Cap IV

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Meus treinos com o professor Aizawa consistem em controlar quanto e onde estão meus pontos de individualidade, afinal assim tenho dificuldade em me relacionar com as pessoas.
_Cheguei professor Aizawa, falei anunciando minha chegada
_Espere aí que estamos acabando, certo? Perguntou o professor, que ainda treinava com Shinsou seu mais novo aprendiz
_Tudo bem eu espero, falei me sentando e olhando eles em seu treinamento habitual
Fiquei atenta demais nos movimentos e técnicas, ele realmente aprendia rápido assim comentado comigo uma vez. Enquanto isso notei vagamente que conversavam, um pouco baixo, mas não durou muito.
_Pode ir, vamos S/n! Não tenho o dia todo, falou me chamando para ser a próxima
'Lá vamos nós!'
_To indo, a gente se vê! Falei enquanto passava entre o menino para a direção do meu mentor
_Claro, falou tentando tocar em meu ombro quando passou a poucos centímetros perto de mim mas desviei
'Não!!!'
_Que reflexo! Comentou
_Ae, um buraquinho, disse lhe mostrando que tinha um buraco no meu uniforme no ombro esquerdo
_Ta... respondeu um pouco distante
_Sem perda de tempo! Pediu professor Aizawa ativando sua individualidade de anular individualidade para mim
'Ok, vamos!'
Seus golpes estavam aparentemente mais rápidos, ou eu que estava desligada demais, que fui nocauteada cinco vezes consecutivas.
_Tudo bem ? Perguntou me entregando uma garrafinha de água
_Ta, eu só estou distraída!
_Tem haver com sua individualidade?
_Você viu, quanto tempo mais vou tem que ficar evitando abraços, apertos de mãos, beijos. Toques gentis! Falei triste ao pensar que sou privada de tais privilégios
_Estamos treinando para isso, estamos conseguindo aos poucos, trabalho duro! Falou tentando animar do jeito que só o professor Aizawa consegue, sem ânimo nenhum
_É...
_Vamos voltar? Perguntou voltando com força total
_Claro
Depois que acabamos, falei que ficaria para tentar melhor um pouco mais, ver meu empenho, ele disse para não demorar mas concordou.
Estava recapitulando tudo, devagar, quando de repente escuto um barulho estranho seguido de uma sensação de observada bizarra.
A sala é invadida pelos cientistas e pesquisadores que trabalhavam no projeto onde eu era o centro da negociação.
_Capturem ela! Falou o Dr. Hells logo após explodirem os vidros da sala
_Vocês! Respondi perplexa por revê-los
_Demorou, mas achamos você 03!
_Não me chamo assim, meu nome é S/n Izumi! Falei tirando as luvas que mantêm as pessoas a salvo de mim no chão
_Está cansada? Espere que deixaremos você descansar o suficiente no nosso novo esconderijo! Falou o Dr _Cuidado, não toquem nela diretamente!
_Venham! Vou destruir todos vocês!
_Está cansada querida, um choquezinho nosso e é o suficiente para você cair!
_Fiquem longe de mim!
_Não achou que viveria livre, achou?
_Agora! Peguem ela! Falou o homem que tanto me fez mal dando o sinal para seus homens avançarem
'Droga, reaja S/n! Resista!'
_Ahh! Reagi pulando para trás em uma cambalhota para se esquivar dos choques elétricos
_Não vamos sair daqui sem você! Círculo! Ordenou o mesmo, seus homens me cercaram em um círculo fechado para me capturar com sucesso
_Ah, gemi ao ser atingida por uma corrente elétrica em minhas costas o que me fez cair de joelhos no chão
_S/n!! Gritou Shinsou que apareceu do nada
_Se livrem dele! Ordenou o Dr furioso pelos contratempos
_Não mexam com ela!
_Vá sonhando ! Respondeu o homem _O que ?
_Obrigado!
'Espera... ele fez a lavagem? Caramba Shinsou, você é incrível!'
_Chefe? Perguntaram os capangas assustados
_Venham se conseguirem!
_Oras seu...
_Muito fácil! Falou o menino
_Seu abusado... _Droga!
_Entendam, o seu fim começou no momento em que entrei nessa sala! Disse Shinsou com todos sobre controle _Vão embora! Ordenou e todos assim fizeram
'Caramba, não é que funcionou?!'
_Você está bem? Perguntou se ajoelhando perto e pronto para me tocar
_Não me toque!
_Desculpe, falou um pouco triste
_Você não pode me tocar Shinsou, você vai cair em sono! Respondi
_Cair em sono? Perguntou confuso _O que você faz?
_Minha pele ao tocar leva a qualquer um a dormir por horas, o máximo é uma hora. Mas já aconteceu de que quando irritada causar reação no tempo de sono, sendo ele maior.
_Por isso o professor Aizawa ativa sempre a individualidade dele?
_Sim, não consigo lutar, afinal não posso tocar na outra pessoa sem que ela durma. Mas às vezes, vai acontecer delas serem imunes de alguma forma e então vou precisar de algo a mais que minha individualidade.
_Quase como eu, respondeu
_É, sorri
_Você na luta sabia da minha individualidade não sabia? Perguntou acredito que já sabendo da resposta
_Sabia
_Então você caiu por cair de um descuido ou...
_Eu deixei você ganhar, falei interrompendo
_Saquei, era meio óbvio demais você cair só de burra mesmo.
_Obrigada? Sorri, feliz por ele não ficar tão chateado
_Não precisava ter pegado leve, disse decepcionado
_Não peguei, só que na época minha individualidade estava tão fora de constância que poderia causar algum dando para alguém. Pensei que seria melhor não usar.
_Saquei...
_Mas ainda te acho incrível apesar de que eu podia ter ganhado... falei sorrindo e o mesmo retribuiu
_Espero um dia ganhar de forma justa, falou como um comentário
_Claro, e obrigada, afinal você me salvou hoje! Eu não sei onde eu estaria se não fosse por você! Falei um pouco corada mas sempre sorrindo
_Capaz isso não dá para considerar salvamento, disse sem graça
_Claro que dá, você é meu herói a partir de agora! Respondi o que fez ele corar um pouco nas bochechas
_S/n?
_Eu sei que eu devo uma explicação...
_Não! Eu ia perguntar como faço para te ajudar sem cair no sono? Perguntou em pé pensando e olhando como me levantaria
_Ah, assim! Falei colocando as luvas de volta e segurando em suas mãos para conseguir levantar
_Então tocar nas suas roupas não tem problema? Perguntou percebendo por conta das luvas
_Não, minha pele é o problema. Não posso ter nenhum toque físico, pele com pele.
_Caramba...
_É, um pouco chato! E isso assusta as pessoas de começo, a primeira vez que aconteceu derrubei uma menina e ninguém sabia o que eu fazia, então acharam que eu tinha matado com um toque.
_Crianças são cruéis, respondeu e acho que aquilo não era só sobre mim
_Tem tempo? Perguntei a ele, me sentando no banco na rua um pouco antes de chegar nos dormitórios
_Tenho
_Vou te contar uma história se quiser
_Não precisa me contar se não se sente confortável, disse já sabendo qual seria o enredo
_Tudo bem, não me sinto desconfortável! Quer ouvir? Perguntei estendendo minha mão sobre o banco oferecendo caso queira sentar e escutar, ou simplesmente ir embora
_Ta bom, falou sentando ao meu lado
_Vamos começar do começo, falei puxando na memória cada detalhe
'Do começo...'

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