Acordo com o som da campainha do meu apartamento, me levanto com muito esforço e praticamente me arrasto até a porta. Não sei que horas são, mas passei a madrugada pintando um quadro que foi encomendado e precisava finalizá-lo logo.
Abro a porta e dou de cara com Christopher, que tem um sorriso nos lábios e parece estar bem animado. Maite deve ter passado meu endereço.
— Meu Deus! Já são quase uma da tarde e você ainda está dormindo? — ele pergunta e eu olho para ele como se fosse bem óbvio.
Não tenho o melhor dos humores assim que acordo. Na verdade, preciso de pelo menos um banho e um bom café da manhã para me sentir disposta para algo. Eu não deveria passar a noite pintando, mas é o momento que eu sinto paz. É quando posso colocar meus fones de ouvido no volume que bem entender e me concentrar em minha arte, como só pego quadros por encomenda, não preciso fazer isso todas as noites.
— Passei a noite acordada. — abro espaço para que ele entre e fecho a porta.
— Já sei! Você passou a madrugada suspirando pelo tal... — ele tenta lembrar o nome e eu reviro os olhos.
— Haha, engraçadinho! — faço careta — Poncho — Lembro o nome dele — E não, eu não estava suspirando pelo Poncho, eu estava pintando um quadro.
— Sabe, eu aceito um quadro como pagamento. — ele diz com um sorriso nos lábios.
— Eu pensei que fosse uma ajuda voluntária.
— E realmente é, mas eu amo arte.
— E o que você gostaria que eu desenhasse? Eu desenho qualquer coisa, até pessoas.
Ele parece pensativo e demora alguns minutos para responder.
— Vamos fazer o seguinte, durante todo esse tempo que estou te ajudando, você vai me conhecer melhor e aí você desenha algo que você ache especial para mim. O que acha?
Arqueio uma sobrancelha e um sorriso gigante surge em meus lábios. Pintar é o que mais amo e me sinto animada quando alguém me "desafia".
— Eu descobrirei o que você mais ama e pintarei um quadro, Christopher Uckermann! — digo animada e seu sorriso aumenta.
— Estou ansioso para ver, Dulce Savinon!
— Mudando de assunto, a que devo a honra de sua visita? — pergunto indo para cozinha e aceno para que ele me siga. Estou morrendo de fome e preciso tomar um café.
— Eu vim para saber sobre os detalhes desse sentimento que você tem por Poncho. Desde quando você sente, qual sua relação com ele, o que você sabe sobre ele e o que você espera. Sei que você contou o resumo, mas quero saber toda a história. Então, vamos fingir que não conversamos sobre isso antes.
Começo a preparar o café e tento organizar meus pensamentos para conseguir respondê-lo. Além de tudo, ainda sou lerda pela manhã.
— Eu gosto do Alfonso desde quando tinha treze anos.
— E por que você começou a gostar dele?
— Não sei. Simplesmente bati o olho nele e me encantei, ele sempre foi muito carinhoso comigo, mas obviamente nada além, até porque eu era uma criança. Fui crescendo e nunca deixei de suspirar por ele, Poncho ainda é carinhoso comigo, a diferença é que hoje ele se mantém mais afastado.
— Qual é o seu nível de proximidade com ele?
— Não muito. Ele é o melhor amigo do meu irmão, mas não chega a ser meu amigo. Com o tempo nos afastamos mais, mas ele sempre aparece na casa dos meus pais durante o fim de semana para jogar com o meu irmão, quando ele está por aqui.
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Dicas para conquistá-lo - Vondy
FanfictionDulce Maria é apaixonada pelo melhor amigo do seu irmão desde a adolescência e já desistiu de tentar mudar seu olhar sobre ela. Para ela, não há como fazer Alfonso olhá-la de forma diferente. Até Maite, sua melhor amiga, dizer que tem a solução par...