Any Gabrielly
17 de Setembro. Coal Valley, Alberta.— Para concluir, espero ter transmitido que apesar das dificuldades que enfrentei vindo para cá, nada me falta e estou firme apoiada e caminhando com minhas próprias pernas. — Falava sozinha enquanto escrevia para minha família. — Contudo, fui colocada para ensinar as crianças num bar. Portanto, quaisquer suprimentos escolares ou coisa de valor cultural que o senhor possa me enviar, estarei muito agradecida. — Escrevi.
— Boa tarde Srta. Gabrielly. — O oficial Josh Beauchamp passou por mim.
— Boa tarde Policial Beauchamp. — Respondi. E então ele parou e voltou um pouco os passos.
— Bom, já que você diz que vamos ficar aqui por algum tempo. Penso que talvez possa persuadi-la a deixar o policial de lado e me chamar apenas de Josh. — Ele disse parado em frente a minha mesa.
Para falar a verdade, eu não esperava isso.
— Sendo assim, pode me chamar de Any.
— Certo, até mais Any. — Acho que não pude não sorrir. Só estou sendo simpática.
Continuei a escrever.
Pós escrito: Comprimente a minha irmã caçula e diga que ainda estou para ver algum contrabandista de whisky, porém me deparei com alguns cowboys fora da lei e um bonito e irritante oficial da polícia montada.
Com carinho, Any Gabrielly.
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Depois de alguns dias a viúva dona da placa foi encontrada, era Sabina. Mas ela é tão bondosa que deu a ideia de pendurar a placa na parede do bar assim todos poderiam ver e lembrar de seus pais e maridos.
— Se você segurar algo no ar e deixar cair, a lei da inércia diz que deveria ficar ali mas cai e por que cai? — Eu tentava explicar mas os alunos não estavam interessados.
— Uma coisa chamada...— Parei de falar ao ver que o oficial loiro observava minha aula. — Alguém? — Perguntei novamente querendo chamar a atenção das crianças. — É a gravidade. — Disse por fim. Josh olhou para as crianças e negou com a cabeça.
Pensei por alguns segundos e então tive uma ideia. Tirei um dos meus sapatos e subi em cima da minha cadeira chamando a atenção de todas as crianças, inclusive de um ser loiro parado perto da porta. Soltei uma mecha do meu cabelo para pegar a presilha que a segurava.
— Se eu deixar esse sapato e essa presilha cairem ao mesmo tempo, qual deles chegara ao chão primeiro?
— O sapato. — Todos eles disseram e então soltei os dois objetos e eles chegaram ao chão ao mesmo tempo.
— Professora Thatcher,porque o sapato não
chegou primeiro? Ele é mais pesado. — Emilly perguntou.— Se lembra que eu disse que a gravidade é a força que puxa as coisas para o chão? — Eles assentiram, dei uma olhada de canto e vi que Joshua estava me observando com um sorriso no rosto. — Bom, apesar do chão puxar um objeto pesado como o sapato com mais força, esse objeto pesado tem mais dificuldade de se mover.
— Então é um empate?
— Isso mesmo Emilly! — Disse feliz por vê-los se interessar e participar da aula. — Agora é a vez de vocês tentarem. Façam duplas e escolham dois objetos para soltar. — Disse e eles começaram a se levantar e procurar objetos. Olhei para frente e vi Josh me lançar um olhar como se dissesse "Estou supreso" antes de deixar o bar. — James, Gabe nada que quebre por favor. — Pedi aos garotos quando os vi indo em direção as garrafas de bebidas do bar.
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When Calls the Heart ᵇᵉᵃᵘᵃⁿʸ
FanfictionNo início do século 20, a professora Any Gabrielly Thatcher deixa sua vida confortável na cidade, para ensinar crianças em uma vila no Canadá. A vida naquela época não era fácil para ninguém, havia aquelas que tinham um pouco mais que outros, como o...