Act 2- Reserva e reencontro.

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As árvores eram todas enormes, o vento balançava as folhas no alto, e que de vez em quando caiam sobre o asfalto da estrada que agora se transformou em uma rua de barro, era boa pra passar, o barro não ficava molhe e liso, o carro não derrapou ou sujou MUITO, por quê sujar, sujou.

O clima estava ótimo, a tempestade havia passado, e agora somente um chuvisco permanecia, o que é estranho, é que desde que chegamos nessa cidade, está extremamente frio.... não me lembro de ser assim.Na verdade não me lembro de quase nada da minha infância, somente algumas partes..oque é esquisito né?

Sofri bastante com isso boa parte d minha vida, principalmente na escola no fundamental, as crianças perguntavam pra mim "onde você morava? "Como era lá?" "Quem é seu pai??" "Você gostava da sua antiga cidade?ela era grande ou pequena?" "Tinha amigos lá ".Bom eu sempre tentava dar respostas curtas e razoáveis para todos, mas não passa confiança nas palavras. Por que será Mika? Eu tremia, gaguejava, nunca mantinha contato visual..isso gerava desconfiança.

Mas tirando essa parte, minha adolescência foi um pouco mais calma e monótona por assim dizer, eu não falava com quase ninguém na minha antiga escola, agora ..tô indo pra uma nova, que maravilha.

Meus pensamentos se esvaem quando vejo o carro parar em frente a uma casa vermelha, um vermelho vivo por assim dizer, ela tinha um estilo rústico eu acho, a janela está um pouco aberta e de lá posso ver um garoto.....sem camisa?!?

___Chegamos_.Minha mãe me olha enquanto tira seu cinto, e o faz mais lentamente após ver a minha cara._Filha oque... foi?_Ela tenta seguir meu olhar e ver pra onde eu estava olhando.

Balanço minha cabeça vendo que aquele cara tinha sumido da janela antes dela olhar, então desisti da ideia de tentar explicar.

___Vamos logo mãe.._Tirei o cinto desviando do seu olhar e pergunta, abri a porta do carro vendo o barro úmido.Okay, aqui vamos nós.Pela primeira vez coloquei o pé pra fora pisando na terra firme, da reserva, e em Forks.

Não pude deixar de me sentir estranha, e com um frio na barriga, oque eu espero que seja pelo frio que faz aqui.Sem pensar abraço meu próprio corpo tentando me acostumar com aquele frio todo, um coisa é certa, nunca mais venho ou saio de short ou blusinha de calor.

Dou alguns passos pra frente fechando a porta do carro, virando meu corpo em direção a casa,de onde a porta foi aberta, revelando um cara em uma cadeira de rodas.Espera..Tio Billy.?

___Ai está meu velhote favorito!_Minha mãe sorri largamente pro homem, logo o vejo rtb o sorriso de uma forma meiga e calorosa, meu Tio e minha mãe sempre se consideram irmãos, desde a adolescência, por isso eu e Jacob éramos próximos.

___Minha querida Amélia..quantos anos! E velhote não...estou só um pouco indisposto, mas velho não!_Tio Billy diz tentando fazer uma cara brava, que logo se transforma em uma risada se aproximando da minha mãe.

___Ora.._.Minha mãe se abaixa um pouco e o abraço rim junto a ele da piada interna deles._Estou apenas dizendo verdades, e sim..faz muito tempo velho amigo..Mas advinha só? Eu voltei, junto a Mikaela, e vamos ficar por aqui um tempinho.

Após ela dizer isso o olhar do homem se direciona a mim, o olhar dele se torna surpresa, oque me faz ficar um pouco acanhada, não gosto muito de ser o centro da atenção.

___Está é mesmo o pequeno monstrinho de terra?_Meu tio pergunta entre risadas e surpreso e logo o vejo estender sua mão direita._Venha cá Mika, não fique tímida, estamos entre família aqui oras.

Dei um sorriso breve e sem mostrar os dentes pra ele, ainda um pouco envergonhada, e lentamente..me aproximei dele pegando sua mão no processo.

___Oi Tio Billy.._Levanto a cabeça para o olhar nos olhos, e o cumprimento.

"For eternity"Onde histórias criam vida. Descubra agora