Dragon riders (Hiccup x Astrid)

3. Astrid

Bem-vindos a mais um capítulo, espero que estejam a gostar da leitura. Boa continuação ;)

(Ponto de vista da Astrid)

Hiccup parecia-me melhor, não o tinha deixado muito sozinho porque sabia o que a morte de um pai significava para um filho. Sentíamos que tínhamos perdido uma das únicas pessoas que nos amava incondicionalmente, apenas por ser nosso pai, não é assim para toda a gente... mas era para o Hiccup. Sabia que o facto de ele ja ter perdido a mãe e voltar a encontra-la fazia-o sentir que não estava destinado para ele ter os dois pais em simultâneo e isso estava a perturba-lo, notava-se que o afetava apesar de não querer falar sobre isso.

Eu estava a tentar ajudar como podia, estando lá para ele e fazendo questão de o lembrar que não estava sozinho no mundo, que não perdeu toda a gente que o ama incondicionalmente. Sabia desde o momento que me levou a dar uma volta com o Desdentado quando éramos mais novos que havia algo nele que era especial, havia algo que logo aí me disse que tinha feito a escolha certa em escolhê-lo para minha pessoa.

Não gosto muito de falar sobre a minha família, mas sinto que ele é a minha família. Ao contrário da que não pude escolher, desta tenho a certeza. A minha relação com o meu pai não era nem por sombras a relação que Hiccup tinha com o dele... apesar de tudo o pai dele sempre me tratou como filha, mais uma vez, mais do que o meu próprio pai.

[...]

Mais tarde fui ter com a Brutália, tinha ficado de a ajudar com os dragões dela e do seu irmão, dado que estes estavam doentes e o Hiccup não podia ajudar, estava ocupado em resolver coisas importantes que provavelmente iriam definir o futuro de Berk.

"Como está a princesinha de Berk?" - pergunta-me ela com um tom irónico na voz

"Estou bem e tu?" - respondo a rir-me da forma como me tratou

"Preferia não estar a fazer isto mas de resto tudo bem. Como está o Hiccup?" - continua ela

"Ele está a aguentar-se bem, melhor do que eu estava à espera, sei o que o seu pai significava para ele, não é fácil lidar com este tipo de coisas e ao mesmo tempo ser Chef de Berk." - respondi sentindo que assim que me calei já tinha falado demais.

Ela não falou muito depois disso, até parecia que estava doente, a Brutália nunca se cala mas naquele dia senti que ela percebeu o ambiente. Apesar de tudo a aldeia continuava de luto pelo Chef que tinha perdido. Esse clima sentia-se  e apesar de ninguém falar sobre isso, acabava por sobrecarregar o ar ainda mais e por consequente, o Hiccup.

Escarreta passou por mim quando estava de regresso a casa.

"Já sabes que se alguma vez te cansares da realeza e da fama, estarei aqui para te receber de braços abertos, minha querida Astrid" - disse ele assim que me viu

"Muito obrigada pela grande proposta que acabaste de fazer, nem sei como vivi até agora sem ela mas passo!" - respondi-lhe eu continuando a andar.

"Mas o teu namoradinho não ia satisfazer como estes dois aqui!" - continua ele a tentar apontontando para os bicípedes em tom de sucesso e orgulho.

"Não é que seja da tua conta mas o meu namorado tem mais do que isso ;)" - respondo piscando-lhe o olho e pondo fim à conversa.

Hiccup já estava lá em cima quando eu cheguei ao seu quarto.

"Boa noite, princesinha. Como correu o teu dia?" - começou ele

"Correu... estou cansada de pessoas!" - respondi ainda com vontade de ficar só com ele para sempre.

"Podemos tratar disso, posso ser um dragaõzinho" - disse me ele olhando para mim de cima a baixo querendo devorar-me com os olhos à medida que o fazia.

"Ohhh estamos com uma súbita vontade hoje já entendi" - não podia dizer que não gostava quando ele mostrava que me queria mais que tudo.

Ele deu um passo na minha direção e outro... até ficar a  poucos centímetros dos meus lábios e deixou a sua mão repousar na minha bochecha, a outra estava posicionada entre o fundo das minhas costas e a minha anca.

"Sabes princesinha, podemos voar para longe hoje!" - sussurrou-me ao ouvido descendo a sua mão que estava sobre a minha anca. - "Podemos voar para onde tu quiseres esta noite!"

Ele sabia o quanto aquilo me deixava fora de mim! Ele sabia perfeitamente quais eram os cordéis que tinha que puxar para eu ser completamente dele e sabia que estava a resultar!

"Comanda tu, dragon rider, para onde vamos esta noite depende de ti, entrego-me ao destino e a ti" - disse-lhe em resposta a algo que ele sabia perfeitamente que tinha resultado como ele queria.

Assim que me viu como queria, tratou-me como me costuma tratar sempre, como uma princesa, a sua princesa!

[...]

"Consegues sempre o que queres não é pequeno menino «eu sou tão fofo não faço nada por mal»" - digo-lhe com um tom irónico de quem está a brincar com ele.

"Pode-se dizer que tenho os meus atributos" - disse-me piscando o olho para mim

Não vou mentir, quando ele é confiante dele próprio e é um pouco possessivo (não num nível tóxico mas muito ligeiro) eu fico com calor... quero dizer... olhem para ele agora! Está a olhar para mim como se eu fosse a única rapariga no mundo, como se fosse a única que verdadeiramente lhe pertencesse! Este homem que me trata bem em frente de todos mas dentro de quatro paredes me trata da forma certa! Vocês entendem o que eu quero dizer!

Notei que estava calada há muito tempo e senti o meu rosto a avermelhar à medida que não sabia há quanto tempo estava calada e ele estava a notar que eu estava a corar, no fundo é tudo uma bola de neve e de repente estou da mesma cor da tinta que Hiccup tem em cima da secretária (a que usou para a cauda do desdentado... a vermelha) 

"Sei o que estás a pensar! O teu homem também lê mentes." - sorriu e fez uma pequena pausa para me olhar outra vez e para criar as suas entradas dramáticas de que tanto gosta, de seguida prosseguiu - "És linda! E mais ninguém te ama como eu!"

O seu sorriso nunca se desvaneceu da sua cara e por esta altura só ficava mais corada a cada palavra que ele proferia deixando-me desaparecer pelas minhas mãos, que me cobriam a cara para esconder a vergonha que estava a sentir.

"Eu vou fugir! Vou me embora!" - disse-lhe eu com um sorriso que não conseguia apagar do rosto.

Este sem nunca deixar de me olhar de cima a baixo, lentamente levanta-se da cama e vem ter comigo. Muito baixinho mas ao mesmo tempo muito alto nos meus pensamentos diz me apenas:

"Não vais nada!" - quando se afasta um pouco do meu ouvido pude ver nos seus olhos um sorriso genuíno como já não via há algum tempo! E como todos sabemos so tive uma opção, deixá-lo agarrado a mim a noite toda e adormecer com ele.

Espero que tenham gostado deste capítulo mais spicy deste casal, planeio algo em grande! Obrigada por acompanharem e por todo o apoio que me estão a dar, estou a adorar escrever esta fic e aguardo o vosso feedback. Muito obrigada e até ao próximo capítulo!

-Mar Facão-