Garotas Extraordinárias

Novos horizontes

As novatas tinham sentimentos mistos entre elas enquanto estavam paralisadas. Medo e sensação de confinamento eram o maior deles, mas Dahyun se sentia indignada por estar paralisada, ela tinha a menor chance de conseguir fazer algo perigoso ali. Tzuyu tinha certeza que caiu numa grande armadilha, só houve uma vez na vida que se sentiu tão impotente e preferia não se sentir assim novamente. Já Chaeyoung sentia uma raiva crescendo em seu âmago, prometeu a si mesma a muito tempo que nunca mais deixaria ninguém a fazer de trouxa e ser obrigada a obedecer era uma das piores coisas que poderiam fazer com ela.

Após se sentar Jeongyeon pode perceber que o clima estava tenso. Jihyo tinha a cara fechada e séria fuzilando Mina com os olhos enquanto ela comia elegantemente, Momo rapidamente se serviu e começou a manter sua boca cheia como se quisesse evitar ter que falar e as novatas tinham em seus olhos o pavor que sempre vem quando Mina usa seu poder sem se preocupar em mostrar controle sobre as ações de seus alvos, já sentiu na pele esse medo e o estresse que vem junto na pele e decidiu falar algo para quebrar a tensão.

— Bom... Comam, sou melhor dirigindo, mas como cozinheira acho que dou pro gasto. — Mas as novatas não riram nem se mexeram.

— Para poderem comer a Mina precisa liberar elas. — Disse Jihyo entre dentes fuzilando Mina. Mina colocou os talheres calmamente na mesa e limpou a boca com um guardanapo.

— Realmente. — Coçou a garganta e proferiu as palavras com o ecoado e com uma entonação quase como se a voz vibrasse. — Já podem comer, e respondam corretamente quando questionadas. — Imediatamente as três se sentiram compelidas a comer.

— Isso não é liberar elas, Mina. — Disse Jihyo.

— Uma é uma trombadinha que acabou de nos ameaçar, a outra você disse que consegue nos matar com um espirro e a pálida ali é só pra se sentir enturmada. — Disse Mina.

Tzuyu nessa hora se sentiu angustiada com a forma que a viam. Chaeyoung só sentia mais raiva e desprezo pela mulher elegante com a cara cheia de pintas. Já Dahyun sentia que se fosse permitido poderia até estar rindo se o poder de Mina não lhe causasse tanto medo.

— Tudo bem, você tem razão em se preocupar. — Jihyo disse depois de um longo suspiro. — Por favor, comam à vontade, meninas.

Observando a interação, Jeongyeon esperou as novatas comerem um pouco e continuou com a tentativa de quebrar a tensão — E ai? O que acharam? Juro que não está envenenado. — A governanta tentou uma piada.

Nesse instante Tzuyu sentiu uma necessidade gigante de responder Jeongyeon. Pelo canto do olho pode ver Chaeyoung se segurando para não falar nada, mas não resiste e se limita em falar que estava bom. Dahyun dá um riso nasal e concorda com Chaeyoung.

— Está bom Jeongyeon, realmente achava que era só uma motorista. Na verdade, quando te vi no beco achei que era algum tipo de estuprador. — Disse contorcendo a cara e pensando que não devia estar falando aquilo mas não tinha esse controle, pois foi ensinada que não deve mentir e as instruções de Mina compeliram ela a ser sincera. Pode ouvir Momo se engasgando com a comida e ver Jihyo negar com a cabeça.

— Na próxima vez vai vestida mas despojada Jeongie, se possível um vestido. — Disse Jihyo e a governanta concordou com uma cara contrariada.

— Então foi por isso que tentou me matar! — Disse Jeongyeon e Tzuyu arregalou os olhos querendo responder, mas foi uma afirmação e ela só tinha permissão para falar quando for responder perguntas. — Mina, deixa elas falarem direito, vai. — Mina revirou os olhos e sem Mina falar nada as três se sentiram livres das amarras que o poder as prendia.

— Liberei vocês, mas qualquer gracinha ponho vocês para dormir e só acordam quando eu quiser. — Disse olhando com os olhos cerrados para a menor entre as três. Dahyun voltou a comer enquanto Chaeyoung encarava Mina com raiva no olhar mas se manteve quieta e Tzuyu tornou a falar.