O Lenusya é de longe o melhor clube de entretenimento adulto, gerenciado e reerguido por Yerik, uma lenda no submundo, que largou tudo para viver uma vida decente.
Tão correta quanto pôde, já que seu empreendimento oferece a perversão no cardápio em forma de danças eróticas e espaços particulares para a dançarina e seu convidado fazerem o que bem entenderem.
Pela lei da Rússia, prostituição é crime, mas cobrar por dança e espaço não e, é aí que o camarada ganha uma grana fodida, oferecendo discrição, ambiente e segurança para quem puder pagar mais.
Fazia um tempo que não dava as caras por aqui, apesar de ter ajudado o colombiano no passado e as rusgas ficarem esquecidas com o Volk, não cultivamos uma amizade tão próxima.
Fiódor me acompanha essa noite, embora não pare de reclamar por eu estar em preparação para uma luta na próxima semana, está ciente que não deixaria de comparecer a confirmação de que o Volk se tornou um cachorrinho adestrado.
Uma olhada discreta para o mezanino e vejo a ruiva e seu cão sarnento no gradil, seus olhos encontram os meus e automaticamente ela sinaliza, exasperada, para que eu suba.
— Vá com os caras para o nosso reservado. Encontro vocês daqui a pouco — aviso o treinador.
Aproveitei minha vinda para fechar um espaço a fim de aproveitar a noite. Alguns lutadores, mais próximos e promissores, me acompanham. É um tipo de premiação, ser escolhido para estar em minha companhia.
Todos querem, poucos são privilegiados.
Não sou do tipo que cultiva amigos, prefiro manter aliados, que provam seu valor a cada passo e, uma coisa é fato, se vacilar está fora.
Pego o acesso para o mezanino e subo com rapidez, quanto antes os cumprimentar, mais cedo estarei livre do desconforto. Tenho grande estima pela ruiva, é gratuito, mas não estou com saco para interagir na bolha feliz que eles criaram.
— Você veio — Sacha abre os braços, visivelmente alterada, e caminha em minha direção.
Antes que possa me alcançar, o Volk surge ao seu lado e enlaça a cintura da ruiva, controlando seu ímpeto.
— Boa noite. Não perderia a oportunidade de ver o Volk domesticado. É de fato algo a se comemorar — repuxo o lábio de lado quando o ex-lutador rosna algo incompreensível — Espero o convite do casamento.
— Não conte com isso — o lutador rebate e a ruiva acerta um tapa em seu braço.
— Não diga isso. Russell é um dos responsáveis por eu ainda estar aqui, com você.
— Viu? Precisa ser eternamente grato a mim — concordo, com deboche.
— Yerik, seu lutador favorito chegou! — Krigor grita sobre o ombro no intuito de se livrar de mim.
— Russell! — Yerik, um homem tão alto quanto Krigor e eu se aproxima, em sua roupa preta social — Seja bem-vindo! — nos cumprimentamos com tapas camaradas nas costas.
— Exatamente, seu favorito. Eu ainda prefiro o Volk. — Katrina, uma morena linda dos olhos provocadores surge a seu lado.
— Sempre deixou isso claro, querida — provoco e ela aperta o olhar, ameaçadora. — Mas agora sou eu quem estou no circuito Diamante.
— Ainda posso torcer por Danya — Yerik fecha a cara de imediato.
A morena consegue ser ainda mais petulante e impetuosa ao mencionar seu antigo caso na frente do atual.
— Fique à vontade, Russell. Têm bebidas, comida, dançarinas. O cardápio é grande — Sacha solta, mudando o assunto.
— Króchka! — Volk a repreende.
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A Virgem Atrevida do BadBoy [DEGUSTAÇÃO]
RomanceRussell Markovich Kournikov teve um começo de vida difícil, órfão e na sarjeta, dependeu da ajuda de um estranho para não morrer de frio nas ruas de Moscou. Movido pela raiva e instinto de sobrevivência, se torna um lutador sanguinário patrocinado p...