Começo de 1966, final de fevereiro.
Paul, John, George, e Ringo estavam no estúdio.
Eles não falavam nada, estavam preocupados.
- Vou ligar pra casa pra ver se elas apareceram lá - John diz indo para o telefone.
- É quem sabe né. Talvez elas só estejam atrasadas - Ringo diz.
- Há 3 dias?! - George exclama.
Ringo levanta os ombros.
John liga e nada.
- Que merda! - John diz.
- Entendo a dor de vocês rapazes - Paul diz.
- Caralho! O que aconteceu? Será que elas odeiam nós? - George questiona.
- Menos George. Acho que há uma explicação - Paul diz.
- Isso tá nos deixando doidos - Ringo diz.
- Que tal suicídio coletivo? - John diz irônico.
- Pior que isso é até uma boa idéia - George diz.
- Calma ai porra! Relaxem, elas estão a três dias desaparecidas - Paul diz.
- Você diz como se três dias não fosse nada - Ringo fala.
- Você não entende nós, Paul - John diz.
Paul levanta.
- Eu não entendo?! Porra! Eu tô há três meses! Três meses sem a Anne! Ela voltou para o interior da Escócia e eu não vejo ela desde então e é eu que não entendo como é ficar longe de alguém que eu gosto?! - Paul grita alterado.
- Relaxa cara, John não quis dizer isso, não queriamos dizer - George diz.
- Desculpa, Paul - John diz.
- Vamos nos acalmar! - Ringo diz.
- Ringo tem razão - Paul diz.
Bom aconteceu coisas nesses últimos dois meses, vamos voltar um pouco que gosto de deixar vocês contextualizado.
28 de Dezembro
Estava Paul em seu carro, acelerando tentando chegar a tempo. Ele chega na estação de trem e anda apressado.
- Ei! - Paul diz se aproximando e Anne que estava quase chorando, por está indo embora e também porque achou que Paul não se despediria, sorriu.
Anne estava com um pé na plataforma e outro no trem, quando Paul chegou ela largou suas malas por um instante e o olhar dela e de Paul se encontraram. Paul se aproximou ficando de frente a ela.
Eles ficam em silêncio por segundos, até Anne que não podia demorar muito começa a falar.
- Tem algo a me dizer? - Anne pergunta.
- Bem... Eu vim correndo para cá para encontrar você antes de ir embora, mas eu não sei o que falar... Há tantas coisas que agora eu não sei o que dizer - Paul fala rindo nervosamente no final e Anne rir e acaricia a bochecha dele.
- Às vezes o silêncio é a melhor escolha... Eu estou feliz que você veio - Anne diz sorrindo, mas seu olhar tinha melancolia e lágrimas.
- Anne, temos que ir - A mãe de Anne a chama em um tom paciente, a mãe de Anne entendia que era difícil para a filha.
- Bem então... - Anne se vira para os outros. - Tchau Pessoal! - Anne diz com os olhos marejados.