Uma caixa e um Jogo

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02
Bia Manfred
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Não era surpresa que eu fosse interrogada novamente. Afinal de contas, eu havia encontrado o Victor pela primeira vez, após a sua misteriosa partida.
Taylor estava lá.
Condescendente.
Me trazendo café e rosquinhas.
Suas tentativas fracassadas de me fazer sentir confortável o deixaram impaciente enquanto o seu celular barulhento vibrava dentro do seu bolso e ele ignorava.

-Não vai atender, oficial?

-Não é importante. -Ele parecia tensionar os ombros olhando pela janela.

-E como você sabe se não olhou?

-Eu. Sei. -Disse pausadamente em tom de incômodo.

Não demorou muito para que eu avisasse, através da janela, os meus pais chegando na delegacia.

(Imagem criada com IA)

Meus pais desceram do carro e não demorou muito para que a porta se abrisse, revelando meus pais com um advogado intrigante

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Meus pais desceram do carro e não demorou muito para que a porta se abrisse, revelando meus pais com um advogado intrigante.

Que merda...

-Bom dia, oficial Taylor. Eu sou o advogado da senhorita Manfred. Sei que entende que a família Manfred está passando por um momento delicado agora, então a senhorita Manfred não precisa mais ficar nessa sala. Você não tem provas que sustentam uma prisão para a senhorita Manfred, e baseado nisso, estamos indo.

Ele parecia sereno e confiante. Mantinha uma postura invejável, colocando o oficial em seu devido lugar.
Eu me levantei da cadeira próxima à janela e caminhei em direção ao advogado.
O oficial parecia desapontado, mas me liberou já que não tinha nada que me incriminasse, permitindo que eu voltasse para casa, com a exigência de que eu não saísse da cidade.

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Os meus pais não conseguiram falar comigo. Eles não conversavam durante o trajeto, que eu pensei ser até nossa casa, e me fizeram sentir como se eu fosse um incômodo.

Eu percebi que a viagem estava acabando quando o carro estacionou em frente à casa dos meus avós paternos.

-Mãe? Pai? Porque nós viemos pra cá? A gente não vai voltar pra cas-

-O seu pai e eu alugamos um apartamento. Não conseguimos voltar para casa e ver as coisas do seu irmão. Nem a casa de campo e muito menos nossa casa aqui na cidade.

Senti o meu peito afundar. O silêncio foi ensurdecedor para mim.

-E eu?

-Você vai ficar com os seus avós por um tempo. O advogado não assumirá o seu caso, ele apenas foi tirar você de lá. Nós falaremos sobre isso depois.

Eu sabia que eles estavam mentindo. Não falariam mais sobre isso.

Eu senti meu coração afundando em batidas profundas e dolorosas. -Os meus pais estavam mesmo me excluindo?-

O Jogo Que Matou Meu IrmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora