Diamond, me ajuda

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-Amélia, minha filha, acorda!

Alice então despertou dando de cara com sua mãe sentada na cama do seu lado.

-Trouxe algo para você comer. -A mulher apontou para a cômoda e lá estava uma bandeja com suco de laranja, duas torradas e uma maça.

Ao se movimentar sentiu algo pesando em seu tornozelo, era gelado. Ela afastou um cobertor que estava cobrindo-a e avistou uma corrente em volta de seu pé

-O que é isso? -a garota fitou a corrente e depois sua mãe

-Sei que parece ruim vendo assim.

-Ruim? Só pode estar brincando né? -A garota foi puxando a corrente com desespero tentando chegar no fim dela, a outra ponta parecia estar presa ao pé da cama que estava fixada no chão com parafusos bem grande.

-Tira isso de mim, agora.

-Não posso.

-Por favor, -a voz de Alice saiu embargada.

- Sinto muito Amélia, você está mais segura assim, se eu te soltar você vai querer ir atrás daquele garoto.

-Eu não vou, prometo, me solta, Sarah.

-Tome seu café da manhã, Amélia.

-Café da manhã? -Pensou Alice, -Que dia é hoje?

A mulher ignorou sua pergunta mais já havia passado duas manhãs, ela foi dopada com o suco que havia tomado.

-Eu não quero comer nada. -Alice pegou a bandeja e jogou no chão. -E pare de me chamar de Amélia!

-Seus pais adotivos não te ensinaram a não desperdiçar comida, amelia?

-Vai se ferrar.

-E também não te deu educação.Vou te deixar as sós pra você refletir melhor, te amo filha e só quero te manter segura daqueles desgraçados. -A mulher disse e saiu trancando a porta.

-Não não não, -Alice se lamentava enquanto tentava soltar seus pés inutilmente, daquela corrente, -isso não pode estar acontecendo. -Choramingou

E assim os dias foi passando,, 4... 5... 6... 7...8 dias, Alice se recusava a comer, estava ficando cada vez mais enfraquecida.

O comprimento da corrente permitia Alice chegar até  o banheiro. Ela procurou algo que pudesse ajudar a  abrir o cadeado,ao invés disso, encontrou um frasco branco com as etiqueta muito desgastada, era impossível saber o nome do remédio. Colocou na boca os últimos comprimido que haviam ali, encheu a banheira de água, entrou com roupa mesmo e se deitou, submergindo para dentro d' agua, estava disposta a desistir de tudo. só esperou a água entrar por seus pulmões e não sobrar nem uma molécula de ar. Um resquício de arrependimento passou por ela, mas era tarde a fraqueza de ficar sem comer por dias, somado ao do forte efeito do remédio. A impediu de emergir da água, ao poucos sua visão ia se apagando e sentia uma pressao aumentando em seu pulmão a impedindo de respirar direito.

"Diamond me ajuda" pensou.

Alice viu o rosto do rapaz de olhos acinzentados a encarando e tentando  alcança-la, ela olhou para o lado e se viu no aquário, se afogando, havia corpos afundando ao seu redor, cada vez sentia seu corpo afundando e o moreno ficando mais inalcançável.

-Philips! -Sarah gritou pelo seu  marido que venho rápido.

-O que foi?

-Por favor me ajuda aqui, a mulher implorava por ajuda com a filha  em seus braços, totalmente inerte.

     O homem a ajudou a tirar a garota da banheira avistando o frasco de remédio sem a tampa e vazio na pia do banheiro.

-Minha filha, não faz isso com a mamãe. - chorava, desperada enquanto tentava reanimar Alice, mas parecia inútil. -Vamos filha, volta pra mim.

...

Enquanto isso na casa de Helena, amiga de Diamond

    -Obrigada por deixar a gente ficar aqui.

   -É pra isso que serve os melhores  amigos, ou não?

-Claro, é sim.

- Os quartos não são tão confortável como a da  residência Campbell, mas os colchões são limpos,  não tem nem tanta pulgas mais, mandei detetisar ontem.

   O rapaz soltou uma gargalhada. -Que bom que não terei que dividir a cama com as pulgas, brincou.

   -Que bom que ainda está vivo. -O sorriso da loira pesou um pouco. -Bom, enfim, estou indo pra lanchonete, mas fique a vontade.

-Ficarei! O rapaz Deu- lhe um sorriso terno.

....

Diamond acordou angustiado, se sentindo, sufocado, depois de ter um terrível pesadelo com Alice se afogando naquele aquário, no sonho ele não conseguiu salva-la, ele tentava alcança- mas ela ia cada vez mais para o fundo.

Ficou sentado na cama , com as mãos na lateral de sua cabeça. Preocupado com Alice. Uma sensaçao ruim tomou conta dele, sentia um aperto no peito

"Diamond, me ajuda "

Ouviu a voz de Alice ecoar pelo quarto

-Alice?

Passou os olhos pelo seu quarto em procura da garota, mas sabia que não havia ninguém ali, somente ele.

-Devo estar ficando maluco -riu de si mesmo.

Saphira bateu na porta chamando pelo irmão.

-Entra, está aberta.

-Tem alguma coisa errada com Alice, Day.

-Por que diz isso, Saphi?

-Eu tive um pesadelo, ela estava se afogando e você não conseguia a salvar, e quando acordei ouvi a voz dela pedindo a sua ajuda, é como ela estivesse ali no quarto, pertinho.

Isso definitivamente não poderia ser ignorado.

-Droga! -Disse e se levantou, abriu a gaveta de sua cômoda, pegou  uma arma, verificou se estava carregada e escondeu atrás das costas, se retirou do quarto.

-Toma cuidado meu irmão. Saphi estava nitidamente preocupada.

-Vou tomar.

Em passos largos o rapaz se dirigiu até a a porta pegou um molho de chave pendurada em um m gancho.

-Hey! Hey! onde pensa que vai com meu carro?

   -Eu preciso dele emprestado, é caso de vida ou morte, Escarlate.

  É...morte do meu bebê, você definitivamente, não está nem um pouco apto pra dirigir.

   -Eu estou bem, Scar

- ok ok, -aceitou a muito contra gosto, torcendo o nariz.- Mas eu vou com você. -Scarlate se ofereceu.

- Pega sua arma.

-Essas? -A Ruiva tirou dois revólver de sua cintura, uma em cada mão . -Linda, Armada e preparada, querido! -Soltou um sorriso malicioso.

-Só se comporta, por favor.

-E quando foi que eu não me comportei? Em? -Piscou um olhos em direção do moreno.

-Scarlate!

-Vou me comportar, prometo.Ah e... -Roubou a chaves da mão de Diamond. -Eu dirijo,

O rapaz se deu por vencido entrou no veículo da ruiva deu a partida, -

É melhor colocar o cinto. - A ruiva disse, e saiu cantando pneu e em alguns segundos o veículo já estava a uns 130 por hora e aumentando.

-Ah, Alice! por favor! esteja bem.

....

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