"A armadilha do diabo."

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Dean e Sam haviam chegado na cidade de Los Angeles, mais longe do que eles estavam acostumados a viajar. Porém, como não conseguiram nenhuma pista de como tirar Lúcifer da jaula, e a escuridão estava a solta e ninguém sabia como combatê-la, resolveram investigar um ninho de vampiros que atormentava a grande cidade. Sammy havia ficando no hotel barato que eles sempre frequentam, e Dean havia ido em uma bar.

***

Alitta frequentava o mesmo bar desde que chegou na cidade. Ela sabia que em breve teria que mudar de rota, já que as pessoas começariam a questionar a sua mesma aparência durante dez anos. Sua mãe, por coincidência, havia transado com o próprio diabo encarnado há muito tempo atrás, e o impossível aconteceu: ela engravidou de uma criança metade humana e metade anjo. Lúcifer era lindo, representava a luz, era o anjo mais angelical que já existiu, isso explica a aparência celestial que a menina carregava. Sua mãe era uma mulher egocêntrica, sua fome por dinheiro, sua vaidade e o seu egoísmo a levaram fazer um pacto... Mas ao invés de um demônio qualquer ir selar o acordo, sua mãe conseguiu chamar a atenção do rei do inferno. Certamente, ele sabia que tinha uma filha, mas foi preso novamente e ninguém nunca mais o viu. Quando a irmã de Deus foi libertada, a sua jaula sofreu danos, o que fez com que Lúcifer conseguisse uma brecha para conseguir atormentar quem ele quisesse. Isso explica porque Alitta tinha sonhos frequentes com o seu pai.
Essa era mais uma noite que ela sairia para encher a cara, já que não tinha nada e nem ninguém a perder.

- Thomas, me vê um Bourbon! - sentou-se no balcão.

- Chegou meio tarde hoje. Milagre dos grandes! - encheu o copo com a bebida.

- Eu quero saber quem foi que te perguntou. - tomou um gole.

- E eu quero saber como você fica mais linda a cada dia que te vejo!

Ele sempre tentava flertar com Alitta, mas ela nunca deu se quer uma chance. Achava hilária as tentativas falhas de seu "amigo".

- Quem é o loirinho ali? - demonstrava curiosidade.

- É um federal, novo na cidade. Está investigando as mortes repentinas. O que me espanta é o interesse do FBI nesse caso!

- Eu digo que são vampiros! - falava brincando, mas ela sabia que era verdade.

- Isso é sério Alitta!

- Eu tô falando sério! - sarcasmo.

Até que chega um homem robusto, cheio de tatuagens. Seu colete preto era típico das gangues de motoqueiros que cercavam Hollywood, todos eram sem escrúpulos. Alitta com toda certeza tinha problemas com esses caras.

- Thomas, meu grande amigo! Pode ir passando a garrafa de tequila! - o cara falava na maior autoridade.

Alitta se levantou do balcão em direção a mesa.

- Qual foi gatinha? Eu iria te pagar uma bebida! Não tá a fim?

- Não enche a porra do meu saco Borges.

- Eu acho que você deveria rever como fala com o seu velho amigo!

- Amigo? Você não passa de um conhecido. Você e o seu bando de porcos que não tem nada para fazer na vida, além de encher o rabo de cachaça e pagar de machão!

Alitta virou de costas. Borges puxou sua arma e apontou para a mesma. Logo, a garota sentindo cheiro de confusão, abriu um sorriso. Dean Winchester sacou a arma e apontou para o motoqueiro.

- Deixa a garota em paz, seu gordo rabugento. Já não tá velho demais para ficar com as novinhas? Vê se acha uma velha da sua idade. - falava no seu tom agressivo e vibrante.

- E quem é você por acaso? - falou indignado com a atitude de Dean.

- Não é da sua conta.

Logo, uma gangue de motoqueiros armados entram no bar prontos para travar uma batalha.

- E eu achando que ia viver um dia sem ter que matar ninguém! - Alitta fala em um irônico.

A garota se vira rapidamente e arremessa uma faca que atravessa o pescoço de Borges, que em seguida cai morto no chão. Dean olha assustado, pois nem ele mesmo conseguiu prever o que acabara de acontecer.

- Se os senhores não desejarem ter o mesmo destino que o seu "chefe", aliás, que Deus o tenha! - fala ironicamente e faz o sinal da cruz ao contrário. - Sugiro que não tentem mais nenhuma gracinha!

Naquele momento Dean olhou bem nos olhos de Alitta, e ela o encarou de volta. Era a primeira vez que olhavam um para o outro desde que tudo começou. Ambos trocaram olhares profundos e sentiram que se conheciam, afinal, como eles poderiam esquecer? Seria o destino?

Alitta pegou a garrafa de bourbon e saiu pela porta da frente. A morte já era algo comum. Ela não sentia ressentimento, não sentia pena... Pode-se dizer que ela não tinha sentimentos, mas era um verdadeiro caos por dentro. Dean estava imóvel, tentando raciocinar o que tinha acabado de acontecer, sua única reação foi acompanhar a mulher misteriosa. Alitta entrou em um beco, e percebeu que estava sendo seguida.

- Eu sei que está aí.

- Quem é você?

- Eu que pergunto, quem é você? - vira-se para ele.

- Agente especial Will Smith. Eu poderia prender você por ter matado aquele cara!

- Will Smith, sério? Melhore! Qual o seu nome verdadeiro? - falava com desprezo.

- Dean! Dean Winchester. - falou desconfiado.

- Dean! Sua alma fede a caçador. Suponho que veio para investigar o ninho de vampiros!

- E você é o que? Uma caçadora ou uma fã de Diários de um Vampiro?

Naquele momento seus corpos estavam quase colados e suas respirações estavam perto uma da outra.

- Olha, se bem que os Salvatore são uns pitelzinhos! E o Klaus então...

- Se sabe dos vampiros, por que não fez nada para impedir?

- Porque não é da minha conta. Cada um sobrevive como pode!

Alitta dá de ombros e vai embora.

- BEBER SANGUE DE PESSOAS INOCENTES É SOBREVIVER?

- TEM COISAS QUE NÃO PODEMOS CONTROLAR- Alitta grita já longe .

O telefone de Dean toca.

- Fala Castiel!

- Dean, precisamos conversar.

***

The Devil In Your Eyes - Supernatural (Dean e Sam Winchester) Onde histórias criam vida. Descubra agora