Só pelo seu amor

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Olá :)
Como vcs estão?

Sigo firme na tentativa de aprender a escrever angst, fml e é mais difícil do que parece, acreditem. Acho que talves eu faça mais um do ponto de vista do Yuuji, porque esse aqui pelo lado do Sukuna não ficou tão triste quanto eu queria, talvez mais carregado por um sentimento de frustração do que tristeza.

Perdoem os erros, betar capítulo nunca foi o meu forte.

Enfim, boa leitura. Vejo vocês nas notas finais

•••

"─ Vamos nos casar, Kuna. – Yuuji murmurou deitado sob a grama verde da floresta. As águas do rio ao seu lado estavam calmas quando o menino virou a cabeça para encarar o melhor amigo. Sukuna tinha um rubor adorável nas bochechas que fez Itadori sorrir brilhante, entrelaçando ambos os dedos mindinhos.  – Eu te amo e quero passar todos os meus dias do seu lado pelo resto da minha vida." 

Sukuna grunhiu descontente quando a memória boba da adolescência cruzou sua mente. Ele pensou ter apagado aquelas coisas de sua cabeça após tantos anos vagando sozinho enquanto construía seu título de rei das maldições. Desde que havia renascido dentro de Yuuji nessa era tão diferente, o passado decidiu que seria hora de voltar a tona para tortura-lo, dado que Itadori não se recordava de sua vida passada.

Era frustrante, Sukuna não conseguia manter o foco por muito tempo. Ele estava disposto a fazer o mundo ruir sob seus pés, irrevogável na promessa que fez a Yuuji tanto tempo atrás, a maldição havia guardado rancor e desprezo pelos feiticeiros durante muito tempo. No entanto, durante os pensamentos de como iria cortar maldito seis olhos ao meio, lembranças de seu passado com Itadori surgiam repentinamente, infestando seus sentidos e mantendo-o refém. Foi, no mínimo, cansativo não ter controle sobre algo tão íntimo. No máximo, era doloroso, afinal Yuuji não se lembrava da vida que teve com Sukuna. 

O mesmo rosto, embora um tanto mais jovem, mas ainda era o mesmo rosto, com os mesmos olhos doces e calorosos, os mesmos cabelos rosados suaves ao toque e um sorriso brilhante. A personalidade extrovertida e a língua afiada também eram as mesmas. A maneira de rir permaneceu, o modo como ele se empolgava facilmente e seu senso de justiça ainda igual. Tudo. O mesmo Yuuji Itadori pelo qual Ryomen Sukuna havia se apaixonado tanto tempo atrás. O mesmo Yuuji Itadori ao qual Sukuna havia entregado seu coração, prometendo amá-lo até mesmo após a morte. O mesmo Yuuji Itadori que jurou amá-lo, e que, agora, o odiava. 

Sentimentos humanos eram uma coisa tão ridícula e por isso Sukuna sentia repulsa por eles. Não lhe serviria de nada sentir pena ou compaixão pelas pessoas, não agregaria em nada se compadecer com o sofrimento alheio. Coisas banais assim apenas ocupariam seu tempo e certamente iriam lhe tirar a pouca paciência que tinha. Não era uma coisa útil e por isso Sukuna se livrou deles. Mas, ugh, Yuuji sempre foi uma maldita exceção a regra, virando a cabeça do rei das maldições de ponta cabeça desde quando ambos eram pirralhos correndo sem rumo pela floresta atrás de algum animal. Ter o ódio puro e genuíno de Yuuji direcionado para si deixou um gosto amargo na boca de Sukuna. Claro, a maldição não permitiria que seu receptáculo soubesse daquilo, ele seria cruel com Yuuji para descontar suas frustrações, iria ameaçar matar todos aqueles que o menino amava e prezava, faria Itadori ter pesadelos e o trataria com desprezo, mas era doloroso não ser o alvo dos olhares amorosos do garoto. 

Quer dizer, mesmo que não se lembrasse, Yuuji ainda era, de certa forma, seu marido. Eles juraram no dia em que se casaram de que mesmo após a morte, seus corações ainda iriam pertencer um ao outro, que nada poderia separá-los. O coração de Sukuna ainda sangrava nas mãos de Itadori, então era frustrante para a maldição que Yuuji estivesse tomando seu próprio coração das mãos de Sukuna. O rei das maldições queria queimar o mundo, queria destruir tudo o que estivesse em seu caminho. Por que ele era o alvo do ódio do adolescente, se ambos fizeram um voto de se amarem independente de qualquer coisa? 

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