#3 Poison.

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Beomgyu chegou em seu apartamento tão atordoado que ao menos lembrou de mandar mensagem para Taehyun, que por outro lado, ficou esperando o dia inteiro pela notificação.

O mafioso se sentia traído, sentia que não poderia confiar em mais ninguém. Beomgyu normalmente não confiava em ninguém, nem mesmo nos seus colegas da máfia. Era triste mas era necessário. Afinal, um mafioso procurado por toda Coreia não poderia confiar em muitas pessoas.

O rapaz precisava pensar, precisava sair dessa o mais rápido possível. Sua agenda lotada de compromissos não o ajudava em nada, informantes o enchendo de mensagens, colaboradores buscando uma resposta rápida, investidores o procurando a todo momento... Tudo, Beomgyu tinha que resolver tudo sozinho.

Era absurdamente difícil ter que lidar com tudo isso. Honestamente, o moreno gostava mais da parte bruta onde tinha que ameaçar, bater ou até mesmo se livrar de alguém. Era mais fácil de lidar.
Tomou um gole generoso de vinho e buscou tomar um banho relaxante em sua banheira, precisava pensar antes de agir. Depois de longas horas pensando e tentando se organizar, Beomgyu marcou uma reunião com a máfia. Se arrumou e saiu rumo ao local de sempre: Um galpão.
Na verdade, um galpão disfarçado de empresa. Já que Beomgyu era dono de uma grande empresa, jamais suspeitaram que na verdade aquilo era um galpão manchado de sangue e torturas.

Enquanto saía de seu apartamento, conversava com um de seus colaboradores – um dos muitos que já estavam acabando com a paciência de Beomgyu –. Do outro lado da linha o homem reclamava sobre Beomgyu não ter aumentado seu lucro, deixando o moreno mais irritado a cada fala.

— Eu já falei que vocês não vão receber enquanto não trabalharem. – Afirmou o mafioso.

Como vamos trabalhar se você não dos dá um aumento digno?

Digno? Digno de quê? Sua função é cuidar dos clientes e pelo o que eu fiquei sabendo eu perdi uns cinco só no mês passado.

Beomgyu estava irritado de verdade agora. Perdeu clientes importantes em seus negócios por causa do péssimo trabalho de seus colaboradores. É verdade que Beomgyu já estava suspeitando deles antes, mas agora... Agora as coisas estão piorando a cada segundo.

Você não está sabendo direito, não foi bem assim.

– "Você"? – Beomgyu respondeu sério, sentindo a respiração pesada do outro lado da linha.

O senhor. O senhor não entendeu bem, me desculpe.

O homem do outro lado parecia nervoso.

– Podemos nos encontrar e resolver a situação?

– Vou ver um dia e te aviso. – Disse entrando em seu carro. – Agora, faça o seu trabalho direito e pense bem antes de me tratar como se fossemos íntimos. Você não passa de um pedaço de merda descartável, eu posso te jogar no meio da rua quando não for mais útil.

E Beomgyu desligou sem um aviso prévio, deixando um homem mais velho completamente irritado do outro lado. Beomgyu sabia com quem estava mexendo, sabia que teria que resolver isso mais cedo ou mais tarde.






Já com os membros da máfia, Beom analisava tudo em silêncio. Sentado em sua poltrona com seu café na mão, Beomgyu pensava em mil e uma coisas, pensava em quem seria o traidor, pensava em como faria para descobrir ou como faria para dar um fim nessa história.

– Chefinho, você não vai falar nada? – Wooyoung finalmente quebrou o silêncio. De todos os outros membros, Woo era o mais próximo de Beomgyu.

– É cara, fala alguma coisa. – Mingi disse, bebendo um gole de seu café gelado.

¡The Mafia Poison! - taegyu. Onde histórias criam vida. Descubra agora