(—era uma vez)
O SOM DAS GOTAS de chuva batendo no telhado era a única coisa que preenchia o ambiente. A mulher de cabelos castanhos estava parada no batente da porta, enquanto as duas crianças a encaravam com um olhar de piedade.
— Deite-se conosco, mamãe! Prometemos que será somente hoje.
A mais velha sorriu, balançando a cabeça enquanto se dirigia a enorme cama de casal, as crianças se empoleirando ao redor da mãe.
— Leia uma história, por favor! – a menina pediu suplicante. Os cabelos castanhos caindo por sobre os olhos, enquanto seu irmão gêmeo se aproximava, unindo-se as súplicas da irmã.
— Tudo bem, mas somente se me prometerem que irão dormir depois. – a matriarca sugeriu, vendo as crianças concordarem com veemência.
O menino se aprontou a pegar o grosso livro que jazia sobre a cômoda de mármore, estendendo o objeto até as mãos delicadas da mãe.
— Conte aquela história dos irmãos, mamãe! – a mais nova pediu, sendo apoiada pelo garoto.
— Já que insistem! – as crianças se aconchegaram no colo da mãe, que estendeu o enorme livro, se preparando para ler pela décima vez o conto que seus filhos tanto amavam. – Era uma vez, em um vilarejo não tão distante, uma pequena casa, onde nela habitavam o pai, a mãe, e seus dois filhos.
O menino era alguns meses mais velho que a irmã, este se chamava Septimus, e havia também a mais nova, cujo nome era Alissa. As crianças viviam felizes em sua casa, juntamente com seus pais, e um pequeno cachorro.
Até que um dia, devido a uma epidemia que se alastrava pelo vilarejo, a mãe das crianças fora levada para bem longe, em busca de tratamento. O pai, desolado com a perda da esposa, se trancou em seu escritório, se recusando até mesmo a ver os filhos.
Após um tempo, os mantimentos que antes eram fartura na casa, se acabaram de repente, e repletos de fome, as crianças resolvem sair para a floresta, em busca de ajuda ou algo com que pudessem se alimentar.
Após horas de caminhada, o sol já havia se posto, e as crianças se viram perdidas naquela imensidão de árvores. Cansados pela viagem, resolveram se encostar em um canto qualquer.
Quando amanhecera, os meninos resolveram caminhar mais um pouco, e não demoraram muito até observarem uma pequena casinha de tijolos avermelhados. As crianças, famintas e cansadas, resolveram então bater a porta, na esperança de alguém que os pudesse ajudar.
Bateram uma vez, e nada, resolveram então bater outra vez, e para a surpresa de ambos, uma adorável mulher de cabelos castanhos abriu a porta. Os meninos quase caíram para trás de felicidade. Não poderia ser! Aquela era a sua mãe! Parecia tão bela quanto se lembravam, e vendo seus pobres filhos naquele estado, a mulher tratou de coloca-los para dentro. Deu-lhes de comer e o que vestir, banharam-se e se aconchegaram novamente no peito materno.
A casa era exatamente igual, exceto por parecer mais calorosa e iluminada, e ao contrário dos balcões vazios, ali havia tanto mantimento que poderia alimenta-los pelo resto de suas vidas. Mas havia algo diferente, seu pai não estava ali. Em lugar algum! Questionaram a mãe e ela logo lhes tratou de dizer que ele em breve chegaria, notícia que aquietou o coração dos pequenos.
Os dias se passaram, até que em uma tarde ensolarada, depois de terem se banhado, a mãe acolheu a filha em seu colo, penteando seus cabelos, sussurrou para a pequena; "é hora de ir", a menina olhou espantada para a mãe, questionando o porquê de seu irmão não ir juntamente com ela. A mãe suspirou, dizendo que era tarefa da filha voltar para sua antiga casa e buscar seu pai. A pequena de início não entendeu, mas após algum tempo, concordou em trazer o pai para a nova casa. Saindo pela porta com uma pequena mochila, a garota partiu sozinha pela floresta, incumbida de trazer o pai.
O caminho parecia mais longo daquela vez, mas logo a criança chegou até o antigo aposento, correndo em direção ao pai...
A mulher sorriu, vendo as crianças antes cheias de energias, agora dormindo tranquilamente em seu peito. Passando os dedos sobre os fios macios dos cabelos de seus filhos e depositando um beijo terno sobre a testa de cada um, a mulher sai sem fazer barulho, observando a respiração calma de cada um.
ONE— publicado o primeiro capítulo oficial desta fanfic! Espero realmente que vocês gostem. Comentem e votem, e sempre me digam o que estão achando!
TWO— vou tentar atualizar essa fanfic mais rápido, e por ela não depender de filmes ou livros, tudo vai a partir da minha imaginação.
THREE— no demais é isso, beijos e até a próxima!
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𝐒𝐏𝐀𝐑𝐊𝐒, 𝐫𝐞𝐦𝐮𝐬 𝐥𝐮𝐩𝐢𝐧
Fanfiction[+SINOPSE] Abigail Fawley era admirada por todos devido aos seus talentos com o manuseio e produção de poções. Em seu penúltimo ano em Hogwarts, a garota acaba prestando um favor a Remus Lupin, mas o que ela não sabia era sobre as inúmeras conse...