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Estou me sentindo sempre no limite, não entendo essa montanha russa de sentimentos que causam uma explosão no meu coração, é realmente confuso e isso me tortura de vez em quando, confesso que a última coisa que eu queria era estar participando da maior gangue de Tokyo, mas infelizmente minhas atitudes impulsivas me trouxeram até a Toman. Eu teria algumas horas antes de algum deles vierem me buscar, eu me recuso a morar com eles então nem arrumei mala ou algo assim, sem contar que eu não devo fidelidade a nenhum deles, apenas irei fazer oque for da minha vontade, e se Mikey não gostar me resolvo com ele depois, afinal o mesmo disse que seria apenas por um tempo.

Confesso que estou um pouco ansiosa, todos falam sobre como eles são diferentes dos outros delinquentes e como parecem apenas adultos normais, mas eu conheço muito bem Manjiro Sano, o suficiente para saber o quão problematico ele consegue ser.

Não muito diferente de mim, óbvio que comparado há muitos membros da minha divisão eu provavelmente vou ser a mais maluca.

— Quem a senhorita veio visitar?

O homem mais velho com o uniforme de enfermeiro me perguntou ao ver que eu andava de um lado para o outro naquele corredor.

— Ah, vim visitar meu irmão, ele tá internado no quarto 378. - respondi.

— Geralmente abrimos o horário de visita daqui cinco minutos, mas percebo sua preocupação então vou te liberar antes.

Ele me guiou até a escadaria onde entregou um papel de visitante e colou na camiseta que eu usava, eu o agradeci minimamente e subi as escadas correndo, assim que cheguei no andar certo minha ansiedade aumentou um pouco, mas me acalmei assim que vi o garoto com uma touca de pinguim, ele estava sentado na maca com um soro adentrando por suas veias.

O sorriso apareceu no rosto dele no mesmo instante que no meu, eu corri na direção mesmo o abraçando com cuidado, havia uma enfermeira ali que provavelmente sabia sobre eu ter sido liberada mais cedo então não falou nada, na verdade ela até se retirou da sala pois já havia me visto muitas outras vezes por ali.

— Você está deixando o cabelo crescer, né?! - ele questionou animado, ele gostava mesmo do meu cabelo grande e odiava quando eu cortava. — Está cada dia maior.

— Na verdade, só vou o cortar daqui muitos anos. - respondi enquanto gargalhava. — Você não gosta, né?

— Não mesmo!

— Como você está, Koutaro?

— Tô bem! - ele sorriu. — A médica disse que com essa nova quimioterapia tenho muitas chances de melhorar, tudo graças a você.

— Tudo graças a você, que está se esforçando bastante também, tenho certeza que vai estar melhor para podermos ir adotar seu gatinho.

Koutaro era meu irmão mais novo, e o único, desde de que eu me lembro era somente nós dois, pelo menos tem sido nos últimos anos desde de que minha mãe abandonou a gente. De início morávamos num orfanato, mas quando completei quinze eu saí de lá, e preferi morar sozinha, mas óbvio que os problemas pioraram, Koutaro foi diagnosticado com câncer ósseo, e a saúde pública não iria poder fazer muitas coisas, foi quando passei a ficar mais envolvida com o submundo, eu entendia de algumas coisas graças a minha mãe que acabou se envolvendo com muitos gângsters, aprendi até a matar com eles.

Então fui ganhando dinheiro e pagando pelas coisas de Koutaro, afinal tínhamos descoberto no início então eu realmente acreditei que iria passar, e ainda acredito muito.

— Vem cá, você vai vir me visitar na semana que vem? - ele perguntou enquanto desenhava num caderno.

— Claro que vou, quer dizer, eu vou vir sempre. - respondi.

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⏰ Última atualização: Jan 15 ⏰

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