capítulo 17

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Ela vai para a radiografia e logo Carl entra no quarto.
Carl: tenho que te levar de volta para a delegacia, vamos logo.
Chris: oque houve?
Carl: você tem que ficar lá, não podem saber que está solto por minha causa, será melhor para a sua futura imagem.
Chris: ok.
Eles vão para delegacia e depois de por Chris na cela ele volta para o hospital.
Uma hora depois Camila volta para o quarto e ao ver seu pai ela dá falta de Chris.
Camila: onde ele está?
Carl: pensei que fosse sentir a minha falta.
Camila: eu senti, mas oque houve?
Carl: tive que levar ele de volta para a delegacia.
Camila: o senhor prometeu que não quebraria sua promessa.
Carl: eu não quebrei, já estou resolvendo o caso dele, mas para que ele tenha uma nova boa imagem ele ter que ficar a mercê da justiça assim provando sua obediência.
Camila: hmm..entendi.
Carl: mas já que está dando falta, vamos falar sobre ele. Tudo bem para você filha?- ele leva sua cadeira até a cama dela.
Camila: hurrum.
Carl: me..me conte sobre ele.
Camila: não entendi.
Carl: oque ele disse sobre ele, ele deve ter contado sobre a vida dele já que estão tão íntimos.
Camila: não sou delatora premiada, esse jogo só funciona com criminosos.
Carl: dependendo do que ele te contou pode acabar ajudando ele, eu não me esqueci do que lhe prometi, só direi ao advogado oque trará benefícios a ele.
Camila: jura?
Carl: juro de dedinho..- ele entrelaça seu dedinho com o dela.
Camila: ele trabalha para a Cia, antes de tudo isso.
Carl: é verdade que ele matou o assassino do pai dele?
Camila: sim.
Carl: e por que ele começou a finalizar aqueles homens por um preço?
Camila: porque ele já estava sendo procurado pelo assassinato do homem que matou o pai dele, então ele disse que não faria diferença alguma se ele se entregasse, ele não tinha para onde ir, e viu uma única saída.
Carl: entendi... Eu poderia encontrar a história dele no jornal mas você sabe como é a mídia, nem tudo que publicam é a verdadeira história. Eu sabia que ele lhe contaria a verdade, por isso perguntei a você.
Camila: e ... Isso pode ajudá-lo?
Carl: pode sim, na verdade eu nem precisava disso, ele chamou seu próprio advogado e o mesmo deve saber de tudo isso, mas eu queria saber com que tipo de homem estou lidando.
Camila: que ótimo, vai usar suas habilidades de policial com sua própria filha agora?
Carl: e... Como ele é com você? Todo esse tempo que estiveram fora.
Camila: como assim?
Carl: como ele te trata? É sempre assim como eu vi?
Camila: sim.ele..
Carl: eu posso gravar? Preciso do seu depoimento gravado caso não tenha melhorado até o dia do julgamento.
Camila: pode.
Carl: muito bem..- ele liga o gravador.- pode falar.
Camila: mesmo antes de começarmos a nós dar bem ele cuidava de mim. Ele não me deixava ficar com fome e sempre me prometeu que me levaria para casa num avião assim que ele conseguisse chegar aqui.
Carl: e... Oque você pensava sobre isso?
Camila: eu.. não tinha como ter certeza, mas podia sentir que ele não mentia. Ele até me salvou de uns caras em um posto e eu fui horrível com ele mesmo depois disso.
Carl: como?
Camila: ele me deu dinheiro para comprar algo para comer mas quando estava esperando ficar pronto uns caras vieram para cima de mim. E teriam me levado a força se ele não tivesse chegado.
Carl: oque ele fez?
Camila: ele....o senhor disse que era para ajudar ele.- ela faz uma objeção.
Carl: não se preocupe eu ainda vou editar, pode falar sem medo.
Camila: ele pediu aos caras para que me soltassem mas eles não ouvirão.
Carl: e então?
Camila: ele matou um deles.
Carl: como?
Camila: com uma arma igual a que o senhor usa nos turnos.
Carl: uma escopeta calibre 12?
Camila: acho que sim.
Carl: a que distância ele estava?
Camila: na porta.
Carl: onde você estava?
Camila: estava na frente do homem que estava me segurando. Mas ele parecia seguro de que não me acertaria.
Carl: e não acertou?
Camila: não.
Carl: acha que ele tem muita habilidade com armas?
Camila: sim, caso contrário ele teria me matado. Eu estava muito perto do rosto do homem que foi acertado em cheio.
Carl: tudo bem. Vamos voltar ao assunto inicial.
Camila: tá bom.
Carl: como... Como começaram a se entender?
Camila: foi depois do ocorrido. Eu disse coisas horríveis para ele e vi que o afetou.
Carl: em algum momento ele foi agressivo ou se mostrou irritado com oque você disse?
Camila: não. Ele parou o carro e foi fumar. Aí eu fui atrás dele para pedir desculpas.
Carl: está incoerente, falta alguma coisa que esqueceu de contar?
Camila: agora que o senhor perguntou, falta sim.
Carl: então conte e seja detalhista.
Camila: um policial nos encontrou em um outro posto e eu ia voltar para casa com ele. Mas eu pensei ter sentido pena dele depois dele ter me contado sobre a vida dele. Ele confiou em mim e eu o trai.
Carl: então?
Camila: acabei me arrependendo a tempo e não deixei que o policial o acertasse. Peguei a arma do policial quando ele caiu e corri de volta para o carro.
Carl: o perseguiram?
Camila: sim.
Carl: oque ele fez? Ele atirou?
Camila: não.
Carl: ele não efetuou nenhum disparo contra a polícia?
Camila: não, e parecia nem ter a intenção.
Carl: certo. E depois disso?
Camila: nós paramos um tempo depois e eu fui me desculpar com ele mas ele não queria me ouvir, ele ia me deixar ali para que a polícia me encontrasse e me levasse embora mas já era tarde.
Carl: tarde para que?
Camila: eu... Já gostava muito dele, e não deixei que ele me deixasse.
Carl: então partiu de você?
Camila: sim..- ela abaixa a cabeça.
Carl: e então?
Camila: eu o pressionei tanto que acabei fazendo ele confessar que também gostava de mim. Ele disse que tinha que me deixar antes que piorasse mas eu não queria ficar longe dele e até disse que desistiria de tudo que me esperava para ir com ele.
Carl: ele aceitou?
Camila: de início ele não aceitou e disse que não era certo mas eu não aceitei não como resposta e fiz ele concordar.

Chris Bishop ( recomeço)Onde histórias criam vida. Descubra agora