Por Nós | Richard Ríos

5

Mikaela

Enquanto serviam nossos pratos não pude deixar de reparar na bela paisagem que tinha ali.

Comentei e Richard zombou dizendo que tudo em São Paulo era mais bonito que no Rio de Janeiro.
Até os times.

Me segurei pra não avançar nele, por que era isso que ele tava pedindo até ali.

Logo depois, Enrique começou com um papo de educação, dizendo que admirava muito minha mãe por ter me criado de forma tão educação e tal.

E então, abri minha boca pela primeira vez.

— Já ficou muito de castigo por isso, Richard? — direcionei meu olhar ao garoto que parou de mastigar na hora pra me olhar.

— O Richard? Não! Ele é um garoto muito educado. — Enrique responde e ele força um sorriso.

Logo voltamos a brigar, por outro motivo super estúpido.

— Quando viemos pra cá, nunca imaginamos que Richard faria parte do elenco do Flamengo e passaria depois para o Palmeiras! — Enrique conta.

— É mais se não desse certo, com certeza teria uma empresa da Montoya Empreendimentos pra você, né Richard.

— É. Que bom que minha carreira deu certo. — ele debocha.

— Não iremos deixar vocês se comportarem assim. — Enrique da uma bronca.

— Tudo bem, essa noite ia ser chata. — Richard se levanta, joga um gardanapo no chão disfarçadamente e se aproxima do meu ouvido. — Te vejo depois, maninha. — e sai andando.

— Pera aí! — exclamo. — se ele vai, eu também vou!

— Não, Mika, você fica! — mamãe grita.

— Tudo bem, amor, Richard é um piloto de mão cheia, ele pode deixar ela em casa.

— Na verdade não posso não. — o garoto responde e Enrique o analisa de cima a baixo.

Foi quando ele entendeu o recado assentiu e me levou pro carro.

Eu estava na frente com ele, ele estava sério, mais apressado.

Quase bateu o carro e eu me segurei pra não bater a cabeça ou algo parecido.

— Mais que merda é essa Richard? — me segurei no banco.

— O que que foi agora, Hein?! — Ele revirou os olhos.

— Olha, quando seu pai disse que você dirigia bem, pensei que realmente fosse prudente! Quer nos matar, merda?! — Passei as mãos pelo cabelo.

— Você está no meu carro, na minha cidade e ao meu lado! Então Cala a merda da boca — ele responde.

— E você está no meu espaço pessoal, no meu campo de visão e dirigindo esse carro igual um bebado! Então desaparece!. — grito.

— Sua mãe tem que te amar muito pra te aturar sabia? — ele responde.

— E você sabe o que é o amor de uma mãe? — Respondo e ele prontamente para o carro

— Desce! — ele diz.

— O que? Richard você só pode estar louco! — respondo.

— Desce ou eu te tiro. — eu debocho mais logo vejo ele realmente sair do carro.

— Me larga! — ele segura em meu braço. — Aaah filha da puta! — respondo quando o carro some do meu campo de visão. — Pra piorar tô sem bateria.

Vejo um carro, nem sinal de parar.

— Parecia um serial Killer mesmo! — digo — evitei um problema

Mais quando me vê, volta. — Merda!

Um garoto moreno se apresentou como Endrick, ofereceu carona e me emprestou o carregador dele.

— Pra onde te levo? — Endrick pergunta.

— Sabe a Mansão Montoya? — pergunto.

— Sei, mora perto? — ele pergunta.

— Eu Moro lá. — respondo me lembrando.

— Que estranho... nunca te vi. Você conhece o Richard então?

— Ele é meu meio irmão. — respondo. — pra onde você está indo?

— Uma resenha. — ele ri. — mais não sei se você vai gostar de ir.

Sem nem falar nada, topei, e quando chegamos ele me explicou quem era cada um e me mostrou um líder.

Que estava de costas.

— Quem é aquele?

— Aquele, é o nosso líder. — responde Endrick. — Não tem resenha sem ele.

Logo pude reconhecer.
Era o Richard, claro.