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Kai

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Kai

– Mamãe! – gritei entrando em seu escritório.

– Kai, quantas vezes vou ter que te falar para não entrar gritando? – ela disse me encarando – Você parece o seu pai.

– Desculpa mamãe, mas estou animado – falei me sentando na cadeira à sua frente – E é justamente sobre o meu pai.

– Por qual motivo? Ele lembrou que tem um filho e te ligou? – ela perguntou retirando seus óculos.

Apesar da minha mãe vive falando que meu pai é desnaturado, ele sempre me liga e vive me mandando presentes nas datas comemorativas, além de passar os meus aniversários sempre comigo, seja aqui na Coréia ou na Inglaterra onde ele mora.

– Por que não me avisou que o papai tá vindo? – perguntei a encarando.

– Ele te falou? Não gosto de te dar más notícias.

– Sim, me mandou mensagem ontem – respondi animado, não era sempre que meu pai vinha para a Coreia fora das datas comemorativas, geralmente ele vinha quando acontecia algo muito urgente como da vez em que eu fui atropelado e quebrei os dois braços – Vou buscar ele no aeroporto.

– Com a permissão de quem? Você tem aula de inglês à tarde.

– Com a permissão da mãe mais linda do mundo? – falei me levantando e indo abraçá-la – Por favor.

– Ok, mas vai com o motorista, e vai remarcar sua aula de inglês para essa semana ainda – ela disse me dando um beijo na bochecha.

– Você é a melhor – respondi a soltando – O papai vai ficar aqui, quem sabe vocês dois não se acertem.

– Lee Huening Kai, você tem até três pra sair ou seu pai vai dormir na rua e você vai junto – ela disse me mostrando três dedos.

– Já fui – falei saindo correndo da sala.

Fui até a cozinha onde encontrei nosso motorista Johnny sentado comendo um pedaço de bolo, ele morava conosco e trabalhava para minha mãe desde que eu tinha uns cinco anos, ele era como um irmão mais velho para mim. Ele passava a maior parte do tempo livre já que ele só me levava para escola quando estava chovendo ou quando eu não queria ir sozinho de ônibus, minha mãe gostava e preferia dirigir seu carro, então ele acabava apenas me levando e como eu gosto de andar, quase nunca ele trabalhava.

– Bom dia – falei sorrindo.

– Bom dia, por que está tão animado? – ele perguntou me servindo um pedaço do bolo.

– Meu pai está voltando e ele vai ficar aqui em casa – respondi antes de comer o primeiro pedaço, e aquele bolo estava divino de tão bom, sabor chocolate com morango o meu favorito – Vamos buscar ele no aeroporto

– Então vamos logo – ele disse se levantando.

– Estou muito animado para ter os dois juntos debaixo do mesmo teto – falei enquanto entrava no carro, do lado do passageiro.

– Deixa eu adivinhar – Johnny disse entrando no carro – Vai querer juntar seus pais novamente?

– Eles se amam e são perfeitos juntos – respondi colocando o cinto – Se não fosse pelo meu avô eles estariam juntos e quem sabe eu teria um irmão.

– E o que a sua mãe acha disso? – ele perguntou ligando o carro.

– Ela não tem que querer nada, eu vou mostrar pros dois que eles são perfeitos juntos.

Durante todo o caminho conversamos sobre como eu iria juntar meus pais ou como Johnny deveria desencalhar logo e ter filhos para eu paparicar.

– Estou animado para conhecer seu pai, sempre que ele vem eu estou de folga – Johnny disse ao estacionar o carro na entrada do aeroporto.

– Não acredite muito nas palavras da minha mãe sobre ele – falei saindo e sendo acompanhado pelo mais velho.

– Que ele é um canalha que não liga pra nada além do dinheiro? Relaxa, ele não pode ser assim ou ela não teria se casado com ele – ele disse.

– Tem razão.

Fiquei uns minutos procurando até encontrar um homem de terno preto, cabelos vermelhos e o seu inconfundível sorriso, ele carregava apenas uma mala.

– Papai – falei correndo para abraçá-lo.

– Kai! Quanto tempo – ele disse me abraçando forte – Você cresceu, veio sozinho ou a sua mãe está por aqui?

– Não, o Johnny veio comigo, ele é meu amigo e motorista nas horas vagas – respondi sorrindo mostrando o mais velho mais atrás.

– Sou Kwon Jiyong, prazer

– Johnny – falou sorrindo apertando a mão do meu pai.

– Vamos, mamãe deve estar nos esperando para almoçarmos.

– Ela deve estar te esperando e rezando para que meu avião tenha caído – Jiyong disse rindo.

– Credo papai, eu te ajudo com as malas – falei pegando sua mala.

O caminho até a nossa casa foi tranquilo, ficamos conversando e colocando os assuntos em dias ou até mesmo fofocando, durante toda a viagem eu o atualizei sobre o caos da vida amorosa do Yeonjun e ele disse que ele com dezessete anos tem uma vida amorosa maior que a dele.

– Mamãe! Cheguei!

– Você não aprende não é – ela disse aparecendo na sala.

– É meu jeitinho de ser – respondi me jogando no sofá.

– Chae! – meu pai disse entrando em casa e caminhando em sua direção – Você está mais linda que da última vez em que nos vimos.

– Kwon, você está mais bajulador que da última vez em que nos vimos – ela respondeu o parando antes que ele a abraçasse – Vamos até meu escritório, Kai ajude a arrumar o quarto do seu pai.

Jiyong

O caminho até o escritório parecia uma eternidade, e eu não podia perguntar nada até chegarmos lá pelo risco de que Kai ou até mesmo algum funcionário escutasse.

– Acho que não me chamou aqui para me dizer que sentiu saudade? – falei me sentando na cadeira na frente da sua mesa.

– Por favor, Jiyong acorde – ela disse indo se sentar na cadeira à minha frente – Acho que encontrei ele, quer dizer as histórias se parecem e ainda tem o colar.

– Você já está com o colar?

– Amanhã o Kai vai trazer ele – respondeu visivelmente nervosa.

– Relaxa Chae, vou marcar um horário amanhã no Kim – falei pegando meu celular do bolso do blazer.

– Como vou relaxar? Você sabe que se isso for verdade e meu pai descobrir – a interrompo me levantando.

– Ele não vai descobrir, e se descobrir vamos resolver tudo de uma vez logo – falei a abraçando.

– Não pense que esse abraço significa alguma coisa – ela disse.

– Você não pode mandar em duas coisas, meu coração e meus pensamentos.

THE SWEET BOY - TAEGYUOnde histórias criam vida. Descubra agora