Capítulo 1

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Olá! Tudo bem? Seja muito bem-vinda(o) à Conexão Extraordinária, uma história pensada e planejada há muitos meses.

Não há mais nada que motive uma autora do que votos e comentários. Seja um bom leitor, e comente sempre o que está achando do enredo e dos personagens.
Seu carinho será tão importante pra mim quanto Isabela é para Andrei.

Boa leitura!

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Sinto algo soprar contra mim, arrepiando, despertando-me.

Minhas pálpebras pesam, pisco várias vezes sendo cegada pela claridade. Ergo meu braço bruscamente na tentativa de trazer sombra para o meu rosto, grunhindo de dor pela movimentação.

Sentia todo o meu físico dolorido, principalmente minha cabeça, como se eu tivesse levado fortes pancadas. Minha visão estava levemente avermelhada, então deduzi que o sol já clareava o ambiente.

Mantive meus olhos cerrados pois, a cada segundo que tentava abri-los, parecia que grãos de terra estavam sendo jogados sobre eles, já que doíam, além da claridade que insistia em me cegar.
Rangi com mais dor e irritada, me livrando da colcha quente que me cobria.

Murmurei, me remexendo sobre a cama. Ainda sonolenta, esfreguei meus olhos. Apoio minha mão na cama e me ergo, ficando sentada.
Conforme minha visão se ajustava com a claridade do ambiente, senti calafrios dominar meu corpo.

Analisei cautelosamente todo o ambiente. Um quarto ricamente decorado em estilo medieval, com paredes de pedra, tapeçarias luxuosas decorando todo o cômodo e um dossel branco ornamentado sobre a cama.

Quando olhei para minhas mãos, percebi que não só espremia a colcha ao ponto dos meus dedos embranquecerem devido a força aplicada, como também elas eram pálidas e magras.
Possuía um anel de ouro em meu dedo esquerdo anelar, com um símbolo cravejado em uma pedra azul-turquesa.

Confusa e assustada, me virei para sair da cama, rapidamente, sentindo um choque térmico com o chão frio daquele cômodo tocar meus pés quentes.

Me levantei, franzino o cenho ao notar estar completamente nua.
Meus olhos se arregalam, olho ao lado e noto o corpo de um homem que dormia tranquilamente.
Puxo a colcha rapidamente e cubro o meu corpo. Minha movimentação ríspida fez o homem remexer-se na enorme cama.

Direcionei minha visão para uma parede espelhada que havia defronte a cama. Senti um frio em minha barriga se perpetuando por todo o meu corpo. Uma tontura me administrou, só não caindo porque firmei minha mão em um móvel ao lado da cama.

O espelho refletia uma jovem graciosa, com medianos fios loiros, olhos azuis expressivos e uma tez extremamente clara.

— Minha princesa, já de pé — Uma voz grossa e sonolenta ecoou por meus ouvidos.

Tensa e apavorada, criei coragem para falar: — Quem é você? Onde estou? —  Disparei, rudemente.

Minha pergunta parece ter soado como uma chuva de pedras em sua cabeça.
O homem ergueu-se rapidamente, revelando sua aparência.
Sua pele era clara e imaculada, mandíbula forte e olhos azuis intensos. Alto e forte, de presença marcante.
Fios lisos, loiros e curtos, levemente desordenados.

Aquele homem avançou ao meu encontro, segurando firmemente meu rosto entre suas mãos grandes e erguendo, me obrigando a encará-lo.
Seu polegar deslizou por minha bochecha esquerda, cariciando tão delicadamente como se tivesse receio que eu me quebrasse.
Suas íris azuis penetraram o fundo da minha alma, sua expressão parecia preocupada.

— O que houve, minha princesa? — Suas mãos deslizaram por dentre meus cabelos, massageando-os.

Porém senti minha cabeça latejar com sua voz.
Me desvencilho daquele homem bruscamente, apertando firmemente a colcha ao redor do meu corpo.

— Quem é você e onde estou?! — Berrei, atordoada. Sentindo meu coração bater freneticamente.

— Eu sou Andrei, minha princesa. Seu esposo. — Iniciou calmamente, tentando aproximar-se novamente, mas eu dei alguns passos para trás — Você está em nossa casa, meu amor, em Zarek.

Meu coração dispara. Olho ao redor, tentando se lembrar de algo, mas não conseguia.
Sou inundada por flashes de lembranças, rostos e lugares borrados. Não conseguia distinguir o que estava acontecendo.
Esmago a colcha com minhas digitais, respirando pesadamente.
Sinto meu equilíbrio esvair-se aos poucos.

— Esposo? Zarek? — Murmurei, desnorteada.

De repente um berro animado ecoou, e seguidamente a porta do quarto foi aberta de maneira eufórica, revelando uma pequena menininha de fios castanhos trançados.

— Mamãe — Ela esganiça, expressiva, correndo animadamente em direção ao meu colo, mas eu instintivamente hesitei.

Cambaleei assustada, não conseguindo ver nem ouvir mais nada.
Sinto minha visão escurecer e antes de minhas pernas enfraquecerem de vez, sou agarrada firmemente pelos braços fortes daquele homem.

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