Mas que merda foi aquela?

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O calor de sua mão queimou através da minha saia e chegou até a pele. Cada músculo do meu corpo ficou tenso, e senti como se minhas entranhas estivessem virando água. Que diabos ele estava fazendo? Meu cérebro gritou para eu tirar aquela mão dali e dizer para ele nunca mais me tocar de novo. Mas meu corpo tinha outras ideias. Meus mamilos endureceram, e apertei o queixo em resposta. Mamilos traidores. Enquanto meu coração batia forte no peito, pelo menos meio minuto se passou, e nenhum de nós disse nada quando a mão dele se moveu para minha coxa e começou a acariciar. Nossas respirações e o barulho abafado da cidade lá embaixo eram os únicos sons que pairavam no ar da sala de conferência.

– Vire-se, srta. s/n – sua voz calma quebrou o silêncio e eu ajeitei minhas costas, com os olhos grudados à frente. Vagarosamente, eu me virei, enquanto ele passava a mão pelo meu corpo. Eu podia sentir a maneira como ele esticou a mão, tocando com a ponta dos dedos toda a extensão das minhas costas até pressionar seu polegar contra a pele macia dos meus quadris. Abaixei a cabeça para encontrar seus olhos, que me observavam de volta atentamente.

Podia ver seu peito subindo e descendo, cada respiração mais profunda do que a última. Um músculo tremeu em seu queixo quadrado quando seu polegar começou a se mover, acariciando lentamente de um lado para outro, os olhos ainda grudados nos meus. Ele estava esperando que eu o interrompesse. Tive muito tempo para afastá-lo ou simplesmente para me virar e ir embora. Mas havia muitas sensações dentro de mim que eu precisava digerir antes de poder reagir. Nunca tinha me sentido assim, e nunca imaginara que um dia me sentiria dessa maneira em relação a ele. Eu queria dar um tapa no rosto dele, e depois puxá-lo pela gola da camisa e lamber seu pescoço.

– No que está pensando? – ele sussurrou, com os olhos ao mesmo tempo zombando e mostrando ansiedade.

– Ainda estou tentando descobrir. Com aqueles olhos ainda presos aos meus, ele começou a deslizar a mão mais para baixo. Seus dedos percorreram minha coxa até a barra da saia. Então começou a subir a ponta do dedo, tracejando a alça da minha cinta-liga, esbarrando na renda que sustentava a meia. Um longo dedo deslizou por baixo do tecido fino e o puxou levemente para baixo. Eu soltei um suspiro entrecortado, de repente me sentindo como se estivesse derretendo por dentro. Como eu poderia deixar meu corpo reagir daquela maneira? Ainda queria lhe dar um tapa, mas agora, mais do que isso, eu queria que ele continuasse. Um desejo angustiado estava se concentrando entre as minhas pernas.

Ele alcançou o topo da minha calcinha e deslizou os dedos debaixo do tecido. Senti sua carícia contra minha pele e o resvalar em meu clitóris antes de ele enfiar o dedo lá dentro, e então mordi os lábios, tentando, sem sucesso, abafar meu gemido. Quando olhei para baixo, gotas de suor estavam se formando em suas sobrancelhas.

– Merda – ele grunhiu silenciosamente. – Você está molhada – seus olhos se fecharam e ele parecia lutar a mesma batalha interna que eu enfrentava. Olhei para seu colo e pude ver o quanto ele pressionava contra o tecido macio da calça. Sem abrir os olhos, ele tirou o dedo e agarrou a renda fina da minha calcinha. Ele estava tremendo quando olhou para mim com uma expressão furiosa. Com um movimento rápido, rasgou a calcinha, e o som do tecido sendo partido ecoou pelo silêncio da sala vazia. Ele puxou minhas coxas com força, colocando meu corpo em cima da mesa fria e abrindo minhas pernas na sua frente. Soltei um gemido involuntário quando os dedos dele voltaram, escorregando por entre minhas pernas e me penetrando novamente. Eu desprezava aquele homem com todas as minhas forças, mas meu corpo me traía – eu desejava que ele continuasse. Eu odiava admitir, mas ele era muito bom naquilo.

Seu toque não era aquela coisa gentil e amorosa a que eu estava acostumada. Ali estava um homem habituado a conseguir o que queria, e acontece que, naquele momento, o que ele queria era eu. Minha cabeça pendeu para o lado quando me apoiei nos cotovelos, sentindo um orgasmo iminente se aproximando a todo vapor.

Cretino Irresistível - Imagine Itachi UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora