7. Fique bem

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*Uma semana depois*

Eu já havia feito uma grande amizade com Luffy e havia conhecido seus irmãos, Sabo e Ace.

Eles eram bem divertidos, sempre se metiam em confusão e Garp vivia gritando com os três.

- PAREM AGORA MESMO SEUS PIRRALHOS OU FICARAM SEM JANTAR - Garp gritava.

Eu e papai caiamos na gargalhada, meu pai era incrível, ele acabou perdendo o braço na semana que chegamos na ilha pra salvar o Luffy, o tonto comeu a Akuma no mi que papai trazia, se tornando de borracha e ficando fraco dentro do mar.

- Isso não é justo velho - Ace respondeu ao mais velho.

- É - Sabo e Luffy o acompanharam.

Papai olhou pra mim e falou.

- Você gosta daqui filha? - ele me perguntou.

Eu concordei e ele apenas sorriu, Garp trouxe nossa janta e comemos rindo dos meninos, aquela foi a melhor noite da minha vida.

*No dia seguinte*

Estávamos dormindo na casa do almirante, papai não estava mais deitado, então me levantei e fui até a cozinha, Garp estava fazendo o café da manhã ou talvez fosse o almoço, não sabia que horas eram.

- Bom dia almirante - falei para o mais velho.

Ele se assustou e se virou como se não soubesse ou não lembrasse que eu estava hospedada na sua casa.

- Oh, você me assustou garota.

- Me desculpa - me sentei - O senhor viu o meu pai?

Ele estava de costas novamente e suspirou com a pergunta, ele virou enxugando as mãos e me entregando uma carta, era do meu pai.

Eu a li em silêncio, nela falava que Garp me protegeria, cuidaria de mim e que papai voltaria logo, ele também me pediu para cuidar daquela carta, porque era um papel vida, o que significava que se ele tivesse em perigo, eu saberia.

- Você está bem garota? - Garp me perguntou depois de um tempo que eu estava calada apenas encarando a carta.

Eu estava com os olhos ardendo porque segurava minhas lágrimas.

Me levantei e voltei pro meu quarto, guardado o papel e deitando na cama, eu fiquei mais de uma hora chorando, Luffy e os outros tentaram entrar no quarto e me animar mas nada poderia me animar naquele momento, meu pai se foi e eu seria criada por alguém que mal conheço, como isso poderia ser bom?

*Horas depois*

Sai do quarto e encontrei Luffy, Ace e Sabo sentados de frente pro meu quarto me esperando.

Sabo foi o primeiro a levantar e me abraçar.

Não falamos nada, não havia nada para ser dito naquele momento, Ace e Luffy também me abraçaram.

Fomos para a cozinha calados e lanchamos em silêncio, Garp estranhou mas não questionou o comportamento.

Eu sabia que seria difícil sem papai por perto mas não ia desistir do mar, afinal ele sempre me chama.

O MAR ME CHAMA (ONE PIECE)Onde histórias criam vida. Descubra agora