Capítulo 3

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A atmosfera na cozinha dos Armstrong era agitada após o anúncio de Becky e Freen. Richie, o irmão mais velho, pegou dois copos de suco e se aproximou de Freen, que estava junto à bancada.

- Ei, Freen, posso te falar algo em segredo? - disse Richie, sorrindo, enquanto todos conversavam na sala de estar.

- Claro, Richie. O que é? - ela respondeu um pouco surpresa.

Richie olhou ao redor, certificando-se de que ninguém estava ouvindo.

- Sempre tive uma leve esperança de que vocês duas fossem mais do que amigas. Um casal de verdade, sabe? - sussurrou.

- Sério? - Ela se surpreende. Depois, ri.

- Sério. Sempre achei que havia algo especial entre vocês. Fico feliz que finalmente tenham percebido. - ele disse sorrindo.

- Bem, parece que Becky também compartilhava dessa esperança. - Freen fala meio encabulada, como se estivesse escondendo algo sério do irmão e melhor amigo de Becky.

- Parece que sim. Vocês fazem um belo casal. Se precisarem de conselhos, estou aqui. - ele continua de forma descontraída.

Freen riu, sentindo-se grata pela aceitação calorosa de Richie. A revelação dele trouxe uma nova camada de entendimento à relação entre as duas, e a cozinha da casa dos Armstrong tornou-se um refúgio de cumplicidade e alegria, onde segredos eram compartilhados e apoio mútuo era fortalecido.

A escritora sentia uma contraditória mistura de emoções em relação a Becky. Por anos, cultivaram uma amizade profunda, compartilhando risos, sonhos e até os momentos mais difíceis. No entanto, a linha entre amizade e algo mais sempre pareceu uma fronteira nebulosa que ambas evitavam cruzar.

A brincadeira de rixa entre Becky e seu irmão Richie, que sempre pareceu uma piada inofensiva, trouxe à tona uma avalanche de sentimentos antes adormecidos. A confissão inesperada de Richie sobre torcer para que elas fossem mais do que amigas adicionou uma camada de complexidade aos sentimentos de Freen.

Agora, em meio a risadas e celebrações na casa dos Armstrong, Freen se encontrava navegando em águas desconhecidas de emoções não declaradas.

Ela se perguntava se Becky também compartilhava desses sentimentos ou se a revelação na cozinha era apenas uma surpresa para ambas.

A incerteza a envolvia, e Freen se via hesitante em expressar o que realmente sentia. Conversar com Richie sobre esse turbilhão de emoções parecia uma válvula de escape.

Ele, sendo o confidente inesperado, oferecia um refúgio seguro para desvendar os complexos fios emocionais que se entrelaçavam entre ela e Becky. Mas ela ainda estava hesitante em confessar seus sentimentos ao irmão da amiga.

Enquanto Freen enfrentava essa encruzilhada de sentimentos, a casa vibrava com alegria, mas seu coração carregava o peso da incerteza e da expectativa não dita.

O caminho à frente, marcado por anos de amizade, agora se desdobrava em uma trama imprevisível de emoções que aguardavam ser exploradas.

Becky, sentada na sala de estar da casa dos Armstrong, observava Freen conversar descontraidamente com seu irmão Richie. Seus olhos percorriam a cena com um brilho diferente, uma luz de admiração que não passava despercebida.

Enquanto as risadas preenchiam o ambiente, algo peculiar acontecia no coração de Becky. A brincadeira do namoro falso que acabara de iniciar com Freen, causada por uma rixa de longa data entre os irmãos Armstrong, agora parecia adquirir novos contornos.

O sorriso que adornava o rosto de Becky enquanto observava Freen estava impregnado de algo mais, algo que se escondia nas entrelinhas de uma amizade de anos.

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