Uma cidade nova, escola nova e pessoas novas. Jihyo não pretendia fazer amigos, queria terminar seu último ano escolar em paz, mas assim que uma japonesa foi apresentada a ela, Jihyo sabia que não teria nenhum tipo de paz naquele lugar.
Sana não ent...
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Minatozaki
Todos os dias eu acordo cedo, talvez até cedo demais, eu gosto de ir bonita para escola, gosto do meu uniforme alinhado, gosto do cabelo perfeito e às vezes uma maquiagem feita com uma atenção a mais cai bem, gosto de estar bonita, de passar uma boa impressão para as pessoas ao meu redor. Não vou negar, gosto da atenção, mas estou gastando todos os meus esforços com alguém que parece nem ligar para minha existência.
Jihyo parece não me notar e me ignorar sempre que tem a chance. Queria saber o porquê exatamente ela faz isso.
Termino minha arrumação, e ajeito algumas coisas no meu quarto antes de sair. Calço meus tênis e saio pela porta principal da casa. Alguns longos passos na rua e já estou enfrente a sua casa.
Me sinto um pouco nervosa, mesmo agindo da forma que tenho agido ao seu lado, as vezes ainda me sinto assim.
Eu toco a campainha de sua casa.
Escuto alguns barulhos.
Vozes.
"Atenda ela logo, Jihyo"
"Não."
"Sua amiga está te esperando!"
Os gritos da senhora Park tinham um tom impaciente. Ela parecia estar bem irritada.
Escuto mais das vozes, porém não consigo decifrar o que elas falam. Então apenas fico parada até ver através da grade que a mãe de Jihyo está na porta de braços cruzados esperando ela sair.
Sua mãe era uma mulher bonita, um pouco baixa e diferente de jihyo seu cabelo era bem curto, ela usava um terno rose e saltos brancos, parecia prestes a sair para seu trabalho. Quando ela me vê, acena e dá um sorriso. Então logo a sua filha sai. E como algo que ja virou normal para mim, sempre que a vejo eu suspiro.
Jihyo como sempre estava linda, mesmo desrespeitando a vestimenta da escola, sua blusa mal abotoada, a gravata frouxa e as botas, hoje ela estava sem a jaqueta que geralmente usa.
Ela estava com uma maquiagem leve quase imperceptível, sua boca estava avermelhada e ela estava com o cabelo preso em uma alto rabo de cavalo, seu cabelo era tão grande que mesmo preso ele descia pelas suas costas até o meio delas.
Sua mãe sussurra algo e eu vejo Park furiosa descendo os degraus.
Então ela vem até a porta e a abre.
— Olá, Sana. — Sua mãe acena sorrindo. — Espero que tenha um bom dia.
— Você também, Sra. Park! — Eu aceno para ela.
Jihyo simplesmente me ignora e passa por mim, vejo sua mãe dar um sorriso amarelo e depois ela entra. Park começa a andar sem me esperar e eu vou atrás dela.
