Capítulo 2

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Faltam menos de duas semanas para a viagem para a Tailândia.

Num café acolhedor em Londres, Freen e Becky estavam sentadas, suas vozes suaves se misturando ao aroma do café fresco. Freen, a escritora com um olhar sonhador, folheava seu bloco de anotações, enquanto Becky, a advogada determinada, inclinava-se para ouvir cada palavra.

- Mal posso esperar pela nossa viagem à Tailândia para o Natal. A ideia de passar o dia lá, com a minha família e depois com a sua, é emocionante! - diz Becky, sorrindo, enquanto contempla Freen folheando suas anotações.

Freen levanta levemente o olhar e sorri para Becky. A ideia parecia infantil demais, mas ela sempre apoiou as loucuras de Becky.

Então, ela se lembrou de uma pequena travessura de Becky.

Na antiga sala de escola, com estantes repletas de livros e desenhos coloridos nas paredes. Freen, de cabelos trançados e um uniforme escolar, estava sentada à mesa, concentrada em seus deveres de casa. Becky, uma versão mais jovem com um sorriso travesso, irrompe na sala com uma expressão culpada.

- Freen, você não vai acreditar no que eu fiz! - Becky entra animada e encontra Freen com um olhar intrigante.

- O que você fez agora, Becky?

Becky exibe um par de óculos de sol brilhantes, evidentemente roubados da sala de professores.

- Peguei esses óculos da Srta. Williams. Ela nem vai perceber! - Becky ri cinicamente.

- Becky, isso não é certo. Por que você fez isso?

- Só queria dar uma animada no dia! Além disso, você sempre diz que devemos viver um pouco.

Freen, com um olhar hesitante, aceita a explicação de Becky. As duas riem, enquanto Becky coloca os óculos de sol e começa a fazer poses extravagantes, transformando o momento em uma brincadeira inocente.

Srta. Williams entra na sala e se depara com seu óculos na cabeça de Becky.

- Oh, querida! Você achou meus óculos?

- Sim, Srta. Williams. Estava só esperando a senhora chegar para lhe entregar. - Becky entrega os óculos para a professora e dá uma piscada em direção à Freen.

Essa sempre foi a essência da cumplicidade entre Freen e Becky desde os primeiros dias. Apesar das travessuras de Becky, Freen sempre esteve lá para acobertar e participar das aventuras.

Freen lembra dessa cena e é como se uma música nostálgica tocasse em sua mente, com a imagem se afastando lentamente, deixando a lembrança no passado, mas ecoando a promessa de que o que existe entre Freen e Becky resistirá ao teste do tempo. E do amor. Será?

- Freen? – Becky chama a amiga. – Hello?

Então, Freen volta de seus devaneios.

- Ahn? Ah, sim. Você estava falando da nossa viagem, né? – Ela tenta voltar ao assunto sem parecer que viajou demais nos pensamentos.

- Isso. Onde é que você estava com a cabeça?

- Ah, nada. Esquece. Bem... Sempre achei divertida essa competição que você tem com o Richie. Só por isso eu topo essa sua loucura, viu?

- Ah, você sabe que eu e Richie sempre fomos brincalhões e competitivos. Eu gosto de encher o saco dele e mostrar que sempre consigo superá-lo. – Becky ri.

- Mas namoro com data marcada, BecBec? Você acha que vai conseguir superar seu irmão com um namoro falso? – Freen indaga a amiga.

- Exatamente! Seria uma maneira divertida de cutucá-lo um pouco, além de ser algo inusitado para a família. Eles nunca esperariam isso de nós. – Becky responde, num misto de travessura e ansiedade. Seu coração acelerava um pouco à medida que pensava na execução da ideia.

Amor Com Data MarcadaOnde histórias criam vida. Descubra agora