Capítulo 1.

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Olá, meus amores.

Avisos:
1. Drarry.
2. Romance.
3. Gay.
4. Volta no tempo.
5. Hot.

Eu acho que essa música combina com eles, tem um toque de saudade e tristeza e o título veio dela. O que acharam da música?

Boa leitura!

Draco se ajoelhou diante do túmulo de seu rival, colocando lírios brancos ali, ele tinha ouvido falar que eram as favoritas de Potter, ele não tinha completa certeza disso, Draco limpou a lápide com um paninho úmido com uma poção de limpeza, fazer isso com as próprias mãos era melhor e o distraiu um pouco do peso que ele sentia, as lágrimas escaparam de seu controle após alguns minutos. Isso era terrível. A morte de Harry Potter fora a sua culpa, eu que deveria estar morto, não ele, o loiro pensou infeliz, fazia três meses que Harry James Potter morreu, ele nunca pensou que fosse chorar de tristeza pelo seu rival.

A guerra tinha mudado muita coisa, Harry tinha conseguido sobreviver ao Avada Kedavra do Lorde das Trevas louco para morrer em seguida, aquela maldição era para mim, meu pai a lançou para me matar, porque eu trai o lado escuro, Draco pensou amargurado, o seu pai, Lucius Malfoy o fez receber a marca, Potter me empurrou e acabou sendo atingido pela maldição, a culpa da morte é minha.

- Você não tem culpa disso - Uma voz masculina veio de trás de si, o loiro deu um pulo assustado e olhou por cima do ombro - Harry sempre foi um herói, Malfoy, ele dizia que queria salvar o maior número de pessoas possível.

Era Ronald Weasley, Draco nunca pensou que o ruivo fosse conversar com ele tão amigavelmente assim. A guerra mudava as pessoas, ele sabia muito bem disso.

- Ele te viu em perigo e te salvou, Malfoy - Ronald se ajoelhou ao seu lado, colocando algumas margaridas e lírios ali, ele olhou para a lápide com tristeza e saudade - Ele era um bom amigo, o melhor amigo que qualquer pessoa poderia ter, eu nem sempre fui bom para ele, mas Harry sempre foi um bom amigo para mim.

- Eu queria que houvesse uma forma de salvá-lo - Draco sussurrou, Ronald o encarou nos olhos antes de suspirar.

- Eu também queria - Ronald murmurou, ele mexeu no bolso de seu casaco, parecia meio agitado - Ele tinha muitos planos para quando a guerra acabasse, ele não conseguiu realizar nenhum deles. Eu tenho algo para você, Malfoy.

Ele pegou um envelope amarelado, encarando Malfoy com cansaço, ele segurou o envelope com firmeza.

- Prometa que você não vai fazer nenhuma bobagem - Ronald pediu, Draco o encarou curioso, do que o ruivo estava falando? - Eu não sei o que Harry escreveu aqui, pode ter sido algo bom ou ruim, eu não li a carta, Malfoy, mas me prometa que independente do que ele escreveu aqui você não vai se ferir. Harry não gostaria que você morresse. Prometa.

A noiva de Ronald Weasley, Hermione Granger tinha sido morta por um comensal da morte, ela morreu lentamente por causa de um Cruciatus, o coração dela tinha parado de bater por causa da força do feitiço. Às vezes Ron desejava que o mesmo acontecesse com ele, porque sem ela parecia que a sua vida não tinha sentido e nem gosto, ele a amava e agora ela estava morta, ele se sentia infeliz e por mais que tentasse não conseguia ver sentido em mais nada. Ele estava afundando aos poucos em uma depressão e sabia perfeitamente disso, Ronald saia apenas para levar flores aos túmulos de sua noiva e melhor amigo, o ruivo sentia que devia isso a eles, já que não os tinha protegido, Ronald não se esqueceria de Harry e Hermione.

- Ok, eu prometo - Draco prometeu para o tranquilizar, esperando que Ronald lhe entregasse a carta, o ruivo o encarou preocupado por algum tempo e lhe entregou a carta, ele foi embora em seguida, Ronald já não aguentava ficar ali, o fazia se sentir pesado e exausto.

Draco olhou para os dizeres na lápide limpa, ele releu várias e várias vezes para se acalmar: Harry James Potter, filho de James e Lílian Potter, amado amigo, filho e o eterno salvador do mundo bruxo, que você consiga encontrar a paz, ele respirou profundamente antes de abrir o envelope, tinha uma aparência muito antiga. O seu coração batia de modo tão acelerado que era doloroso, ele sentiu medo de ler, sentiu-se sufocado, ele não queria ler, mas devia isso a Harry, certo? Ele precisava ler mesmo que ali só houvesse palavras de ódio e rancor, mesmo que Harry tivesse escrito coisas cruéis sobre si, ele leria e depois tentaria esquecer a carta.

Olá, Draco Malfoy,

Eu sei que nunca fomos amigos ou coisa assim, porém eu adoraria ter aceito a sua mão naquele dia, me pergunto se isso mudaria as coisas? Tornaria a guerra mais fácil para nós? Talvez não, fomos criados para sermos soldados.

Soldados lutam, não pensam e nem tem sentimentos nas opiniões de pessoas civis. Eu fui criado para ser um soldado fiel ao lado da Luz, mas a minha vida foi mais cheia de trevas e sombras do que de luz, a minha vida foi cheia de sofrimentos e dores. Você também teve uma vida assim, não é? Dá pra ver nos seus olhos, você sente dor, mas esconde isso com uma máscara de indiferença e arrogância, eu sei.

Eu queria ter pego a sua mão. Às vezes eu me pego pensando nisso, me arrependo de não ter feito isso. Perdoe-me por não tê-lo feito. Você era meio arrogante e mimado, mas você não é de todo ruim, apenas foi criado assim, do mesmo modo que eu fui criado para servir e morrer no fim.

O que quero dizer é: se houver uma vida após essa, eu espero que possamos ser amigos. Eu gostaria disso. Talvez fosse divertido, certo? Eu não sei.

Eu não te odeio, Malfoy, nunca consegui te odiar de verdade. Espero que você também não me odeie, Malfoy, já fui muito odiado em minha vida e sei como isso dói.

Sinto que no fim dessa guerra, eu irei morrer, eu não sinto medo de morrer sinceramente, nunca tive esse medo na verdade, por isso me coloquei em tantas situações perigosas, talvez eu tenha tendências suicidas? Eu gosto da adrenalina de saber que estou cada vez mais perto dos meus pais, eu não queria morrer, mas eu sei que vou. Então vou apenas aceitar isso.

Me desculpe por essa carta boba e sem sentido, eu só precisava desabafar com alguém. E eu escolhi você, espero que não zombe do que eu escrevi, puxarei o seu pé a noite se o fizer.

Obrigado por ser um rival tão divertido, Malfoy.

A carta terminava ali, parece que ele não a terminou de verdade, Draco pensou, se levantando com joelhos trêmulos, câimbras percorriam as suas pernas sem parar, ele respirou profundamente, sem ideia do que pensar sobre essa carta, ele precisava voltar ao seu apartamento agora. Ele não conseguia voltar para a mansão, na verdade ele não queria, aquela velha mansão lhe trazia lembranças dolorosas demais e parecia que sugava a sua energia, ficar lá o deixava cansado.

Draco aparatou em frente ao seu prédio, rapidamente o loiro entrou em seu solitário lar, ele se jogou em seu sofá cinza claro, as suas lágrimas escapando de seus olhos sem parar. Ele está morto, Draco pensou, por minha culpa, ele queria voltar no tempo.

Se houvesse alguma maneira...








💙❤️💙❤️💙❤️💙❤️💙❤️💙❤️💙❤️💙❤️
Até o próximo capítulo, meus amores.

Love Story - Drarry.Onde histórias criam vida. Descubra agora