Quietinha! Alguém pode nos ouvir...

Capítulo 1

E lá vamos nós relembrar um evento sexual extremamente impactante, emocionante e... Objetivo. Sim, objetivo!

Lembro-me que não fui lá um dos caras que mais teve loves na época da faculdade. Aliás, eu era bem reservado, mas de todos os tiros que eu dei esse em particular foi um dos mais emocionantes.

Emocionante, diga-se de passagem, em tudo o que poderia ser. Ela era uma amiga de faculdade que precisava de mais cautela com a boca e que poderia acabar deixando claro pra TODO mundo que tínhamos algo.

Tinha algum problema sério em todo mundo saber? Não. Na verdade, todo mundo desconfiava de algo entre nós mesmo, mas ninguém dizia e nós não confirmávamos.

A real é que o tesão que sentíamos um pelo outro exalava dos poros e atingia em cheio qualquer ambiente, poluindo o oxigênio que nos rodeasse com tantos hormônios que seria possível corar o rosto de tanto constrangimento.

Poucos casais conseguem expressar essa energia sexual dessa forma e nós éramos sim desse tipo. Com outros pares não seríamos. Juntos, éramos a personificação da tensão sexual. A manifestação da vontade de foder com força e deixar marcas em lugares que só nós saberíamos depois.

Como se não fosse suficiente todo esse tesão constante que embevecia nossa mente, tínhamos um contato frequente TODOS os dias. Ou seja, era a mistura de um tesão quase metafísico e uma busca incessante para o gozo mútuo.

E já que buscávamos manter uma certa distância para que não percebessem nossa relação, o calvário era maior, porque precisávamos achar formas de foder e saciar essa vontade enquanto escondíamos do mundo essa força sexual.

Acontece que não dá pra sustentar isso por muito tempo e um dia eu decidi que a foderia em algum lugar da faculdade. Ela não teria como escapar do meu ímpeto naquele dia. Não que quisesse. Inclusive, quando destaquei que faríamos na faculdade em algum lugar, a resposta foi imediata:

-Que horas?