(2/2) Eu te dou medo? (+18)

757 43 123
                                    

- Tem medo de uma montanha russa, mas não disso? - Alya me questiona, indignada, na fila do castelo do terror.

Era uma puta construção alta.

Deveria ter uns três andares, fora a extensão longitudinal.

As pessoas que saíam dele, ou estavam sorrindo ou com o olhar de mil jardas.

Umas duas crianças saíram chorando.

Pelo amor...

Finalmente uma atração de Halloween e um medo que eu estava afim de passar.

- É totalmente diferente, vaca. - bato meu ombro no dela.

Ela revira os olhos e faz uma cobrinha falante com a mão.

- Se você diz...

Luka ri para nós duas e então, a proveitando-se de sua altura elevada, olha para o início do local.

- A fila está curta. - comenta.

Alya faz um "yes" com a mão:

- Finalmente uma boa notícia.

Vago pelos rostos das pessoas ali presentes. Não dos que queriam aproveitar o brinquedo, é claro.

Eu procurava um certo funcionário...

- Ei, gata. - a ruiva me desperta - Vai ficar aí, mesmo?

Noto que meu esforço para observar dentro da atração, me fez sair do local adequado de espera.

- Ops. - reclamo, pondo os pés no lugar.

Assim que retorno, um passarinho parece sussurrar no ouvido de Alya, para que ela finalmente percebesse:

- Puta merda.... Vamos ter que nos separar!

- Esse é o objetivo de um labirinto. - zombo.

Ela rói as unhas.

- Cadê sua coragem, hein? -

A ruiva bate no meu braço.
Era assim que eu estava quando me pediram para ir na merda da montanha russa.

Eu ergo as sobrancelhas e ela ri, mordendo os lábios.

- Relaxa, meninas. - Luka diz mais para ela do que para mim - Morrer não iremos.

Aproximo-me do pescoço de minha amiga e cochicho:

- Será mesmo?

Ela sorri, mas pisa no meu pé. Eu retribuo.

- Marinette - inicia - Se eu morrer eu volto a vida e te mato.

Dou de ombros.

- Algum louco teria que te invocar, antes.

Antes que nos irritássemos mais, como o vento, nossa vez passa sem que notássemos.

O homem na entrada nos dispõe. Cada um em uma porta diferente.

O azulado passa uma mão na outra, como se estivesse se preparando para uma corrida.

- Vamos lá, galera. - anima - Bora vencer isso aqui.

Acenamos e vestimos a pulseira fluorescente de papel que nos deram.

Prestes a entrar pelo labirinto.

°
>>>>>>>>>><<<<<<<<<
°

Sozinha, faço meu caminho.

As paredes do lugar eram pretas, assim como o chão de madeira e a maior parte da decoração.

Se não fosse pelos pequenos lapses de luz colorida, eu estaria completamente cega.

Eu te dou medo? - One shot (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora