Dedico essa história ao Meu namorado,
Que me salvou da infelicidade e me deu Motivos para continuar aqui.||Douma||
Conheci você em um dia ensolarado da primavera de 2009. Eu tinha apenas 9 anos na época. Você gostava de brincar comigo, por sendo mais velho e mais alto. Sentia uma felicidade e realização imensa com sua presença em minha vida. Parecia que já nos conhecíamos há muito mais tempo do que eu existia. Sempre depois de brincar, costumávamos ir a uma barraca de sorvete próxima à igreja católica dos meus pais. Você dizia que, quando completasse 16 anos, pintaria seu cabelo da cor do sorvete de morango. Eu imaginava como ficaria engraçado com esse visual. Antes que o sol se pusesse, trocávamos nosso toque especial de amizade e nos despedíamos.
Eu desejava que esses momentos durassem para sempre, mas à medida que eu envelhecia, minha família me afastava cada vez mais das coisas que me traziam felicidade, inclusive de você... No final do inverno de 2014, acabei me mudando para Tokyo e acreditava que nunca mais te veria novamente... mas o destino tinha outros planos.~ Tokyo 2018 ~
Finalmente alcancei meus 18 anos e acabei de me formar na escola. Já se passaram dois anos desde que meus pais retornaram à cidade onde passei minha infância. Agora chegou a minha vez de retornar ao meu verdadeiro lar: o Vale das Cerejas.
Com minha mala em mãos, embarquei no avião. A viagem durou aproximadamente quatro horas, durante as quais tive a oportunidade de admirar o pôr do sol pela janela. No entanto, ao meu lado, havia um homem de cabelos grisalhos que parecia se incomodar com cada movimento que eu fazia.
Quando cheguei ao aeroporto, fui recebido por minha mãe._ Meu filho, meu filho, meu Douma! Como eu estava com saudades de você. _ disse ela emocionada. _ Você cresceu mais do que eu imaginava!
_ Oi, mãe. _ respondi com felicidade ao vê-la. Olhei para o lado e avistei meu pai que também sorria, demonstrando sua alegria em me ver.
_ Douma, meu filho, o que você gostaria de jantar hoje? _ perguntou minha mãe, enquanto gentilmente segurava minhas mãos geladas.
_ Acho que vou querer frango... talvez? Respondi com um sorriso bobo.
_Frango? Não, hoje precisa ser algo especial. Que tal comermos carne de verdade? _ sugeriu meu pai, animado.
_ Sim, deve ser especial, pois teremos visitas _ disse minha mãe com um sorriso no rosto enquanto batia palmas de animação.
_ Eu pensei que seria especial porque meu filho voltou para casa _ debochei com um pouco de insatisfação. _ Será que há algo mais importante do que eu?
_ Na verdade, são dois motivos _respondeu minha mãe, tentando explicar melhor.
_ Que bobagem, parem com essas discussões _ interveio meu pai, colocando as mãos no meu ombro e no da minha mãe, tentando contornar a situação. _ Nosso pequeno Douma voltou.
Senti o calor reconfortante das mãos do meu pai e percebi que, apesar de qualquer desentendimento temporário, eles estavam felizes por eu estar de volta em casa.
Estavam indo para casa. Durante o trajeto de volta para casa de carro, meus pais começaram a tocar louvores e a cantar animadamente. Eles pediram para que eu também participasse, mas eu não lembrava as letras das músicas, pois havia parado de cantar músicas religiosas desde que deixei de frequentar a igreja em Tokyo, lá em 2016, quando meus pais foram para o Vale das Cerejas sem mim.
Assim que chegamos, peguei meu telefone e verifiquei a hora: eram exatamente 19:00. Minha mãe fez questão de me mostrar a casa, que era espaçosa e acolhedora. Com três quartos, dois banheiros, uma cozinha ampla, uma sala de jantar, um corredor espaçoso e um lindo jardim nos fundos.
Meu quarto era simples, com uma confortável cama de solteiro coberta por um edredom cinza. Havia um armário de madeira ao lado de uma escrivaninha, feita do mesmo material, e que ficava embaixo de uma ampla e magnífica janela.
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Além do Arco-íris ||DoumaXakaza
Fanfiction"Além do Arco-Íris" é uma história dramática que conta a história de dois jovens (Douma e Akaza) que em um passado distante foram melhores amigos. Atualmente, Douma está comprometido a um casamento arranjado pelos seus pais religiosos que não apoiam...