Mas você nunca vai embora

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Olá 👋
Meio estranho eu aparecer quando o sol ainda tá no céu, mas decidi voltar mais cedo pra cá porque sinto que tô começando a desanimar e se eu não postar agr, sabe-se lá quando vou aparecer dnv.

Esse é o último capítulo dessa fanfic. Foi uma tentativa frustrada de angst e eu percebi que não sirvo pra escrever essas coisas, é muito difícil. De qualquer maneira, espero que esteja bom.

Se eu puder sugerir, escrevi esse capítulo, e toda a fanfic, escutando as seguintes músicas: Specialz, Rises the moon, Lovely, Fake love, Heart to heart, Hotline, Me and the devil, All for Us, Softcore, Fourth of july.

Boa leitura

°°°

Choso!

O desespero sangrou na voz de Itadori, que correu rapidamente em direção ao rapaz mais velho. O adolescente sentiu o estômago embrulhar quando o corpo ferido pousou em seus braços, ainda mais pálido do que o habitual. O vermelho do sangue de Choso cobriu as mãos de Yuuji, o cheiro pungente e característico de ferrugem cercou os sentidos, deixando-o zonzo. Sukuna riu, cruzando um par de braços contra o peito enquanto o par sobressalente aplaudia a cena. Os demais no campo de batalha apertaram os punhos com raiva, preparados para o próximo movimento do rei das maldições, entretanto, Sukuna não se moveu de onde estava, entretido demais parado frente Itadori e o corpo quase sem vida de Choso.

— Hm, que cena lamentável. – Sukuna murmurou com o veneno escorrendo na voz, ignorando os demais quando agachou em frente à Yuuji. – Vai ser uma pena se ele morrer. Você estava secretamente feliz por ter alguém para chamar de família, não é mesmo?

Yuuji sentiu os olhos arderem com as lágrimas que se formavam rapidamente, embaçando a visão. O sangue de Choso continuava a manchar suas roupas, deixando uma umidade quente e desconfortável, lembrando-o de maneira insistente que aquilo não era um sonho ruim e sim a realidade. Os lábios do garoto tremeram conforme a respiração do homem em seus braços ia ficando mais lenta a cada segundo, um misto de tristeza e ódio borbulhando em suas veias. Se ele fosse mais forte, talvez seus amigos e seus professores não tivessem sofrido tanto, talvez Nanami estivesse vivo, talvez Kugisaki não estivesse à beira da morte, e, principalmente, talvez Megumi ainda estivesse ali.

Yuuji… – Choso sussurrou fraco, quase inaudível. O sangue escorria em cascatas pelos cantos do lábio do rapaz, mas ele insistiu em sorrir quando o adolescente o encarou. – Me desculpe por não ter sido capaz de te proteger. Eu falhei com você… falhei com Eso e Kechizu…

O soluço que estava preso na garganta de Itadori escapou alto e doloroso, os dedos apertaram com mais força a figura fraca de Choso, negando com a cabeça. Aquilo tudo era culpa de Sukuna, culpa de Yuuji não foi capaz de contê-lo em nenhuma de suas vidas. Todo aquele sofrimento poderia ter sido evitado se ele tivesse se esforçado mais da primeira vez. O garoto não queria chorar, não queria parecer fraco em frente aos amigos, principalmente na frente de Sukuna, mas foi impossível segurar por mais tempo a represa de sentimentos ruins que se acumulou em seu peito desde que ele se recordou dos erros que cometeu no passado. Ele queria seguir o conselho de Nanami, queria não se envergonhar por ser um adolescente, mas tudo aquilo, toda aquela desgraça, era culpa única e exclusivamente de Yuuji. Tudo culpa de Sukuna.

— Eu te odeio, Sukuna! – Ele gritou numa explosão súbita de raiva, tremendo conforme as lágrimas escorriam sem parar por seus olhos. Itadori se sentiu uma criança perdida na multidão chorando desesperada pelos pais. Aquilo era patético, ele não tinha tempo para chorar, não poderia se permitir ficar triste e abalado, não naquele momento, não quando estavam em uma luta decisiva.

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