Capítulo 7

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E assim enfiei tudo novamente dentro de uma só vez. Com o impacto seu corpo foi projetado pra frente e suas mãos apararam na parede. Era o começo da frenética sequência.

Assim permaneci enfiando tudo do início ao fim e apertando cada vez mais aquele pescocinho que pulsava nos meus dedos. O braço que envolvia sua cintura puxava seu corpo de volta para o meu conforme a metida afastava.

Era uma montanha russa violenta e silenciosa que a dominava e fazia enlouquecer. Não tinha como escapar daquele abraço ardente que comandava seu corpo e absorvia sua mente.

O espelho que revelava antes um rosto de prazer sofrido em lábios mordidos agora relatava olhos virados, vermelhidão e saliva que escorria involuntariamente pela boca que não conseguia mais apenas soprar gemidos, mas urrá-los em intervalos regulares.

Tudo ainda era silencioso, mas não o suficiente para quem estivesse pelo menos alguns metros mais próximo.

-Você...vai...me...enlouquecer!
-Eu vou usar essa boceta pra gozar bem gostoso, mas você vai beber tudinho...
-Me dá leite que eu tô com sede...

E assim não consegui desviar mais o foco para o risco que corríamos, finalmente me entregando por completo a qualquer consequência que nos pusessem pelo ato. Se algum segurança, professor ou aluno surgisse para nos censurar, eu aceitaria qualquer castigo, desde que pudesse gozar daquele corpo naquele espaço e naquela situação.

-ABAIXA QUE EU VOU GOZAR!

E assim ela agachou de cócoras e bebeu de todo o suco que produzi, sugando até a última gota para satisfazer sua sede e acabar com qualquer vestígio da nossa presença no recinto.

Com seus olhos me fitando de baixo pra cima e engolindo tudo com a maior cara de safada do mundo ela lentamente se ergueu e me abraçou com os braços por cima dos meus ombros. Era como se comemorássemos uma vitória.

-A hora! -ela pontuou num susto
-Caralho!

E assim ajeitamos as roupas e fomos em rápidos passos para o ponto. Não corremos no primeiro prédio para não levantar suspeitas, coisa que pouco durou depois que sentimos que já não havia risco de descoberta. Sorrimos e empregamos velocidade no passo para concluir bem o plano.

A satisfação de conseguir pegar o último ônibus coroou a noite e assim somamos uma história que carregamos até hoje, comentando cada detalhe do ato aos cochichos na volta pra casa.

Quietinha! Alguém pode nos ouvir...Onde histórias criam vida. Descubra agora