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Artilheiro|📍Complexo da Penha

"Vazio de tudo, cheio de revolta"

Enrolei a toalha branca na cintura e joguei a camisinha no lixo do banheiro, coloquei a cueca e logo em seguida vesti minha bermuda jeans, joguei o manto do Flamengo no ombro e aproveitei para colocar as minhas pratas de volta no pescoço.

Fui até a varanda do seu quarto e me sentei em uma das cadeiras que era direcionada para a visão do cômodo todinho. Com o baseado nos lábios levo o isqueiro até a altura do mesmo, aciono o gás e ao mesmo tempo observo o fogo queimando lentamente a seda marrom, acendendo a erva.

Dei um trago e joguei a cabeça pra trás, assoprando a fumaça pra cima e vendo a neblina se dissipando com o vendo. Depois de um sexo que durou quase quadro horas o bagulho era só relaxar.

Eu a observo de longe, seu cabelo loiro desce suavemente até a altura da sua cintura, reluzindo como um raio de sol. Sua pele é macia e levemente bronzeada, seus olhos verdes claros brilham como duas jóias preciosas, transmitindo uma sensação de calma e serenidade. Cada vez que ela se move, parece que está dançando em câmera lenta, como se fosse uma bonequinha de porcelana ganhando vida.

Chamei a mesma pra se sentar no meu colo. Amanda caminhou até mim e logo se ajeitou, dando um encaixe perfeito com sua bunda em cima do meu pau.

Amanda: Por que não me ligou ontem? Eu fiquei a noite toda esperando um telefonema seu.. – Amanda esconde seu rosto no meu pescoço.

Artilheiro: Tava ocupadão com os bagulho do roubo – me afasto um pouco para poder olhar nos seus olhos – Desculpa loirinha, mas você sabe que não é toda noite que eu vou estar ligando pra ti – enrosco meus dedos nos dela.

Amanda: É eu sei.

Amanda inspirou fundo e repousou as suas mãos nas cintura, emburrada. Mordi o canto dos lábios, prendendo o baseado entre meus dedos.

Artilheiro: Eu tô aqui, não tô? – passo a mão pela sua barriga, fazendo sua pele toda arrepiar – Por que você tá com essa cara? Cheia de marra pô! – Amanda mirou os seus olhos nos meus e ergueu uma sobrancelha.

Amanda: O problema é que você sempre me procura quando quer transar – ela virou seu rosto pra mim furiosa.

Artilheiro: Quem te disse umas bobagens desse vida? – investiguei.

Amanda: Não estou com gracinhas Artilheiro – arfou, apertando os olhos.

Artilheiro: Eu também não – enrosquei meu braço em sua cintura e puxei ela pra frente, colando seu corpo no meu.

Beijei seu ombro e toquei minha língua na sua pele e caminhei até o lóbulo de sua orelha.

Amanda: Vai me dizer que é mentira? – questionou.

Artilheiro: Sim, nunca de procurei pra satisfazer os meus desejos, o que não falta é boceta querendo me dar – provoquei, cruel.

Amanda: Então porquê você me liga atrás de sexo, sendo que você tem tanta boceta pelo mundo – falou, com um fundo de irritação em sua voz.

Artilheiro: Porque eu gosto do seu mel loirinha - sorri de canto enquanto à encarava.

Devagar ela tomo distância de mim, me encarando. Me aproximei, colocando seu rosto entre minhas mãos.

Amanda: Pode ir embora, quero ficar um pouco sozinha – tirou minhas mãos de seu rosto e caminhou até a sua cama. Amanda cobriu seu corpo nu com lençol branco e se deitou no colchão macio – Feche a porta quando sair.

Olho as horas pela tela de bloqueio do celular, 22:00 já. Olhei pra loira a minha frente e respirei fundo passando a mão na barba.

Artilheiro: Depois eu volto pra gente conversar – ela balançou a cabeça.

Coloco a mão no bolso, tirando as chaves da moto. Passo pelo quintal tirando o celular do bolso, desbloqueio a tela e deslizo o meu polegar puxando a barra de notificações olhando algumas mensagens da Livia.

Tiro o cigarro de trás da orelha, levando até minha boca, prendo o cigarro entre os lábios e acendo o mesmo até ver saindo fumaça. Afasto o cigarro da boca e atravesso o portão preto, observando o movimento da rua.

Coloco meu capacete, monto na minha moto e ligo o motor. A luz dos postes ilumina meu caminho enquanto acelero pelas ruas. Sinto o vento frio batendo no meu rosto e a adrenalina tomando conta de mim. Aos poucos, as luzes das casas e dos comércios se tornam apenas borrões à medida que passo por eles em alta velocidade.

Deslizo entre os carros, aproveitando a liberdade que só uma moto pode proporcionar. Os sons da noite se misturam ao ronco do motor da minha moto, criando uma sinfonia única. Finalmente, chego em frente à minha casa, desligo a moto e tiro o capacete, cumprimentando os vapores que faziam a segurança da minha casa.

Entro dentro da residência escutando altas risadas, e já poderia imaginar que seria da minha mãe e da minha irmã.

Pigarrei, chamando a atenção delas.

Minha mãe logo me olhou cruzando os braços e com a sobrancelha arqueada.

Maria: Garoto você já viu que horas são? – ih, já vai começar com os falatórios.

Passei com a língua sobre os lábios e assenti.

Me aproximei da mesma depositando um beijo em sua testa e em seguida fazendo o mesmo com minha irmã, mas no final não pude deixar de puxar seu cabelo.

Maria: Tava onde? – ela franziu a testa.

Artilheiro: Na casa da Amanda – disse e a coroa revirou os olhos – Qual foi? Nunca entendi essa cisma que tu tem com ela, a mina é responsa pô. – minha mãe encarou as unhas.

Maria: Não tenho cisma com ela, não tenho nada contra ela – encolhi os ombros – Eu só não gosto dela – ela me encarou.

Artilheiro: Então se eu aparecesse namorando – suponho – E ela fosse a minha namorada, a senhora aceitaria o nosso namoro? – enfiei às mãos nos bolsos.

O espanto transformou o seu rosto deixando seu rosto branco.

Maria: É... lembrei que deixei uma panela no fogão – levantou-se.

Livia: Você tá namorando? – Livia se intrometeu.

Neguei com a cabeça indo em sua direção.

Depositei um beijo rápido em sua bochecha que ela fez questão de limpar.

Artilheiro: Qual é daquela sua amiga lá? – lembrei da morena de hoje mais cedo.

Livia: Já te disse que ela não é pro seu bico – me encarou enquanto mastigava a cutícula.

Dei-lhe o dedo do meio e a mesma tentou jogar uma almofada em minha direção.

Livia: Insuportável – berrou.

Artilheiro: Te amo Liv – puxei seu cabelo e subi as escadas correndo enquanto ouvia a mesma gritar pela nossa mãe.

[..]

©️Todos os créditos reservados
ficou meio borocoxô o finalzinho 😕.

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