Sempre fui o tipo de pessoa paciente, nunca gostei de brigas ou discussões sem sentido, quando zombavam de mim eu fica quieta e iguinorava, não valia a pena perder meu tempo com coisas sem sentido.
Eu olhei para o garoto que falou, sem expressão. Meu olhar vazio pareceu irritá-lo ainda mais.
- Ei! Você não vai responder?! - ele gritou, aproximando-se de mim.
Eu continuei em silêncio, observando-o com um olhar neutro.
Isso pareceu desencadear algo nas outras crianças, que começaram a se aproximar de mim, cercando-me.
- Você acha que é melhor do que nós?! - uma menina disse, seu rosto vermelho de raiva.
Eu permaneci imóvel, sem reagir.
O garoto que primeiro falou deu um passo à frente, seu punho fechado.
- Vamos mostrar a ela quem é o chefe aqui! - ele gritou.
E, de repente, tudo começou.
Eu não queria lutar, mas não tinha escolha. O garoto me deu um empurrão, e eu caí no chão. As outras crianças começaram a me chutar e me bater.
Eu me levantei, meu rosto sangrando. Algo dentro de mim explodiu. Eu não queria mais ser uma marionete, não queria mais ser fraca.
Com um grito, eu me lancei contra o garoto que me empurrou. Ele não esperava que eu reagisse assim. Eu o derrubei no chão e comecei a lutar.
As outras crianças ficaram assustadas e recuaram. Eu continuei lutando, minha raiva e frustração tomando conta de mim.
Quando finalmente parei, o garoto estava caído no chão, chorando. Eu estava ofegante, meu coração batendo forte.
- Você... você é louca! - uma das crianças disse, tremendo.
Eu olhei para elas, meu olhar frio.
- Não me provoquem novamente - eu disse, minha voz baixa e perigosa.
As crianças fugiram, deixando-me sozinha.
Eu me levantei, meu corpo dolorido. Eu sabia que precisava controlar minha raiva, não podia deixar que ela me consumisse.
Mas, por enquanto, eu estava satisfeita por ter me defendido.
Mebuki chegou ao local, procurando por mim. Quando me viu, seu rosto se contorceu de preocupação.
- Sakura! O que aconteceu?
Ela correu em minha direção, me abraçando.
- Você está bem?
Eu não respondi, apenas olhei para baixo, meu rosto ainda sangrando.
Mebuki me levou para casa, me limpando e me curando.
- Quem fez isso com você?
Eu ainda não respondi, apenas olhei para ela.
Mebuki suspirou.
- Vou falar com as outras mães. Isso não pode acontecer novamente.
Eu sabia que Mebuki estava preocupada, mas eu não queria sua piedade.
- Não é necessário - eu disse, finalmente falando.
Mebuki me olhou surpresa.
- Sakura, você não precisa esconder isso de mim.
Eu olhei para ela, meu olhar firme.
- Eu não preciso de sua ajuda.
Mebuki hesitou por um momento e, em seguida, acenou com a cabeça
- Entendo.
------------------------—————————————Dois anos se passaram desde o incidente na praça. Eu, Yuri, agora conhecida como Sakura, havia me adaptado bem à minha nova família e vida.
Sentada no jardim, eu ajudava Mebuki a cuidar das plantas. Ela me ensinava sobre as diferentes espécies e como cuidar delas.
- Posso falar com você sobre algo? - perguntei, hesitante.
Mebuki se virou para mim, seu rosto atencioso.
- Claro, Sakura. O que está acontecendo?
- É sobre o que aconteceu na praça, há dois anos... - comecei.
Mebuki fez um gesto de compreensão.
- Você quer falar sobre a briga?
- Sim... Eu não queria lutar, mas não sabia o que fazer. Eu me senti tão fraca... - confessei.
Mebuki se aproximou de mim, seu olhar carinhoso.
- Sakura, você não é fraca. Você é forte e corajosa. E eu estou aqui para ajudá-la.
Eu olhei para ela, me sentindo aliviada.
- Obrigada, mãe Você sempre me apoia.
Mebuki sorriu.
- Sempre, Sakura. Você é minha filha.
Nesse momento, eu me senti verdadeiramente em casa.
Mas com tudo que é bom dura pouco, Mebuki não ia deixar, eu sem castigo querem ou não eu briguei com crianças, ainda menti pra ela, e demorei 2 anos pra contar a verdade.
Mebuki olhou para mim com um sorriso.
- Sakura, você é uma menina muito corajosa, mas também muito travessa.
Eu sabia o que vinha pela frente.
- E agora, você vai ter que pagar o preço pela sua travessura.
- Ah, não! O quê? - perguntei, fingindo desespero.
Meu pai, Kizashi, entrou na sala.
- Sakura, você vai fazer entregas de comida no Distrito Uchiha.
Eu fiquei chocada.
- O quê?! Você só escolhe esse castigo porque tem medo dos Uchiha, vai mandar sua única filha fazer entrega lá sozinha? Que pai cruel!
Kizashi sorriu nervosamente.
- É por seu próprio bem, Sakura. Você precisa sair de casa mais vezes.
Mebuki interferiu.
- Além disso, Sakura, você precisa aprender a lidar com diferentes tipos de pessoas.
Eu revoltei.
- Mas o Distrito Uchiha?! É perigoso!
Kizashi fingiu coragem.
- Não se preocupe, Sakura. Você vai ficar bem. Leve isso - disse, entregando-me um pequeno dispositivo de comunicação.
Eu suspirei.
- Ok, ok. Eu vou fazer as entregas.
Kizashi sorriu aliviado.
- Ótimo. Você é uma filha obediente.
Eu olhei para ele com ironia.
- Sim, claro.
Aqui vai um resumo do que aconteceu no Capítulo 3:
- Sakura refletiu sobre sua reação ao incidente na praça.
- Ela teve um diálogo sincero com Mebuki.
- Mebuki a pôs de castigo, fazendo-a fazer entregas de comida no Distrito Uchiha.
- Sakura relutou, mas acabou aceitando o castigo.Agora, o palco está montado para o Capítulo 4! O que acontecerá com Sakura no Distrito Uchiha?
Até logo!
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Uma Vida Melhor Que A Primeira
FanficYuri passou toda a sua adolescência vivendo em prol da vontade de seus pais, apesar de todos os seus esforços, nunca conseguiu o fazer suficiente para agradar sua mãe e seu pai. No final seus pais partiram desse mundo sem ao menos dizer que sentiram...