(Josh)
Eu não sabia como eu estava conseguindo levar a normalidade de ter Any morando comigo. Era como ter chegar do outro lado da ponte e não pegar o pote com o tesouro. Eu me sentia casado, mas sem ter acesso à minha esposa.
Acompanhar a gravidez da Any de perto tinha sido o maior presente que ela poderia ter me dado. Lembro-me que a primeira vez que ouvi o coração de Victória bater, eu quis soltar fogos de artifícios e mostrar a todos o tamanho da minha felicidade. Outro presente foi Any ter me deixado escolher o nome, me levando ainda mais para dentro do seu coração.
Então os meses passaram rápido e tudo o que acontecia com elas, eu estava por perto. Sina havia começado a me dar mais um pouco de crédito depois de ver que sua amiga aos poucos nem lembrava mais os motivos que a fizeram chorar.
Eu sabia que a relação com seus pais ainda pesava, mas como ela não tocava no assunto, eu não insistia, mas queria de alguma forma tentar fazer com seu relacionamento ultrapassasse a barreira da ignorância religiosa e pudessem curtir a preparação para a chegada de Victória.
Na empresa, eu estava quase finalizando a primeira fase do projeto para enfim passar para a parte mais divertida: a criação. Tive algumas divergências com Andrew pelo caminho, tudo porque ele estava querendo se meter no meu projeto e eu o vetei. Sentia uma certa tensão quando ele e Sofya estavam no mesmo ambiente, mas desde que ela não me revelasse um bom motivo para mandá-lo para o hospital, eu apenas acompanhava de longe.
Any estava pirando com seu TCC, na verdade, o seu professor estava pirando com ela. Cheguei até sugerir que ela trancasse o semestre para cuidar da gravidez, mas irredutível como sempre, achou que eu estava forçando-a a desistir por não sentir que ela conseguiria dar conta de tudo.
Às vezes, só às vezes, eu tinha vontade de segurar Any pelos ombros e gritar para que ela parasse de tentar ser durona quando estava na cara que não estava indo muito bem nisso. Mas bastava me olhar com aqueles olhos de cachorrinho que caiu da mudança e eu logo esquecia toda a raiva.
Fazíamos passeios, caminhadas, sessões de cinema, como se fossemos um casal de verdade. Era tudo o que eu queria, mas sentia um verdadeiro pânico só de pensar em falar sobre meus sentimentos e ela simplesmente ir embora. Então eu me segurava ao máximo para não estragar tudo.
Eu- Que tal um filme e uma bacia de pipoca? (perguntei ficando de pé novamente e afastando minhas mãos de sua barriga)
Any- Posso escolher o filme?
Eu- Contanto que não seja Um amor para recordar, P.S. Eu te amo e nem Antes que termine o dia. Juro que já sei as falas decoradas de tanto que já assistimos.
O quinto mês de gestação havia sido o pior, até mais do que a fase dos enjoos. O corpo de Any estava sofrendo com as mudanças e isso a deixou ainda mais sensível. Tínhamos horas de filmes tristes e muitas lágrimas. E quando por milagre, eu conseguia escolher uma comédia, tinha que ser A verdade nua e crua ou Muito bem acompanhada. Ou seja, de qualquer forma eu sofria.
Any- Você sempre tem péssimas escolhas. (disse Any baixando a blusa cobrindo a barriga)
Eu- Só porque prefiro filme de ação ao invés dessas coisas melosas?
Any- Você não é nada romântico. Deve ser por isso que não arranjou uma namorada até hoje.
Eu- Filmes melosos não são os meus motivos para estar solteiro.
Any- Não?
Eu- Não.
Meu único motivo por nunca ter me interessado por uma garota era porque Any dominava cada pedaço do meu coração, não deixando espaço para mais ninguém, e olha que eu tentei. Quando vi que era inútil lutar contra, eu desisti.
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A Sua Espera✓
Werewolf(Adaptação) Any estava com tudo planejado. Se formaria em seis meses e se casaria em sete com Jaspen, seu namorado desde a adolescência. Mas de uma hora para outra, Jaspen decidiu que não estava preparado para o casamento e termina tudo. Any mesmo s...