Ele matou minha mãe

30 11 35
                                    

    

     O coração de Diamond batia descompensado, ansiando por saber o que a mulher a sua frente falaria a seguir sobre o seu pai, o quão grave ele poderia ter feito para que ela abandonasse a própria filha para mantê-la segura?sabia que Joseph não era tão bom pai assim.

   — Ele  ameaçou matar a mim e a você, porque descobri o que ele estava fazendo. — Disse direcionada para Alice.

    — O que ele estava fazendo? — Diamond interrogou-a, com receio da resposta.

    —Ele estava matando os recém nascidos, nem todos eram compatíveis com a modificaçao, estavam nascendo com algum tipo de sequelas, cegos, sem movimentos de algum membro do corpo, e aquele crápula decidiu que deveriam ser descartados, então ingeria na medula óssea deles um vírus que  infectou o sangue deles, causando a falência dos órgão. É como uma sepse¹ , só que 10 vezes mais forte.

    —Não era a paciente zero, A Alice que estava sugando os poderes dos bebês e os adoecendo?

    — No começo aquele homem  me fez pensar que era ela que estava fazendo isso e que o pai dele queria dar um fim nela.

     -E o que te fez mudar de ideia?

    —Eu o peguei matando a própria esposa afixiando a com um travesseiro minutos depois de ter parido os filhos gêmeos

Naquela hora  rapaz se perdeu em turbilhões de pensamentos, somente seu corpo estava naquele sofá, sentado.

     Sarah continuava a falar, no entanto ele não estava mais ouvindo.

      Ela se foi calou pelo som de vidros se quebrando ao entrar no contato com o piso.

O rapaz havia deixado seu copo escorregar de sua mão. Porém nem se deu conta. Tão desnorteado que ficou.

   —Day!? —Alice chamou o rapaz que parecia não ouvi- lá .

"Ele matou a minha mãe?"

Isso Ecou em sua mente.

   — Diamond?-Alice tocou no braço do rapaz o fazendo-o finalmente despertar de seus devaneios.

 — Você está bem, garoto? — Sarah estreitou os olhos, confusa.

    — Eu ..ah eu... — a voz do rapaz falhou visivelmente.

  —Pelo jeito não, deve cuidar disso aí. —A mulher falava do ferimento no seu antebraço.—Tem um banheiro  logo ali, lá  tem um kit de primeiros- socorros.

    — Ok. — O rapaz se levantou e se dirigiu por um corredor, abriu a porta, trancou- e foi até o espelho, ficou se encarando por algum tempo. Quando ouviu a voz de Alice  chamar seu nome.

O rapaz se virou e foi até a porta a abrindo, se deparou com o semblante cheio preocupação  sob  ele.

 — Deixa eu te ajudar com isso.

    —Posso fazer isso sozinho,Alice! -disse, neutro

    — Eu  sei que pode, -disse e mesmo assim entrou  e começou  a procurar por algo num armário branco a sua frente.  — Aqui, encontrei, —ela tirou uma caixinha branca abrindo a- e colocando em cima da cuba da pia.

     —Vem logo!

-caminhou para perto  da morena.

    —Se você tem o poder da cura porque não curou isso!—diz limpando o ferimento.

  — Claro! por que não pensei nisso antes!—Colocou uma das mãos  no queixo fingindo refletir sobre algo, -Ah é lembrei... Meus poderes não funcionam em mim mesmo,     debochou.

      Alice pausou o que Estava fazendo e o olhou em negação,— vá se ferrar! —E se virou para sair dali.

   — Ali, por favor, fica.

A garota fez um movimento positivo com a cabeça e se aproximou novamente do rapaz.

 — Só de lembrar o que sua mãe disse sobre meu pai. Tô com tanto ódio dentro de mim, sei que não é desculpa de eu ser um idiota com você.

   —Tudo bem, mas...Você acha  é verdade o que a Sarah disse sobre seu pai?

 —Eu não sei,

Acreditar nisso, abriria a porta para uma outra questão: será que o pai o infectou-o como fez com os bebês? Esse pensamento surgiu na cabeça do rapaz fazendo com que ele ficasse com o olhar distante e só despertou quando sentiu seu machucado arder um pouco quando Alice passou uma gaze pressionando com um pouco mais de força tentando retirar o sangue mais seco que teimava em continuar grudado na pele.

A garota estava concentrada no que estava fazendo, parecia até uma enfermeira profissional.

Diamond a observava admirando-a. Seu lábios se curvaram em um se sorriso orgulhoso.

Os olhos de Alice se cruzou com as esferas prateadas dele, seus rostos muito próximo.

       — O que foi? Por que está me olhando assim? —      Alice ficou desconfortável sendo encarada daquela maneira...ao invés de responde-la o rapaz se aproximou mais um pouco seu rosto no dela até sua boca entrar em contato com a dela, e a beijou, um beijo doce e suave e que foi se tornando intenso. E nemhum momento a garota ficou hesitante ou desejou se afastar, ela queria que não acabasse, porém foi o rapaz que se afastou .

    — Desculpe. Eu não posso fazer isso,  não é justo com você. — O garoto  encarou  o chão por um tempo e retornou para Alice.

      —Alice... Eu.. eu estou mo...

   Alguém bateu na porta com muitas força interrompendo a fala do rapaz.

    — Diamond Campbell! — A mãe de Alice chamou por seu nome e sobrenome, o tom de sua voz era de irritação.

Os dois se entre-olharam, no entanto nada responderam.

   —Droga!—O rapaz praguejou,  — ela sabe que sou o filho dele.

   —Abram essa porta! Eu sei que você é o filho daquele cretino.

— Aposto que sua mamãe está com aquela espingarda, esperando eu sair.

   — Eu ...eu vou na frente. Ela não vai fazer nada com você,  comigo  na frente.

 — Fica a vontade, — disse fazendo um gesto com a mão indicando que Alice fosse na frente. — damas primeiro, por favor, faço questão.

    Alice então caminhou até a porta abrindo -a com cautela  se deparando com Sarah lhes apontando uma espingarda  com os olhos estreitos e cheios de raiva. Diamond bem atrás
   
      — Não falei? — O garoto sussurrou no ouvido da garota que estava a sua frente lhe servindo de livre e espontânea  vontade como seu escudo humano.

Alice sentiu uma mão lhe puxar para longe do rapaz, foi puxada por seu pai. Deixando Diamond completamente exposto e desprotegido.

  — Merda! — O rapaz elevou os braços para cima em rendição. —De novo, não!

          ---------°∘❉∘°--------

             ➖➖➖➖➖➖

(1) O que é a sepse?
Também chamada pelo nome de sépsis ou septicemia, a sepse é popularmente conhecida como “infecção generalizada”. Por decorrência de uma resposta inflamatória desregulada, é criado um estado onde o sistema circulatório deixa de conseguir suprir as demandas de oxigênio e nutrientes exigidos pelos órgãos.

É uma doença complexa e potencialmente grave que, quando não tratada rapidamente, pode levar ao choque séptico, onde há queda drástica da pressão arterial e aumento do lactato no sangue, podendo levar à falência múltipla de órgãos e inclusive à morte.

Eu não quero confiar em você Onde histórias criam vida. Descubra agora