Pt.2

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Park Sunghoon pov*

Depois que meu Hyung saiu do sótão, caí em desespero. O choro tomou conta de mim. O arrependimento tirou o meu ar. O que eu fiz? Como serão as coisas a partir de agora? Eu destruí minha família. Milhares de pensamentos passavam pela minha cabeça. Fiquei alguns minutos ali sentado. Ainda pelado. Tentando me acalmar.

Mas, o arrependimento me corroía por dentro. Como olhar no rosto de Benjamin depois do que eu fiz? Como olhar para o meu melhor amigo? Eu sou um monstro! Era assim que eu me sentia.

O cheiro do sexo ainda estava impregnado nas minhas narinas. Criei coragem e decidi que era hora de enfrentar a realidade. Depois do leite derramado – literalmente – não tinha mais o que fazer.

Me vesti e saí em direção ao banheiro. Precisava tomar um banho e tirar os resquícios do gozo dele de mim. Caminhei pelos corredores de casa rezando para não esbarrar com ele. O que eu ia falar? Não sabia como olhar para ele. Passei em frente ao quarto do casal e ouvi o barulho do chuveiro. Jake estava no banho. O que será que ele estava pensando? Será que ele vai me bater? Contar para Benjamin? Me expulsar de casa? Me odiar?

Não tinha como voltar atrás. Já tinha sido feito. Agora era seguir em frente. Corri para o meu quarto, entrei no banho e procurei me lavar o mais rápido possível. As lágrimas voltaram com força novamente. Era ainda o terceiro dia de viagem de Benjamin, Restavam mais quatro dias para enfrentar. Quando terminei o banho ouvi os barulhos das caixas sendo mexidas na sala. Decidi que não era um bom momento sair para cozinha. Ouvi o barulho dos passos dele subindo as caixas com bagunças, livros antigos, fantasias e as tralhas que guardávamos no sótão.

Permaneci no quarto. Me deitei e fiquei ali. Milhares de pensamento ainda passavam pela minha cabeça. Estava enlouquecendo. Contudo, não posso deixar de negar que foi um dos melhores sexo da minha vida. Meu amigo sabia mesmo como foder. Benjamin era um cara sortudo de ter um homem como Jake.

Nunca na minha vida imaginei que eu transaria com meu melhor amigo e que seria tão intenso e gostoso como foi. Nenhuma das garotas que transei me deixaram com tanto tesão como sentir meu hyung me comendo. Sentindo toda a extensão do seu pau dentro de mim. Eu nunca me senti daquele jeito. Nunca fiquei excitado com outro homem. Mas, quando vi ele suado, com aquele corpo e sem camisa, sujo pela poeira do sótão, não resisti.

Mas, pensei que ele fosse me repreender. Me afastar. Me bater. Não. Ele não fez nada disso. Ele avançou e transamos. Disse que foi a melhor transa da sua vida. Porém, o olhar de arrependimento dele, de tristeza, quando saiu do sótão, me destruiu. Ele não ia me perdoar. Nunca.

Adormeci. Sonhei com Benjamin descobrindo tudo e me expulsando de casa. Acordei assustado e suando. Olhei para o relógio, eram quase meia-noite. Me levantei e fui em direção a cozinha. A casa estava em completo silêncio. Jake deveria estar dormindo. Não havia chances de esbarrar com ele.

Errado. Quando cheguei na cozinha ele estava sentado em uma cadeira, os cotovelos apoiados na mesa e o rosto sobre as mãos. Tomei um susto e parei. Ele estava vestido. Ufa. Vestia o pijama azul que Benjamin comprou no inverno passado para ele. Quando parei, ele levantou o rosto e olhou nos meus olhos. Estavam vazios. Ele deveria estar remoendo o que aconteceu, assim como eu.

– Ah… Foi mal… Desculpe… Volto depois… – Tentei voltar para o meu quarto. Mas ele se levantou da cadeira. Pulei com o barulho da cadeira deslizando pelo chão.

– Não. Pode fazer o que ia fazer. Eu já vou voltar para o meu quarto. Não consigo dormir – Ele saiu da cozinha e voltou para o quarto. Ouvi ele fechar a porta. Peguei uma água e voltei para o meu quarto.

Não haveria mais paz na minha relação com Jake. Estava tudo arruinado. Nos quatro dias seguintes, nenhum dos dois trocava uma palavra se quer. Jake saía cedo para o trabalho. Quando eu chegava do estágio, ele já estava na cama. Um prato com o jantar estava sempre na geladeira. Mas nenhuma conversa acontecia. As únicas vezes que eu via ele era de relance. Mas ambos evitavam uma troca de olhares. Ainda assim, eu o admirava. Aquele corpo conseguia mexer comigo.

Prohibited Person | JakeHoonOnde histórias criam vida. Descubra agora