ele faz sinais com as mãos me induzindo a continuar.
"Ela me pediu pra comprar umas coisas estranhas... não sei nem como comprar algumas delas." - Falo olhando a lista e coçando a nuca em confusão, levanto o olhar encarando o Antônio e sorrio tendo uma ótima idéia.
"Que? Ah nem vem, tô dormindo." - Ele diz logo se virando e se embrulhando dos pés a cabeça.
"Ahhh, vaiii, preciso que tu vá comigo na farmácia comprar algunas cosas, tu tem experiência nisso." - Digo balançando ele na cama mas ele nem se mexe.
Pego o travesseiro debaixo da cabeça dele, o desembrulho e nada, nem tchum pra mim, então vou até o ponto fraco, os pés, e começo a fazer cócegas.
"Ahhh!! Não! Paraa! Para! Tá bom! Tá bom eu vou!!" - Ele diz rindo desesperadamente com lágrimas nos olhos, e paro sorrindo vitoriosa.
"Que... que tipo de coisas são?" - Ele pergunta com a respiração descompassada e sentando na cama.
"Coisas de bebê, yo creo, não sei porque ela precisa dessas coisas, mas ela parecia nervosa, então deixei pra gente conversar na casa dela mesmo." - Digo e entrego a lista a ele.
"Tá bom... agora também fiquei curioso, bora então." - Ele diz olhando o papel e depois olha para mim.
"Foi mal pelo livro e o celular, tava puto por ter acordado assustado." - Ele diz sorrindo amarelo sentado na beira da cama.
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Alpha Wolf
FantasyO cotidiano de Cally Callista e Íris Watson, num mundo onde Híbridos são considerados seres inferiores e sem vontade própria, onde só lhes resta serem escravos, objetos ou meros animais de estimação ou exposição, sendo essa última a melhor das alter...