As ondas que me carregam (Livro 2)

Evil

(Milly-chan pov)

Enquanto Luan andava para longe, a euforia dos deuses enchia a praia de areia branca. Poseidon que estava paralisado, olha a sua volta, encontrando todos olhando agora para ele.

-engravidou a Selene...me traiu...com ela?- Anfitrite diz, o rosto vermelho e as lágrimas descendo de seus olhos.- e como se não bastasse deixa-la, ainda matou o proprio filho de vocês...QUE TIPO DE MONSTRO É VOCÊ??- Poseidon não respondeu, apenas olhou de volta para o paredão de chamas, e observou um ponto negro nele, que sumiu depressa.

"Ele não perde tempo."- pensou.

Ele andou na mesma direção que Luan, só que seguiu até uma cabana longe dali, ele adentrou, e desceu as escadas que era para levar até um porão, mais encontrou um salão, cheio de câmaras de agua verde, e produtos de química e alquimia.

-Beelzebu...eu sei oque fez.- ele diz sem expressão, seu rosto estava baixo, e levemente caída.

-você não perde nada...- Beelzebu fala surgindo do canto da sala, segurando em seus braços, o corpo falecido de Selene. Ele entrega para Poseidon, que entende oque fazer, então coloca ela na mesa, e começa a tirar as vestes de cima dela, a deixando apenas de roupas intimas.

"Tinha me esquecido como Selene era bonita."- ele pensa, pegando ela no colo de novo, ele a levou ate um tanque com aquela água, mas foi parado pelo demônio antes.

-dê isso a ela antes...- ele mostra aquele vidro de conchas, que Poseidon a deu a alguns anos. Segurando com cuidado a mulher, ele despeja o líquido pelos seus lábios, e depois passa seu dedo pela garganta dela, fazendo o líquido descer.

Apos isso, Beelzebu a coloca no tanque. Poseidon usa da agua para colocar a mascara de ar no rosto da cerafim, e aos poucos a máquina de batimentos começa a mostrar que Selene estava voltando.

-isso não vai durar muito, é temporário.- o loiro fala observando os batimentos fracos da mulher.

-chamei Hípinos e Tanathos para ajudar. Não se preocupe, traremos sua boneca de volta.- a fala ironica do demonio faz Poseidon se lembrar das palavras de Luan no velório.

"Como?...eu devia saber..."

(Selene pov)

Depois de ter apagado na cidade de Forks, eu senti meu corpo flutuar, como se onde eu estivesse, não tivesse gravidade.

Senti meus olhos arderem, com uma luz brilhante a minha frente, abri as pálpebras de leve, e vi uma esfera de luz.

-Selene...minha filha...- a voz de deus, me fez confirmar, eu estou morta.

-pai...porque me deixou sofrer tanto?- pergunto me acostumando com toda aquela luz.

-sabes que não consigo mais controlar os deuses e nem os humanos. Temos sorte que os deuses conseguem manter a humanidade em proteção.- ele diz.- sei que você sofreu minha filha...mas ainda não acabou.

-não?- olhei para meus cabelos que flutuavam a minha volta, eles estavam negros, eu estava me sentindo tão fraca.

-não...precisa lutar!!- apos isso, senti como se meu corpo tivesse sido puxado para baixo. Bati com tudo no chão, um chão úmido e com gravetos que estralavam conforme eu me mexia. Onde eu to?

Olhei em volta, buscando alguma informação, eu estava em uma caverna, parecia ser subterrânea. E tinha apenas um corredor ali, fui até ele, me apoiando nas paredes. Meu corpo esta dolorido pra caramba.

Cheguei em outra caverna, e olhei para cima, estava cheio de estalactites, era tão escuro. Procurei o outro corredor, e o encontrei distante de mim. Antes que começasse a andar até ele, senti algo segurar meu pe.

Era uma mão esquelética e podre, chutei ela pra longe, mas varias apareceram, agarrando meu corpo, tentando me segurar ali. Forcei meu poder, e a única coisa que consegui foi fazer chamas nas mãos. Vai ter que servir. Balancei minhas mãos para baixo, e para os lados, já que aquelas coisas estavam vindo das paredes também. Fui afastando elas com dificuldade, e olhei para o corredor a frente, vendo algo escrito acima da entrada. O nome "Limbo" e o número 1 em romano logo a baixo.

"Agora eu entendi onde estou...estou no inferno, e pra sair vai ser complicado."