XVIII - Braco de ferro

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Ingrid ficou sozinha na casa com Henry. O garoto estava sentado de frente pra ela enquanto tomava seu leite.

—Henry.— O garoto apenas levantou os olhos em direção a ela mais não disse uma só palavra.— Não achei que você era tão quieto assim.

— Só sou quieto com quem eu não gosto.— Ele falou fazendo Ingrid rir.

— Se você tivesse nascido da barriga dela não seria tão parecido. Mais porque não gosta de mim, acabou de me conhecer.

— Não gosto do jeito que olha pra minha mãe.

— Querido, sua mãe está sozinha a muito tempo. Não acha que ela precisa de uma namorada?

— Eu acho sim. Por isso a Emma.— Ele falou e continuou comendo e tomando seu leite.

— Acha que tem como sua mãe namorar uma humana ?

— Se teve  como ela adotar um humano. Porque ela não iria namorar uma humana ?— O garoto mal olhava pra ela responder.— Você já viu elas se beijando ?

— Não nunca vi.

— Se tivesse visto ia ver que tem como sim elas namorarem.

— Eu ainda acho que sou melhor pra sua mãe.

— Achar não vale de nada.  Não entendi o que você quer. Sou uma criança mais não gosto de enrolação. — Ingrid deu risada. O garoto era um Mills.

— Quero sua mãe. É simples na verdade. E não vou abrir mão pra uma humana.

— Vamos ter um problema então. — Ele parou de comer e encarou a loira que deu risada.— Não contei nenhuma piada pra você rir.

— Garoto você é muito mal educado.

— Você é  convidada nessa casa. Mais a Emma já faz parte dessa família. Então não tem espaço pra você. E minha mãe gosta de você.  Você disse que conhece ela a muitos anos. Se ela nunca te namorou é porque você não serve pra ela.— Ela avançou querendo o assustar com suas presas. E ele se apoiou na mesa de frente pra ela.— Não tenho medo de você.

—Deveria ter.— Ela rosnou

— Sério que vai me ameaçar? Minha mãe  vai adorar ouvir isso.— Ele saiu andando deixando Ingrid sozinha que deu um soco na mesa.

Assim que Regina retornou da caçada Henry correu na direção dela e contou sobre a ameaça sofrida por Ingrid. E na mesma hora a morena foi atrás dela na cozinha com uma expressão nada amigável.

— Você deve estar perdendo a noção do perigo de ameaçar meu filho de qualquer forma Ingrid. Isso  não é algo que vou tolerar. — Regina falou com firmeza, seus olhos transmitindo uma intensidade preocupante.

Ingrid, percebendo a gravidade da situação, tentou manter a pose.

— Regina, eu só estava tentando mostrar a ele que não deveria me subestimar. Não era uma ameaça real.

Regina não aceitou a explicação.

— Henry é uma criança, meu filho  e você é uma vampira. Você não vai intimidar ninguém nessa casa, especialmente  ele.— Henry apareceu na porta da cozinha de braços cruzados e encarava Ingrid com um sorriso no rosto.

Ingrid bufou, claramente descontente.

— Ele precisa entender que não pode simplesmente desafiar qualquer vampiro que aparecer por aqui. Eu só quis...

Regina a interrompeu com um olhar cortante.

— Isso não justifica ameaçar meu filho. Se quer continuar sendo bem-vinda nesta casa, terá que respeitar as regras e os membros da minha família. Está claro?

Afterlife - SwanQueenOnde histórias criam vida. Descubra agora