Quando nós terminamos

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ATENÇÃO: A fanfic possui gatilhos pesados, incluindo automutilação, uso de drogas, depressão, pensamentos suicidas e homofobia.


*

Satoru conheceu Suguru na escola e logo eles se tornaram melhores amigos. Por mais que Satoru fosse um garoto extrovertido, ele não tinha muitos amigos, era como se ninguém conseguisse se comunicar com ele, a verdade é que nenhuma outra alma o entendia. Mas tudo isso mudou quando Suguru apareceu, eles eram como almas gêmeas destinadas a se encontrar algum dia.

Com o passar do tempo, Satoru descobriu que Suguru era ótimo tocando guitarra, ele ainda estava aprendendo com vídeos do YouTube, mas sua habilidade era inegável. Desde muito jovem, Satoru sonhava em ter uma banda, planejava ser o vocalista e um dia teve essa ideia. Para a surpresa dele, Suguru concordou em participar disso e juntos compartilharam esse sonho. No ensino médio, eles conheceram uma garota chamada Shoko e a convidaram para participar desse plano também.

Eles começaram com covers de músicas famosas que trouxeram visibilidade, até que, quando terminaram a escola e insistiram nesse objetivo, conseguiram obter reconhecimento do público.

Satoru vivia um sonho feliz sempre que se apresentava para um grande público que gritava os seus nomes, mas isso ficava ainda melhor quando ele olhava para seu guitarrista, Geto Suguru, empenhado em tocar o solo de uma música. As mãos dele se moviam rapidamente, ele sempre tinha uma expressão linda no rosto, focado no que fazia e imerso no prazer do momento, o cabelo preto sempre preso em um coque. Ele sorria para o público e se aproximava dos fãs, enquanto tocava um rock cuja letra eles criaram juntos. Shoko tocava bateria, seguindo o ritmo da música, mas sempre notava os olhares de Satoru para seu melhor amigo.

Isso era um fato, Satoru estava apaixonado por Suguru. Enquanto cantava, ele se imaginou jogando o microfone no chão e beijando aquele homem no palco para que todos testemunhassem os seus desejos mais impuros.

De qualquer forma, quando eles estavam longe de outras pessoas, sempre provocavam um ao outro com ousadia, Satoru deslizava a mão para a bunda de Suguru e apertava, em resposta, Suguru o empurrava, mas ele estava rindo e mostrava a língua.

Depois disso, Suguru se encarregava de retribuir aquela brincadeira, então apertava a virilha de Satoru quando ele estava distraído, ou se sentava em seu colo quando percebia que o mais alto estava ocupado criando uma nova música.

Quando Shoko viu isso, ela disse para eles se beijarem. Eles riram desse comentário, mas era apenas uma questão de tempo até que ambos estivessem sem suas roupas em uma cama.

É claro que esse dia chegou, foi quando Suguru estava chapado por fumar maconha. Ele fumava no quarto e vestia apenas uma camisa transparente, o que deixava os mamilos praticamente expostos e havia um piercing em cada um.

Aliás, quando Satoru também se sentou na cama, notou o material prateado que chamava a atenção. Talvez tenha sido a erva que mexeu com a cabeça dele quando ele olhou para Suguru e perguntou:

— Esses piercings te dão prazer quando alguém brinca com eles?

Suguru havia deixado a guitarra no chão, encostada na cama. Em uma das mãos havia folhas de anotações sobre músicas novas, na outra mão, o cigarro. Mas logo ele apagou isso e pela última vez soltou a fumaça pelos lábios.

— Você está realmente tão curioso sobre isso, Satoru? Venha descobrir a resposta.

Isso era tudo que Satoru precisava ouvir. Ele se aproximou de Suguru e tirou a camisa dele, deixando o peito exposto. Estando em um ambiente fechado com Suguru liberando aquela fumaça, Satoru também sentiu o efeito da droga, mas havia um calor peculiar que o dominava, principalmente quando empurrou Suguru de volta no colchão e subiu por cima do corpo dele.

Tear the heartOnde histórias criam vida. Descubra agora