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Quando a sessão de terapia terminou, não havia muito que Hermione pudesse fazer para evitar o fato: Malfoy passaria o fim de semana com ela e seus pais. Depois que Malfoy a acompanhou até sua casa e eles se separaram, Hermione voltou imediatamente para a casa de Ginny, decidida a dar um basta na mente da bruxa conivente.

"O que diabos você estava pensando?", ela disse ao voltar para a sala de estar.

Ginny olhou para ela da cadeira, ainda em seu disfarce, com os olhos brilhando de inocência. "O que você quer dizer com isso?"

Hermione fez uma careta em resposta. "Bem, nós não iremos, isso eu posso lhe dizer", insistiu ela, batendo o pé e cruzando os braços.

Ginny sorriu e se levantou da cadeira, acenando com a varinha para lançar uma finta nos encantos de glamour que havia usado. "Sim, você vai." Seu tom era irreverente, como se Hermione estivesse sendo ridícula. "Como sua terapeuta, tenho de insistir que esse é o melhor curso de ação para todas as partes envolvidas."

Com a energia furiosa brotando de cada centímetro de sua pele, Hermione seguiu Ginny até a cozinha. "Você não é uma terapeuta! Você é uma jornalista. E como apresentar o Malfoy aos meus pais pode ser uma boa ideia? Em que mundo..."

"É uma boa ideia porque, apesar do que você acha que precisa fazer para esse artigo, Hermione, eu realmente acho que você deveria manter o Malfoy por perto por um tempo." Ginny pegou um copo no armário e o encheu de vinho.

"O que a faz pensar isso?"

Ginny levantou uma sobrancelha pálida, dando a Hermione um olhar conhecedor. "Eu sei que você acha que ele é bom. Só uma mulher cega negaria que ele é bonito. E vocês dois obviamente têm muito calor entre si."

Hermione zombou. "Isso se chama aversão pura e sem adulteração."

Ginny tomou um gole de seu vinho, com os olhos fixos nos de Hermione. "Não. Não acho que seja isso."

Jogando as mãos para cima em exasperação, Hermione continuou. "E como você propõe que eu explique aos meus pais o que estou fazendo com ele? Já menti para eles o suficiente para uma vida inteira."

"Você não precisa mentir para eles. Por mim, pode dizer a eles exatamente o que está acontecendo. Mas acho que seria bom para você, e para Malfoy, passar um fim de semana com eles". Os olhos de Ginny brilharam. "Além disso, eu realmente não vejo como você poderia se livrar disso agora que Malfoy acha que você está indo."

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Dizer que Malfoy parecia temer a ideia de passar um fim de semana com os pais de Hermione era um eufemismo. Ele subiu o caminho até a porta da frente da casa dos Granger com a aparência de um homem sendo levado à forca.

Hermione segurou a mão dele com firmeza, tentando manter a atitude de namorada fingida, mas sabendo que não estava conseguindo. Ela tinha certeza de que seus pais perceberiam essa pequena encenação; tinha certeza de que eles a leriam como os livros que ela tanto amava. E, então, toda essa farsa se desmoronaria ao seu redor. Estava fadada a ser um desastre. No entanto, de alguma forma, seus pés continuaram a levá-la adiante.

Quando se aproximaram da casa e bateram à porta, ela olhou para ele e forçou um sorriso, recebendo em troca uma careta igualmente forçada.

A porta se abriu para revelar a mãe dela, que os cumprimentou com muito mais entusiasmo do que eles retribuíram.

"Hermione!", gritou ela, imediatamente abraçando a filha. "Que delícia! Não acreditei quando você ligou para nos dizer que viria. E ainda por cima trazendo um convidado!" Ela olhou para Malfoy. "Eu sou Jean Granger. Prazer em conhecê-lo."

How to Lose a Wizard in 10 Days | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora