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Sua boca abrindo e fechando como um peixe fora d'água, muitos pensamentos e perguntas arrebatadoras em sua mente, fazendo-o não saber o que dizer, Kyungsoo então deixou escapar o mais óbvio de tudo. "Seu cabelo realmente está prateado."

O outro homem riu, um riso travesso escapando dele. "Essa é a primeira coisa que você diz?" Ele ajustou o gorro preto que cobria a maior parte de seu rosto, apenas mostrando as franjas prateadas que pairavam logo acima de seus olhos. "Reparou alguma coisa, hmm? Você pode adivinhar meu nome e talvez me dizer o seu?"

Ele sabia muito bem quem era, quem Kai realmente era. Era óbvio desde o início. Kyungsoo estava apenas muito em choque para encaixar o nome que ele sabia tão bem. Esse nome estava colado em toda as televisões, internet, jornais e revistas. Tudo fazia sentido. Reunindo coragem, ele levantou, um pouco decepcionado por ser mais baixo que Kai, e tomou a rosa que era lhe oferecida com um pequeno sorriso. "Eu sou Do Kyungsoo e... e você é o Kim Jongin."

"Posso te chamar assim, hyung?" Kai perguntou ansiosamente, de uma forma fofa. 

Kyungsoo acenou com a cabeça, olhando timidamente para a flor em suas mãos congeladas."Me chame como você quiser, Kai."

"Kyungsoo-hyung," Kai disse em um sussurro, sorrateiramente movendo-se para mais perto do menor, "Kyungsoo-hyung."

Quando Kyungsoo olhou em admiração, ele foi abruptamente puxado em um abraço quente e apertado. Ele ficou rígido em estado de choque antes de sua postura suavizar lentamente. Apesar de ter sido repentino e um pouco estranho, Kyungsoo não se importou.

O menino mais baixo levou suas mãos para cima, agarrando o tecido do casaco que cobria os ombros de Kai. Ele era quente, quase como se estivesse abraçando um aquecedor, e era bom. Ele não cheirava a perfume caro como Kyungsoo esperava. Ele cheirava como... como Kai, como ficar até tarde olhando para o brilho de seu telefone, como compartilhar histórias através de péssima gramática e emoticons ridículos. Ambos não disseram nada, mas eles não precisavam de qualquer palavra, porque a ação de Kai falou mais do que qualquer outra coisa.

'Você é real.'

E então ficou claro para ele. Kai estava ali. Ele estava o abraçando. Oh Deus, ele estava abraçando Kai, estava tocando Kai. O verdadeiro Kai, o real Kai, que era tecnicamente o lindo modelo, Kim Jongin. Contra sua vontade, seus olhos ficaram molhados no súbito afluxo de emoção rasgando seu peito. Fungando pela enésima vez naquele dia, quando Kai afastou-se, Kyungsoo limpou furiosamente os olhos com as costas de seus punhos. "Me desculpa," ele deixou uma risada, voz falhando, "Eu só... Estou muito feliz que você tenha se mostrado."

"Eu também," Kai deu um leve sorriso antes de notar o estado vermelho dos dedos gelados de Kyungsoo "por quanto tempo você esteve me esperando aqui?" Ele ficou boquiaberto, olhos escuros arregalados.

"Uh, que horas são agora?"

Kai pegou seu celular e checou, "meio dia e quarenta e cinco."

"Um pouco mais que uma hora, eu acho," Kyungsoo encolheu os ombros, limpando o nariz escorrendo.

"Nessa temperatura?" Kai franziu as sobrancelhas em preocupação. "Hyung, você não é verdadeiramente esperto na vida real?"

Kyungsoo franziu a testa e deu um tapa no braço de Kai. "Não! Eu apenas, eu não queria de alguma forma sentir sua falta, e eu não tinha nada a fazer de qualquer forma..." Ele realmente tinha ficado um pouquinho animado demais por esperar Kai, e sem sequer percebeu que saiu mais cedo e chegou antes do horário marcado. "E, ei, não sou eu quem chegou atrasado."

Kai endureceu visivelmente e seu rosto mudou, características revestidos de culpa. "Me desculpe, hyung."

"Estava apenas provocando, Kai," Kyungsoo revirou os olhos, antes de dar tapinhas, dessa vez carinhosamente, no braço do outro garoto. "Vem, vamos andar um pouco. Você está com fome?" Ele próprio estava morrendo de fome desde Kai tinha chegado. Seu estômago estava cheio de borboletas quando ele acordou pela manhã, tanto que ele não quis nem tomar café da manhã. 

Real. (Portuguese Version)Onde histórias criam vida. Descubra agora