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Richard

Mikaela entrou no nono mês, perdeu o tampão e agora só restava a Milena ter a boa vontade de sair de dentro da mãe.

Ela estava tão linda...
A barriga dizia que a Milena tava no tamanho ideal e que ela viria com saúde.

— Você imaginava...—eu perguntei.
Mikaela estava sentada entre minhas pernas e encostada em meu peito.

— Eu não imaginava... eu pensei que teria que adotar meu filho... ou que passaria uma vida sem poder realizar meu sonho.

— Eu disse pra você... era só questão de tempo até termos uma mini Virgínia ou uma mini eu ou um mini Mikaela ou um mini eu correndo pela casa.

— Que confusão você criou, Richard?

— Murilo ou Milena.. eu disse nos dois sentidos.

— Criou foi confusão. — ela riu.

Eu acho que eram umas sete e meia da noite.
Eu estava caindo de sono, e a Mikaela também.

Fomos para um jogo hoje, felizmente ganhamos.

O último jogo com a Milena na barriga.

No próximo ela já estaria comigo.

Quando me dei conta, Minha mulher já estava adormecida, e eu não aguentei e logo segui ela.

[...]

— Richard.. — escutei a voz baixa da Mika. — Amor... —ela me cutucou dessa vez.

— A Milena? O que foi? Está bem? — acordei no pulo.

— estou com dor.. —ela colocou a mão no colo. — Minha barriga baixou..

— Você acha que a Lena vem hoje?

— Tem possibilidade. — ela se levantou.

Ficou em pé por um tempo e colocou a mão nas costas.

Eu levantei e fui ao banheiro.
Quando voltei, Vi a Mikaela olhando o chão, com uma água escorrendo.

— A Bolsa! A Bolsa Rompeu! — ela falou.

Eu me desesperei, peguei bolsa, cadeirinha, travesseiros, cobertas e tudo que tinha direito.

Quando voltei pra pegar Mikaela, a expressão era de encomodo, como se estivesse com dor.

— vem... — desci com cuidado as escadas com ela.
Coloquei ela no carro, e foi onde tudo piorou.
A cada esquina que eu passava a expressão da Mikaela parecia mudar. — Milena, segura as pontas filha...

Minha mão pousou na barriga da Mikaela esperando um chute da Milena em resposta.

[...]

O quarto do hospital era grande, o mesmo que ficamos quando achamos Mikaela.

Mais dessa vez, nada triste aconteceria aqui...

Minha filha iria nascer!

— Promete não sair do meu lado? — ela perguntou.

— Que pergunta é essa, amor... eu vou ficar bem aqui, do seu ladinho... — eu a tranquilizei.

Parecia uma eternidade, mais finalmente ela foi levada pra sala de parto.

Me fizeram por uma roupa ridícula só pra entrar com ela na sala.

— Vamos lá, Mikaela. — Doutora Santana incentiva. — Força quando chegarmos no três. 1...2...3!

Mikaela segura minha mão e faz o máximo de força possivel.

E porra, ela tem um aperto forte.

— Não dá, eu não consigo. — Encaro a ruiva que está quase chorando.

— Consegue sim amor, você é forte, consegue tudo! — beijei a testa dela.

— Faz força de novo, Mika. Logo a Milena vai estar com você.

Mikaela repetiu o processo algumas vezes até dar a luz a Milena. O choro agudo preenche a sala de parto.

Encarei o serzinho sujo de muco e sangue nas mãos da médica.

Tão pequenininha....

— Quer cortar o cordão papai?

— É.... hm... quero. — Digo meio atordoado.

Me entregam a tesoura e eu corto ainda em choque.

— Vamos fazer o procedimento básico, já já vocês podem pegar ela.

Observo Milena ser entregue para outra enfermeira que carregou ela até o outro canto da sala e começou a fazer outros procedimentos como limpar, pesar e medir.

Em poucos minutos ela já estava no colo da Mikaela.

Observei o sorriso da Mika com a Milena no colo

Ver as duas juntinhas assim....

— A nossa garotinha... — Mika resmungou.

— A nossa garotinha... — eu concordei.

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HEHEHEHE

NASCEU!!!!

Com vocês, Milena Moreira Ríos:

Com vocês, Milena Moreira Ríos:

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Por Nós | Richard Ríos Onde histórias criam vida. Descubra agora