Chapter 3.3

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— Irei mandá-las para o casarão o mais rápido possível. Entendo que tenham o momento de vocês, mas não precisa acordar o Palácio inteiro com seus gemidos... —Esther diz naturalmente e Murray encara a filha.

— Eu não ouvi nada ontem à noite. —O Rei dá de ombros.

— Claro que não, você não acorda nem se o teto desabar sobre sua cabeça. —A esposa rebate e ele a olha ofendido.

— Pelo menos eu tenho vantagens em ter o sono pesado. Uma delas é sobre o que você está falando. —Se defende e lança um olhar para Enid.

A loira sorriu sem graça e fez uma careta de dor ao cruzar suas pernas.

— Não sabia que gostava de alguém do tipo selvagem, Wednesday não tem cara de quem faz esse tipo de coisa. —Esther bebe um gole de sua água.

— Ela tem um rosto doce... —Enid sorrir levemente.

— Só o rosto? —Divina aparece encostada no batente da porta.

— A peste chegou, que infelicidade. —A Princesa revira os olhos de brincadeira.

— Fico feliz que a praga que eu chamo de amiga, goste muito de mim. —Divina vai até a garota.

A de cabelos castanhos abraça a amiga e deixa um beijo em sua cabeça.

— Eca, agora sai. —Enid faz uma careta.

— Ridícula. —Divina revira os olhos e anda em direção aos pais da Princesa.

— Senhor e Senhora Sinclair... Que saudades de vocês! —A garota abraça os dois ao mesmo tempo.

— Nos vimos ontem, querida. —Esther rir da animação da jovem.

— Não importa, senti saudades do mesmo jeito. —Aperta ambos contra seu corpo.

— Que adorável, acho que já deu para matar as saudades, certo? —Murray diz se livrando do abraço da garota.

— Seja mais carinhosa com seus pais Enid, eles estão ficando velhos, vão precisar de você! —Divina retruca.

— Acho incrível a sua capacidade de abrir a boca apenas para falar asneiras. —A loira zomba.

— Diferente de você, que abre a boca apenas para gemer e ch-

Enid se levantou da cadeira bruscamente e tapou a boca da amiga antes que completasse o restante da palavra, seus pais a olharam com o cenho franzido e estranharam a ação da filha.

— Divina é tão desnecessária as vezes. —Enid rir sem jeito.

— E vocês duas são incompreensíveis. —Esther nega com a cabeça.

— Tenho que ir resolver um assunto pendente com o Conselho, não irei demorar. —Murray beija a testa da esposa e da filha antes de sair da cozinha.

— Achei que a senhora iria ir junto, mãe.—A loira diz confusa.

— Dessa vez não, cabe apenas à seu pai. —Responde despreocupada e se levanta da cadeira. — Vou descansar um pouco, vejo vocês quando o café da tarde for servido. —A Rainha acena para as duas jovens.

— Agora que estamos sozinhas... Que assunto é esse de a Duquesa ser "selvagem"? —Divina puxa uma cadeira e arrasta para o lado de Enid.

— Credo, que bisbilhoteira. —Reclama afastando a amiga e se sentando na cadeira novamente.

— Enid... —A de cabelos castanhos junta as mãos.

— Você não é sonsa, sabe muito bem que significa alguém "selvagem". —Fala baixinho.

— Na cama? —Divina coloca um sorriso malicioso no rosto.

— Não, na sua casa. —Enid bufa e a amiga coloca a mão no peito fingindo estar ofendida. — Agora vamos falar de alguma coisa que não seja voltada ao sexo. —Cruza os braços.

— Já decidiu se quer ter filhos? —Divina colocou um sorriso enorme no rosto.

— Não! Se você insiste tanto nisso, faça um para você! —A Princesa ralha.

— Mas eu quero ser madrinha. Não seja chata, quando vai me presentar com o mini Sinclair-Addams? —Perguntou com   um sorriso meigo no rosto.

— Divina, eu casei há exatamente três dias e você já quer que eu pense em ter filhos? —Brandou.

— Planejar as coisas nunca é demais. —Deu de ombros e Enid suspirou. — Ah, vai dizer que não gostaria de ter uma mini cópia sua correndo pelo Palácio?

— Seria adorável, mas agora não é uma boa hora. Quem sabe daqui uns dois anos... —Respondeu calmamente.

— Tudo bem, eu espero esse tempinho. —A Watson murmura.

— Ótimo, a partir de agora não me perturbe mais sobre esse assunto. —Fitou a amiga, a mesma assentiu.

— Então... onde está a sua mulher? —Divina muda de assunto.

— Providenciando as nossas coisas para nos mudarmos. —A loira ajeitou seus fios de cabelo.

— Quando irá? —Divina apoia seus cotovelos na mesa.

— Em menos de uma semana. Vou aproveitar esse tempinho para ir conhecer o Condado de Buckinghamshire. —A Princesa bebe um gole de água.

— Achei que já tivesse ido para lá. —A amiga franze o cenho.

— Nunca. Será a primeira vez que vou pisar nas terras de Buckinghamshire. —Direciona seu olhar para suas unhas.

— Não vai me levar pra conhecer também? —Divina sugere.

— Larga do meu pé, sua peste. Você quer ficar incluída em tudo. —Enid diz indignada.

— Com certeza, quero acompanhar as recém-casadas de perto, não posso? —Brinca.

— Não, não pode. Ah, mas tenho certeza que a Yoko adoraria acompanhar você no baile que haverá daqui três dias, aproveite essa chance. —A loira se levanta da cadeira e caminha até a porta da cozinha.

— Acha mesmo? —Divina a segue.

— Sim, Divina. —Diz impaciente caminhando pelo corredor.

— Me dá alguma ideia de como eu posso convidá-la para ir? —Súplica.

— Tente enviar uma carta. —Enid dá de ombros.

— Boa ideia! —A amiga se empolga.

— Agora para de me perseguir, irei me arrumar. —Segura a maçaneta da porta de seu quarto.

— Vai sair com a Duquesa? —Pergunta levantando a sobrancelha.

— Óbvio, quem mais seria? —Revira os olhos abrindo a porta.

— É mesmo. Bom, então eu já vou indo, te vejo amanhã? —Diz e a Princesa assente.

— E por favor, chegue aqui como uma pessoa normal. Você tem mania de fazer umas entradas bem inusitadas. —Enid rir.

— Irei tentar. —Divina diz antes de acenar e sumir da vista da loira.

A Sinclair negou com a cabeça e entrou no quarto, a primeira coisa que fez foi se despir e tomar um banho quente. Ao sair do banheiro, foi até seu armário e analisou as roupas que usaria para vestir, notou uma camisa de manga longa da Duquesa e a pegou.

Após vestir, se olhou no espelho e sorriu levemente.

— É mais confortável do que as minhas vestimentas. —Murmurou e procurou por uma calça.

Logo depois de colocar a calça, Enid escutou vários passos apressados pelo corredor, de repente, alguém bateu à porta freneticamente.

— Princesa! —Mesmo com a voz abafada, decifrou que era Fielder a chamando.

Andou rapidamente e atendeu a porta, ao abrir viu que havia vários guardas com um semblante tenso, e Fielder parecia desesperado.

— Sim? —Perguntou estranhando o comportamento de todos presentes ali.

— O seu pai... ele está morto...

〔...〕

Minha Alteza Real - WENCLAIR.Onde histórias criam vida. Descubra agora