Fall - Wenclair

"Fucked up"

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Wednesday's point of view

Eu sabia que não tinha chance alguma contra Ajax Petropolus, ele era mais alto que eu e, devo admtir, mais forte também. Mas saber que eu finalmente havia batido naquele babaca me fez sorrir mesmo com a dor insuportável que eu estava sentindo.

—WED!— ouvi Enid se aproximar desesperada.

—Eu finalmente bati naquele babaca.— falei feliz, tossindo algumas vezes.

—Eu estava tão assustada e você está rindo?— a loira disse brava, seu rosto estava vermelho por estar chorando e mesmo assim, ela era tão linda.

Mas a melhor parte era que ela também gostava de mim. A dor que eu sentia em todos os meus ossos provavam que eu estava bem acordada e que eu não estava delirando.

Eu me sentia em êxtase.

Toquei sua bochecha, em uma tentativa inútil de limpar as lágrimas que escorriam pelo seu rosto.

—Você é muito linda, sabe disso, não é?— disse sorrindo fraco. Ela segurou minha mão machucada com as suas, fechando seus olhos.

O problema é que a merda acontece depois que a adrenalina acaba. Uma coisa é ter seu corpo funcionando por causa do medo de ser morta, outra coisa é quando você sabe que pode relaxar.

Eu podia sentir que começava a suar frio, mesmo meu corpo estando quente.

Eu sentia minha visão ficar embaçada, assim como tudo ao meu redor parecia distante.

Eu tentava manter meus olhos abertos, mas parecia uma ação impossivel naquele momento. Então eu apaguei

Não sei por quanto tempo fiquei desacordada, mas com certeza, eu não estava na casa de Enid. Abri meus olhos com dificuldade devido a claridade do lugar, excessivamente branco. Tentei me mexer, porém, a pontada que senti em meu abdômen me impediu.

Olhei para as minhas mãos... elas estavam enfaixadas, assim como eu sentia algo enfaixado ao redor da minha cintura. Eu estava com uma dor de cabeça inexplicável, assim como algumas partes de meu rosto doloridas.

—Você acordou...— minha mãe estava ao lado da minha cama.— Como está se sentindo?

—Um pouco quebrada.— brinquei, fazendo uma careta de dor ao sentir uma fisgada.

—Eu vou chamar o médico...— ela disse levantando-se. Pela sua expressão triste e cansada, deveria fazer algum tempo desde o acontecimento.

—Boa noite, Wednesday. Eu sou o doutor Sloan.— o médico me cumprimentou ao entrar no quarto.— Como você está se sentindo?

—Só com algumas dores no abdômen...— respondi, o homem olhou algo em sua prancheta.

—Acho melhor fazermos alguns exames apenas por precaução.— ele se dirigiu a minha mãe.— Ela teve três costelas fraturadas, talvez alguma esteja pressionando ou perfurando outro órgão...

—Mas é algo muito grave?— minha mãe perguntou preocupada.

—Espera-se que não.— o doutor sorriu fraco para a minha mãe.— Você foi bem durona, Wednesday.— ele me encarava, com um olhar amigável.

O doutor Sloan informou que prepararia a sala de exames antes de sair. Eu podia ver, mesmo de costas, minha mãe respirando fundo diversas vezes.

—Vai ficar tudo bem, meu amor.— disse alisando minha testa. Tentei controlar a expressão de dor com o contato, porém, ela percebeu.— Desculpa...